Capitulo 43 - Theo Albuquerque

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Ela disse que sim, eu poderia ficar lá pra ajuda-la, pelo menos por essas semanas. Saí o mais rápido possível antes que ela se arrependesse da sua resposta. Meu peito estava borbulhando de algo bom. Eu já tinha decidido, eu ia mostrar pra ela que eu a queria, independente do nosso filho, eu a amava, e o nosso filho só me fez ter ainda mais certeza de que eu não precisava perdoar ela por nada, que eu era um estúpido por ter a deixado e eu estava disposto a fazer tudo por ela.

****

Eloá entrou na minha sala com uma pasta nas mãos. Hoje seus cabelos estavam presos deixando sua tatuagem à mostra. Eu amava encarar sua tatuagem em forma de coração e imaginar eu beijando sua nuca e ela se arrepiando por inteira em meus braços.

Deixei escapar um sorriso e ela me encarou, ela estava falando algo

—Me desculpa, me perdi — eu a encarei enquanto ela pegava os papéis na pasta

—Pronto sua agenda do mês está toda organizada

—Obrigado — deixei meus dedos tocarem os dela enquanto ela me entregava a pasta. Ela podia falar qualquer coisa, podia me querer longe mas o olhar dela me mostrava que ela era minha.

—Você vai levar suas coisas pra lá hoje? —ela colocou uma mecha de seus cabelos atrás da orelha como quem não quer nada

—Sim, eu vou sair mais cedo, já que você já organizou minha agenda você pode sair também tira o dia de folga

—Theo, eu não quero tratamento especial, como as pessoas vão ver isso?

—Eloá, você está grávida de um filho meu e enquanto eu puder deixar as coisas mais fáceis eu farei.

Eu jurava que ela ia amar isso, só que o efeito foi o contrário, ela fechou a cara e bufou

—Theo, pra isso funcionar você não pode me tratar de um jeito especial, eu quero ser igual a qualquer funcionária. Eu só quero sua ajuda fora daqui, aqui você é meu patrão.

—Ta, tudo bem.—engoli seco 1x0 Eloá—Então você quer que eu busque a Mari?

—Eu agradeceria.

Ela saiu novamente, me obrigando a acompanhar seus passos até a porta

Essa droga não fazia sentido nenhum, me reaproximar dela ia ser mais difícil do que eu imaginava, eu tentava facilitar e ali estava ela dificultando.

Nos seus termos eu não podia tratar ela diferente, não podia dar benefícios e teria que ser seu patrão. Como eu ia tratar ela com toda essa frieza se toda vez que eu a olhava eu queria beijá-la e falar que a amo.

Eu precisava pensar em algo, no que fazer. Algo que ela permitisse que eu fizesse.

Me levantei saindo da sala e encarei Eloá já sentada em sua mesa.

—Eu vou sair. — ela assentiu — Te vejo mais tarde.

Eu não ia me sentir bem passando o dia inteiro encarando ela, enquanto ela simplesmente se esforçava ao máximo em me ignorar no trabalho. Porque era exatamente isso que ela fazia, me ignorava.

****

O dia passou rápido, resolvi alguns problemas da empresa e logo depois peguei as malas que estavam no hotel e as levei para casa de Eloá, deixei elas no corredor e bati em retirada para buscar Mari. Que ficou extremamente feliz de me ver

—Papai, agora você voltou certo? — ela disse sentada no banco de trás do carro

—Espero que sim ursinha, espero que sim. E como foi seu dia de escola?

—Foi bom, eu comi morangos hoje — eu a olhei pro retrovisor e sorri

—Você gosta de Morangos?

—Eu amo Morangos, espera eu amo mais girafas mas elas não são de comer então eu acho que amo mais morangos.

—Você pode amar os dois.

—Você vai me amar também pai depois que meu irmãozinho nascer?

—Que isso é claro Mari, vou te amar igualzinho a ele.

—Que nem eu amo girafas e morangos? —Ela arregalou os olhos

—Sim, ou melhor, vou amar mais do que você ama girafas e morangos.

—Uau, vai me amar muito então

—Eu já te amo muito Mari. —ela ficou me encarando pelo retrovisor com um enorme sorriso

—Pai

—Oi.

—Você e a mamãe estão brigados?

Como ela tinha percebido isso? Ela era tão inteligente.

—Um pouco.

—Então eu tenho uma dica, quando eu estou brigada com minhas amigas, a gente divide o lanche e fica tudo bem.

Eu gargalhei e estacionei o carro.

—Você é uma geniazinha linda, sabia?

—Sou?

—Sim, você é, eu vou tentar fazer as pazes com a sua mãe cabeça dura, mas você precisa fazer algo pra mim

—O que?

—voce vai ficar quietinha no quarto

—hmm... — ela colocou a mão no queixo— e eu ganho o que?

—Ganha sorvete, e eu faço lasanha de jantar pra você

Ela arregalou os olhos e deu um sorriso

—Fechado. Com bastante queijo

—Fechado, não conta pra sua mãe ein, tudo bem?

Ela assentiu e eu comecei meu plano de reconquistar o amor da minha vida.

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