Point of No Returning

III.

A equipe dos dois está esperando por eles nos bastidores e Harry estreita seus olhos para todos, perguntando-se quem está por trás da sabotagem.

Louis está ao seu lado, mas parece alheio a tudo, ainda que tenha desistido de acreditar que tudo não passa de uma brincadeira (bom, pelo menos é o que Harry espera, é difícil ter certeza considerando o quão burro ele é).

O empresário de Harry e principal suspeito, James, sorri e abre a boca para dizer alguma coisa, mas ele o interrompe.

— Preciso dar uma palavrinha com minha alma gêmea, um momento — diz Harry forçando um sorriso e empurrando Louis para dentro de seu camarim, batendo a porta em seguida.

— Jesus, você quase me derrubou me empurrando de surpresa assim — reclama Louis. — Meus pés não estavam firmes no chão e...

— Você precisa me convidar para jantar — começa Harry, ignorando a reclamação.

— Por quê? Só por que eu sou alfa? Sabe, Harry, esse tipo de mentalidade não é nada bacana...

Harry revira os olhos tão forte que fica sem enxergar por vários segundos.

— Porque eu gosto de cavalheirismo, Louis, em alguns minutos nosso plano será iniciado e alguns sacrifícios precisarão ser feitos.

— Tomara que eu seja sacrificado — comenta Louis e Harry sorri sarcasticamente para ele.

— Como é engraçadinho — responde. — Agora, preste atenção. Vamos chamar nossos empresários e perguntar se eles estão envolvidos...

— Mas nós não vamos investigar? — Questiona Louis o interrompendo.

A situação cada vez mais se parecendo com um castigo divino.

— Isso tudo faz parte do plano. Nós vamos chamá-los aqui, eles vão negar, jurar por suas vidas que não fizeram nada e nós vamos entrar na onda. Você vai dizer algo como "eu sempre te achei lindo, Harry, quer jantar comigo?".

— Odeio mentir, vou apenas convidá-lo para jantar — retruca Louis.

Harry não se incomoda em responder, apenas continua explicando seu plano.

— Você está hospedado no Grand Hotel? — Pergunta ele entregando seu celular para que Louis salve seu número.

— Sim, como você sabe? — Responde ele enquanto digita.

— Porque eu também estou hospedado lá — responde pegando seu celular de volta. — Estou te dizendo, foi tudo planejado. Amanhã vamos nos reunir no café da manhã e comparar nossas agendas, acredito que estarão quase iguais.

— Ok, tudo bem — responde Louis. — Vamos chamá-los.

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Para que fique registrado, Harry não queria narrar os próximos acontecimentos, porque ele sente quase que uma dor física ao pensar a respeito.

— Harry, é sério, nós não estamos envolvidos nisso — repete James pela terceira vez. — Eu nem sabia que Louis estaria aqui, até pouco tempo antes de você subir ao palco. Disseram que seria interessante ver vocês dois se encontrando pessoalmente.

— Sim, pensamos que vocês não iriam se ofender no programa ao vivo, porque essa briga de vocês... — o empresário de Louis deixa a frase no ar.

— Como conseguiram nosso DNA? — Questiona Louis de braços cruzados, nada convencido pelo discurso dos empresários.

Até que ele não é tão burro, conclui Harry.

— Não sei como conseguiram o seu — começa o empresário de Harry —, mas quando a produção entrou em contato, eles queriam alguns fios de cabelo, disseram que iriam tentar vender na internet, para um quadro novo. Não sabia que iriam usar para isso.