Capitulo 49 - Theo albuquerque

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—Alô, Theo? — a voz de Joan estava trêmula e ofegante

—O que houve?

—É a Eloá, você precisa voltar, onde você está? já embarcou?

—Não, o avião atrasou. O que houve?

—Eu não entendi muito bem, você precisa voltar, vem me buscar a gente precisa encontrar ela

E Joan desligou, ela simplesmente DESLIGOU! Meu peito se apertou que era impossível respirar.

  Não isso não estava acontecendo. 

Peguei minhas malas, e atravessei todo o aeroporto correndo desesperadamente até chegar do lado de fora na filha dos táxis.

Meu coração estava disparado parecia estar na minha garganta me impedindo ainda mais de respirar, minhas mãos estavam geladas de nervoso. 2:30 da manhã o vento frio soprava no meu rosto me fazendo congelar, de repente, uma chuva torrencial despencou dos céus e finalmente um táxi se aproximou.

Eu só conseguia pensar em Eloá

—Por favor que ela e meu filho estejam bem —murmurei logo depois de dizer o endereço ao taxista

Eram apenas 10 minutos do aeroporto até a casa de Joan, mas pareciam horas, a quantidade de chuva que estava caindo no carro, obrigou o taxista ir cada vez mais devagar.

—Não tem como ir mais rápido? Isso é uma emergência! — eu bati no banco do carona 

— Calma! — ele esbravejou —Não tem como eu acelerar, está chovendo demais e talvez eu precise parar se não podemos sofrer um acidente, não dá pra ver um palmo na frente do parabrisas— ele apontou para frente me fazendo encarar a enorme névoa branca em nossa frente e era verdade não víamos nada além de um pé d'agua.

— Não não, não para droga!

— Já, estamos há 3 minutos do endereço

—Tudo bem, eu vou descer

Joguei o dinheiro no banco e ele encostou o taxi, peguei minhas 2 malas e corri debaixo de chuva, tive que correr pelo menos uns 5 quarteirões até a casa de Joan. Quando finalmente cheguei peguei minha chave e entrei jogando as malas molhadas no chão meu coração continuava acelerado e minha respiração ofegante

—JOAN CHEGUEI! Anda.

A casa estava em escuridão

—Joan? Droga Joan, onde você está?

Peguei meu celular e liguei para ela, chamou e chamou e ninguém atendeu

—Mas que droga! Meu Deus... —eu estava perdendo o juízo

—Theo?

Aquela voz, aquela voz inconfundível. Eu acendi a luz da sala e ela estava lá parada linda como sempre, me olhando com seus olhos castanhos escuros e seus cabelos molhados da chuva. Eu corri em sua direção abrindo meus braços, nossos corpos se chocaram com força e eu a abracei finalmente sentindo ela nos meus braços, onde eu pudesse protegê-la de tudo. Meu coração foi se acalmando e o aperto que eu senti foi sumindo, eu olhei em seus olhos e verifiquei cada detalhe de seu rosto

—Graças a Deus, você tá bem? Me diz que você tá bem por favor e o nosso filho e a Mari?

Coloquei a mão no seu rosto úmido e ela me presenteou com um sorriso

—Sim, estamos todos bem.

—Graças a Deus! — respirei aliviado — Então? — soltei seu rosto e me afastei dela —Cadê a Joan?

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