XLI.

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Ficar longe de Louis durante a turnê foi muito mais difícil do que Harry pensou que seria — e por difícil ele quer dizer insuportável.

Os dias que passava na companhia de seu alfa voavam; por outro lado, os dias separados se arrastam, uma sequência interminável de aviões, camarins e quartos de hotéis.

Harry passava esses dias emburrado. No começo, ele disfarçava melhor, mas depois o estresse ficou grande demais, então o ômega se isolava o máximo possível, e deixava Levi encarregado de resolver o máximo possível de coisas que não pediam sua atenção em especial.

Seus únicos sorrisos genuínos longe de Louis era quando estava em cima do palco. Harry sempre amou o que faz, então ele se agarrava a isso, principalmente nos momentos em que voos atrasados atrapalhava os três dias de folga que tinham para se ver e eles ficavam impossibilitados de se encontrarem.

Felizmente, o fuso horário não era muito discrepante, então eles sincronizavam suas televisões e assistiam algum filme da Marvel, até acabarem todo o MCU e decidirem assistir outra coisa juntos. Era divertido ficar em ligação com o alfa, mas o fazia se sentir sozinho quando Louis dormia primeiro, então Harry egoisticamente sempre tentava ser o primeiro a dormir.

— Você se incomoda comigo sendo o primeiro a dormir todas as noites? — Questionou Harry em determinada ocasião.

Não, eu sei como é solitário — respondeu Louis —, não me importo de ficar falando sozinho para você ir dormir ouvindo a minha voz. E você ronca na maioria das vezes, dormir ouvindo isso é o suficiente pra mim.

Você é muito idiota — disse Harry sorrindo involuntariamente. — Eu não ronco — afirma, sério dessa vez.

Você definitivamente faz barulhos baixos de ronco, babe, mas eu os amo.

— Desligando...

Harry amou cada um de seus shows, cada momento divertido com seus fãs, ouvindo-os cantar junto com ele, mas quando o último show terminou, ele saiu correndo do palco, sem vontade de olhar para trás.

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Os dois foram juntos para Doncaster, de carro, porque na cidade não tem aeroporto, dois depois do último show, eles ainda estavam cansados, mas Louis estava ansioso para levar Harry para conhecer sua mãe.

Durante o caminho, o alfa foi listando todos os lugares que queria levar Harry para conhecer, ele estava tão feliz, tão empolgado, o ômega foi sorrindo por todo o trajeto.

A casa que Louis comprou para sua mãe era enorme, ficava no alto de uma colina, cercada por árvores. O portão automático foi aberto por ele, mas quando se aproximaram da entrada, uma mulher já estava os esperando.

A primeira coisa que Harry pensou quando viu a mãe de Louis, Johannah, era em como ela era linda, muito mais bonita do que nas fotos que o alfa mostrou a ele. Louis era muito parecido com ela, mesma cor de olhos, mesmo sorriso gentil, mas Lottie era praticamente idêntica a ela.

Louis também tinha outra irmã muito parecida com a mãe, Fizz. Suas outras irmãs, as gêmeas Phoebe e Daisy, não eram muito parecidas, com exceção dos olhos azuis.

Os gêmeos mais novos, Doris e Ernest, não se pareciam em nada com a mãe, tinham olhos claros também, mas era de um tom diferente de azul. Louis disse que eles estavam viajando com o pai, então só chegariam no dia seguinte.

Harry pensou também que as chances de seu filhote ter olhos verdes eram incrivelmente baixas.

— Vamos cumprimentar todo mundo primeiro, depois eu venho buscar nossas malas, todas estão ansiosas pra te conhecer — disse Louis descendo do carro.

Point of No ReturningOnde histórias criam vida. Descubra agora