No dia seguinte Harry acordou mais cedo, porque ele precisava ir para a academia. Como passaria o dia todo ensaiando e gravando esquetes para um programa de TV espanhol, não teria tempo para ir mais tarde e no dia anterior ele também não havia ido.
Depois do treino, ele volta para o quarto e toma banho. Ao sair do banheiro, Harry nota a camiseta de Louis jogada em cima de sua cama. Num ato impulsivo, ele pega a peça de roupa e a veste.
O ômega termina de se trocar e começar a organizar suas coisas para o dia. Ele pega uma bolsa de academia e confere se o que deixou previamente arrumado está completo. Carregador do celular, um livro, uma troca de roupa, casaco, desodorante.
— Tudo certo — diz a si mesmo enquanto pega o celular e manda uma mensagem para Miller, avisando que eles já podem ir.
Vão apenas os dois no carro, com Harry sentado no banco da frente, olhando as paisagens e comendo distraidamente uma salada de frutas que o hotel preparou para ele, pensando no que fazer, como avançar nas investigações, repassando todas as coisas que aconteceram depois que foi anunciado que ele e Louis Tomlinson são almas gêmeas, as inconsistências e coincidências dessa história.
Miller o deixa na porta do estúdio e vai estacionar o carro, uma vez que há várias pessoas na entrada, esperando por Harry. Ele cumprimenta todas elas com um aperto de mão e um sorriso.
— Seu camarim fica virando à direita, no final desse corredor, tem seu nome na porta — informa Agnes, a diretora do programa. — Assim que estiver pronto, começamos. Leve o tempo que precisar.
— Todos estão prontos? — Pergunta Harry e ela assente.
— Mas não precisa se apressar, se quiser comer alguma coisa antes, fique à vontade.
— Estou bem, comi no caminho pra cá. Vou só guardar minha bolsa e venho encontrar vocês — responde Harry sorrindo.
Ele é deixado para encontrar o camarim sozinho, o que é ótimo — dá a ele mais tempo para pensar em como abordar os membros da sua banda e tentar eliminar alguém. Harry não acredita que algum deles estaria de fato envolvido com essa história, de qualquer forma.
Sua banda está ali para participar das apresentações musicais (serão três), para os esquetes e as gincanas. Depois de hoje, Harry só voltará a vê-los depois das "miniférias" que todos vão tirar.
Não são férias de verdade, apenas alguns dias sem compromissos. Harry ainda não decidiu o que irá fazer com o tempo livre, a investigação provavelmente ficará suspensa. Talvez ele vá visitar seu pai em Manchester, faz tempo que eles não se veem.
Harry está tão distraído pensando em um plano para hoje, que não nota quando vira à esquerda, ao invés da direita, só percebendo quando o corredor começa a ficar escuro demais, devido a diversas luzes queimadas.
Ele está prestes a se virar e refazer o caminho quando escuta a voz de James.
Franzindo o cenho, Harry se aproxima. Ele nem sabia que seu empresário estaria ali naquele dia, por outro lado, deveria ter adivinhado, pois James está empenhado em segui-lo por aí.
— Estou te falando, ruivo, está tudo certo. Ele não desconfia de nada — diz James despreocupadamente ao telefone.
Harry não consegue vê-lo, mas seu tom de voz indica que ele está sorrindo convencido. Por mais que queria usar sua habilidade, James sempre exagera no perfume e ele não irá arriscar não ouvir o resto da conversa por causa de um espirro.
— Bom, sim, no começo — responde James —, mas ele sempre está desconfiado. O garoto simplesmente não confia em ninguém, nem em mim.
Os músculos de Harry se tensionam. Ele sabia.
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Point of No Returning
FanfictionTodos sabem que Harry Styles e Louis Tomlinson se odeiam. A indústria da música sabe, seus colegas de trabalho sabem, os fãs deles sabem, até mesmo as pessoas que não os acompanha, sabem. Mas isso não impediu que um teste de compatibilidade fosse re...