XXXIII.

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Louis continuou segurando sua mão até chegarem no camarim que Lottie estava.

Ao entrarem, ela sorriu despreocupada para eles, amigável. Harry ainda estava processando tudo que ouviu, então foi perturbador associar aquela garota a pessoa que escutou a ligação.

Sua mente ainda era uma confusão sobre não ser alma gêmea de Louis, sobre ele ter passado meses afirmando isso, se agarrando a essa possibilidade para explicar o que havia acontece naquele programa, pra agora se sentir decepcionado.

Mas não havia como ser de outra forma, porque no começo de tudo, ele não era apaixonado por Louis.

— Oi, meninos, como vão? — Diz Lottie animada, alheia a expressão fechada dos dois. — Precisam usar esse camarim? Eu vou sair... — começa ela, mas Louis a interrompe.

— Harry, você pode fechar a porta por favor?

Harry assente e solta a mão de Louis contra sua vontade, para fechar a porta. Ele queria continuar segurando, porque de certa forma, trazia segurança a ele, conforto.

— Vou te dar a oportunidade de nos contar tudo primeiro, Charlotte, e se desculpar — começou Louis friamente.

Mas sua irmã não parecia nem um pouco abalada, ela franziu o cenho e trocou o celular de mão, antes de enfiá-lo no bolso traseiro e se apoiar na penteadeira que estava a suas costas.

— Não tenho nada para dizer a vocês — respondeu.

A parte mais chocante era que ela estava dizendo a verdade. Charlotte realmente não sentia que devia nenhuma explicação ao irmão e muito menos a Harry.

— Deixa de merda, Harry ouviu você no telefone com o idiota do James — disse Louis bravo, sua voz se elevando.

— Ah — disse Charlotte entediada —, já não era sem tempo né? Quer dizer, era meio óbvio — adicionou ao ver a expressão de inconformismo deles. — O quê? Vocês acharam...

— Não — respondeu Harry —, desde o início eu sabia que era mentira, só precisa descobrir por parte de quem.

Charlote o encarou de cima a baixo, sua expressão muito diferente da garota animada que o abordou algumas vezes.

— James avisou que você era desconfiado, mas admito que me surpreendi com o quanto, você é bem desequilibrado, né?

— Cala a porra da boca, Charlotte — repreendeu Louis —, pense duas vezes antes de se dirigir ao Harry.

— Ai, Louis, fala sério, ele é só mais um ômega — reclamou ela —, eu sou sua irmã... espera aí — seu olhar foi de um para o outro, parados lado a lado, mas sem se encostar. — Ah, é claro. Não acreditaram, certo? — Provocou.

Harry estava pouco se fodendo para o que Charlotte pensava sobre eles e o relacionamento casual que mantiveram, então ele ignorou tudo que ela disse e questionou simplesmente:

— Por quê?

Ela deu de ombros.

— Há alguns meses James entrou em contato, foi logo depois de uma entrevista do Louis, onde ele falava sobre a rivalidade de vocês. A entrevista viralizou e Louis ganhou certo... destaque, se é que podemos chamar assim — começou ela. — Eu já conhecia James, havíamos trombado em um bar em Los Angeles, ele estava reclamando do chefe dele e eu, do meu — disse sorrindo maliciosamente.

— Como se eu fosse um chefe ruim, você não faz merda nenhuma, Charlotte — rebateu Louis, inconformado. Sua irmã apenas revirou os olhos para ele.

— Voltando para a história, James me procurou, queria uma forma de engajar Harry e o álbum novo dele, Bill disse a ele sobre o álbum de Louis, então ele me procurou para trabalharmos juntos.

Point of No ReturningOnde histórias criam vida. Descubra agora