Point of No Returning

XII.

Ignorar n° 133:

Vou passar pra te buscar.

A mensagem de Louis chega de manhã, algumas horas antes horário que ele havia se programado para sair. Ainda assim, não deixa de ser um inconveniente.

Ele não responde nada, mas então Louis manda alguns pontos de interrogação e Harry revira os olhos antes de responder "ok", com o emoji revirando os olhos.

Miller é avisado e informa que irá acompanhá-lo no carro que seguirá o deles, de escolta. É um pouco estranho pensar que Miller não estará a um braço de distância dele, mas seu segurança parece confiar no segurança de Louis, então Harry acaba confiando (um pouco) nele também.

Assim, poucas horas antes do programa começar, Harry desce pelo elevador principal do hotel, acompanhado de três seguranças para o inconveniente que é pegar carona com Louis Tomlinson.

O alfa está esperando por ele do lado de fora do carro, onde uma dúzia de seguranças se certificam de que fãs e paparazzis não conseguirão se aproximar. Ele abre a porta para Harry e o espera entrar antes de dar a volta no carro.

Os dois não conversam durante a maior parte do trajeto. Harry já estava começando a agradecer os deuses pelo momento de paz quando Louis disse:

— Você está cheirando como eu, fraco, mas definitivamente como eu.

— Não foi um plano tão ruim — responde Harry encarando sua camisa de seda rosa-clara, pensando em como ela não combinou em nada com Louis, mas ainda assim ele estava lindo.

Harry balança a cabeça e afasta esse pensamento, voltando seu olhar entediado na direção de Louis.

— Vamos continuar com isso, então?

— Sim, podemos trocar mais alguma coisa depois — responde Louis. — Acho que chegamos — adiciona ele quando o carro começa a diminuir a velocidade —, vou abrir a porta para você — avisa o alfa.

Assim que o carro estaciona, Louis desce e Harry o segue, porque essa besteira de abrir a porta para ele é totalmente irrelevante.

— Eu falei que iria abrir para você — reclama Louis ao ver que a perna direita de Harry já está pra fora.

Ele o espera descer do carro e então segura sua mão, guiando em direção a entrada do prédio, ainda que seja um lugar totalmente privado e as únicas testemunhas são seus seguranças e as pessoas que trabalham para o programa.

Assim que entram eles são levados para seus camarins, os quais são lado a lado. Felizmente, não colocaram eles para dividir

Harry só volta a ver Louis quando está esperando para ser chamado ao palco, os dois trocam um breve olhar, mas o ômega não entende o que o alfa estava querendo dizer, e isso o faz se questionar se irão conseguir convencer alguém.

Os dois simplesmente são incompatíveis demais para terem qualquer sincronia.

A consciência chata de Harry está lembrando-o de que houve sim momentos que eles se entenderam, mas eram situações que só se Louis fosse um idiota completo não iria entender, e o alfa é meio idiota, então.

—... Harry Styles!

Ele pisca, confuso, e percebe que sua entrada já foi anunciada, então coloca um sorriso no rosto e entra no palco, acenando para a plateia. Harry aperta a mão do apresentador, um beta de meia idade chamado Michael, e se senta.

— Que prazer recebê-lo no meu programa — começa o apresentador. — Harry Styles pela primeira vez no Night in Irland!

A plateia bate palmas calorosas e Harry sorri novamente.