Harry finalmente vai embora da França, horas depois da entrevista e sem se preocupar em ver a repercussão.
Ele se reúne com toda a sua equipe em uma grande sala privativa do aeroporto, mas se mantém ligeiramente isolado, o que não é algo incomum, tratando-se dele.
Hoje seu objetivo é evitar perguntas sobre Louis, ainda que não seja a decisão mais inteligente, considerando a quantidade de pessoas que ele precisa investigar.
Talvez Harry tenha se precipitado com essa história toda de fingir um namoro com Louis, mas não é como se ele pudesse voltar atrás agora.
— Ei, você, tá tudo bem?
Ele desvia seu olhar do ponto fixo que estava encarando e se vira para Sarah, parada na sua frente. Ela sorri simpática e Harry devolve o sorriso.
Faz anos que Sarah é sua baterista, os dois são quase amigos. Quase porque Harry não acredita que as pessoas que trabalham para ele iriam querer ser suas amigas. Típica ideia de que chefe não é amigo de seus funcionários.
— Está sim — responde ele se ajeitando no sofá que está sentado.
— Você está mais carrancudo hoje — continua ela se sentando ao seu lado, pegando uma revista que estava jogada na mesa de centro e começando a folhear. — Está com saudades do Louis?
Harry segura a vontade de rir. Ele nem lembrava que o idiota do Louis existia, para começo de conversa. E só segura a vontade de rir porque para todo mundo os dois estão saindo.
— Claro que não, eu mal o conheço — responde Harry —, ainda é cedo para esse tipo de bobagem.
Sarah ri e Harry se concentra em tentar sentir suas emoções. Além do cheiro natural , ela cheira a despreocupação e... Mitch. Harry franze o cenho, definitivamente não estava esperando sentir o cheiro de seu guitarrista.
Isso definitivamente é algo novo.
— Vocês combinam — começa ela e Harry bufa audivelmente, revirando os olhos. — É sério! A beleza de vocês, a personalidade oposta, mas de certa forma parecida, não sei.
— Não tenho nada em comum com Louis — responde ele calmamente. — É até estranho pensar como duas pessoas tão diferentes podem ser almas gêmeas — continua. — E desde quando você conhece tanto assim sobre o Tomlinson? Pensei que todos da banda odiassem ele, assim como eu.
— Nós conversamos no hotel esses dias, ele veio perguntar de você — responde —, eu e Mitch encontramos com ele no elevador e conversamos um pouco — explica ela ao notar o olhar desconfiado de Harry.
— Que traição — lamenta-se falsamente e Sarah ri.
— Pensamos em dar uma chance a ele! A gente já sabia que vocês tinham saído e ele parecia preocupado. Não esconde as emoções tão bem quanto você.
Harry não responde, incapaz de encontrar formas para desmenti-la sem desmentir a si próprio. A respeito da alegação dela de que ele esconde suas emoções, é verdade, Harry aprendeu isso com sua mãe.
Ultimamente, contudo, ele sente que está escondendo cada vez menos, deixando sua raiva quase na superfície.
— Olha, eu sei que vocês têm histórico de brigas e tudo mais, sei que deve ser muito estranho do nada encontrar sua alma gêmea — começa ela devolvendo a revista para o lugar onde pegou. — Sei também que você decidiu dar uma chance para essa loucura, mas se isso te preocupar demais, talvez vocês devessem ir com calma, conversar mais pela internet, essas coisas. Conhecê-lo primeiro.
— Acha que podemos dar certo? — Pergunta ele, porque se a história toda fosse verdade, essa seria sua pergunta.
— Não vejo motivos para que não dê — responde Sarah suavemente. — Gostar de alguém é legal, namorar, trocar uns beijos, é divertido.
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Point of No Returning
FanfictionTodos sabem que Harry Styles e Louis Tomlinson se odeiam. A indústria da música sabe, seus colegas de trabalho sabem, os fãs deles sabem, até mesmo as pessoas que não os acompanha, sabem. Mas isso não impediu que um teste de compatibilidade fosse re...