Acordei mais cedo que o comum, o final de semana passou se arrastando.
E finalmente segunda feira dia de trabalho, estava sentado ainda em minha cama e uma fisgada em minha perna tomou conta de mim, as dores passaram por um tempo mas voltaram novamente, elas estavam mais amenas mas ainda estavam lá.
Me levantei com um pouco de dificuldade e fui até a cozinha e preparei um café, eu estava tão disperso não costumava ser assim, derrubei o garfo umas 3 vezes e mais uma panela e por pouco não acabei com minha perna boa, me fazendo xingar
—Eita que boca suja! — Joan surgiu de algum lugar
—O que esta fazendo aqui? Parece até que mora comigo!
—Vim pegar uma carona! CHATO! Me diz você o que esta fazendo cozinhando já que odeia cozinhar
—Não te interessa! Você poderia avisar que vem como qualquer visita.
—Não sou uma visita qualquer sou sua irmã
—Que se dane Joan !
—Uau mais ranzinza que o normal, e muito mais estabanado também — ela apontou para a panela que estava no fogo, porém com o fogo apagado
—MERDA!
Ela gargalhou e me olhou da cabeça aos pés e sorriu
—Bem vindo de volta, Theo
—O que?— a encarei sem entender
—Deixa — ela deu uma respiração aliviada — O que aconteceu pra você ficar assim?
—Nada.
—Eu sei que aconteceu alguma coisa, e olha eu aposto que foi com a Eloá
—Não enche — dei alguns passos e dei uma topada no pé da mesa — Droga o que ta acontecendo comigo, desse jeito eu vou me matar até o final do dia.
—Vai mesmo, agora me conta
—Tudo bem Joan — eu peguei o suco na geladeira e levei algumas frutas pra mesa, Joan pegou uma maça e mordeu me encarando — Eu beijei a Eloá
—GRAÇAS A DEUS — ela irrompeu em palmas que ecoaram pela cozinha inteira. Um sorriso tomou conta do meu rosto que esquentou completamente por lembrar do nosso beijo, que saudade da boca dela.
—Menos Joan, não foi nada demais
—Ok, o tom de vermelho que está no seu rosto me diz o contrário, tava pensando nela né, foi tão bom assim?
—Droga — coloquei a mão no meu rosto e Joan veio até mim e me deu um abraço tão forte tão aconchegante como se fizessem anos que não nos víssemos, senti lágrimas tocarem meu pescoço e eu franzi o cenho, a afastando um pouco. Seus olhos estavam marejados e ela tinha um sorriso enorme, fazia tempo que minha irmã não sorria desse jeito
—Eu te amo Theo — e pela primeira vez esse nome não me incomodou
—O que houve?
—Você não percebe?
—Que você é louca? Eu já sabia a muito tempo, ta chorando que nem uma maluca a toa, ta gravida? — ela me bateu e eu ri a encarando
—Não, você é meu Theo, ela trouxe você de volta
—Tá brincando, você sabe que eu só mudei de nome, né?
—Não, junto com o nome você mudou, virou ranzinza e quase não ria, agora você voltou até a ser avoado
—Ótimo! Vou ter que te levar no hospício antes de ir trabalhar
—Para Theo... — ela sorriu me encarando, o olho dela tinha uma felicidade genuína que eu realmente ficava feliz em ver, a Joan sofreu muito com a sua doença. Eu a abracei e coloquei meu queixo em cima da sua cabeça e ela se aconchegou no meu peito — Você ta apaixonado por ela, está na sua cara desde que ela voltou
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Uma vida. Uma Chance.
RomanceTheodoro Albuquerque é um garoto tímido, introvertido e muito inteligente contrariando todo universo, é melhor amigo de Eloá Castro, sua vizinha e também a garota mais bonita da escola. Ele se considerava com sorte até ela resolver trocar sua amizad...