XLIII.

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— Caralho, James, que susto! — Gritou Harry. — Que merda você está fazendo aqui? — Perguntou abaixando o tom de voz.

— Eu disse que queria conversar com você, mas você continua fugindo — respondeu ele entrando no banheiro e jogando a chave dentro do vaso sanitário, em seguida, deu descarga.

— Ah, fala sério, vai dar o maior trabalho conseguir outra chave dessa — reclamou Harry, se aproximando para confirmar que seu passaporte ainda estava intacto.

Seu coração batia tão forte que estava atrapalhando seus pensamentos e Harry precisava, desesperadamente, pensar bem no que iria dizer a James, enquanto ganhava tempo.

Não que ele tivesse tempo, ele precisava voltar para o aeroporto, mas ele sabia que não deveria subestimar a loucura de James.

Harry nunca havia pensado em seu antigo empresário dessa forma, mas agora, olhando-o parado em seu banheiro, sorrindo largo, não tinha palavra melhor.

— Vamos conversar.

— Como entrou aqui? E esse cheiro horrível de perfume... poderia ter limpado.

— Entrei faz algumas horas, peguei seu passaporte, quebrei o perfume pra você não sentir meu cheiro, essas coisas... — respondeu James.

O ômega congelou, pensando no que mais James poderia ter feito, se deveria se preocupar com Louis ou com si, e em como sair dessa.

— Vamos nos sentar... — começou Harry se virando, mas foi bruscamente agarrado pelo braço, e virado para ficar de frente.

Ele não deveria ter ficado de costas e se xinga mentalmente por isso, enquanto James agarra seus cabelos e os puxa para trás, deixando seu pescoço — e a sua marca — a mostra.

— Que merda é essa, Harry! — Berrou James, soltando seu braço para agarrar seu pescoço. — Você era para ser meu! Eu fiz tudo para garantir que você fosse meu! — Esbravejou.

Por mais que tente, Harry não consegue se desvencilhar e seus chutes em James parecem não surtir efeito. Parece que uma eternidade se passou, mas ele sabe que foram alguns segundos.

Harry demora para entender o som da porta sendo arrombada e quando se dá por si, Louis já está o puxando para longe, o colocando atrás de si e avançando em James.

É uma cena e tanto, seu alfa desferindo socos em James, fazendo o nariz dele sangrar e o derrubando no chão, batendo sua cabeça com força e o nocauteando.

O ômega sabe que não deveria achar a cena bonita, atraente e satisfatória, mas céus... ele acha e fica decepcionado por não ter conseguido filmar.

— Coração, babe, você está bem? — Pergunta seu alfa indo até ele, segurando seu rosto com as duas, inspecionando seus olhos.

Em seguida, Louis começa a inspecionar todo seu corpo, procurando por alguma lesão. Harry pisca, voltando a si, e diz:

— Caralho, isso foi... — ele se interrompe, balança a cabeça e volta a encarar Louis. — Foi sexy pra caralho.

Seu alfa ri e o beija novamente, depois se afasta, buscando seu passaporte caído no chão e entregando a ele.

— Me espera no andar debaixo? Miller já está chegando com a polícia, vou ficar vigiando o desgraçado.

Harry assente e o beija na bochecha antes de descer. Ao descer as escadas, nota que a porta da frente também precisou ser arrombada. Ele subiu com tanta pressa, que nem percebeu que James estava logo atrás dele — e esse pensamento o faz sentir um frio na espinha.

Ele fica parado do lado de fora da casa, aguardando. Assim que Miller chega, Harry diz a ele:

— Acho que vamos precisar voltar com o treinamento de espião.

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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