XXVI.

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É um pouco estranho abrir a porta da frente de sua casa com Louis atrás de si, comentando sobre como seu jardim está bonito. Harry raramente traz visitas, então faz sentido que ele esteja receoso sobre a opinião de Louis sobre sua decoração.

— Sua casa é muito bonita — elogia Louis segundos após entrar, o que é engraçado, considerando o receio de Harry.

— Obrigado — agradece ele —, mas você mal viu nada.

— Vai me mostrar tudo? Estou ansioso para conhecer o seu quarto — diz o alfa sorrindo maliciosamente.

Harry ri e assente, admitindo que o flerte engraçadinho é perfeito.

— Vamos começar lá em cima e encerrar na cozinha — disse seguindo em direção as escadas. — Essa não era a casa que eu queria comprar quando ganhei dinheiro o suficiente para isso, mas acabei gostando — conta ele casualmente, sem entender ao certo porque quis compartilhar essa informação.

— Por que não comprou a outra? — Pergunta Louis observando os quadros que Harry colocou no corredor.

— Alguém comprou antes. Era uma casa em um outro condomínio, com mansões um pouco maiores, eu tinha gostado porque tinha uma quadra de tênis e um campo de futebol, o qual eu estava pensando em transformar em um campo de golfe.

Louis se vira na direção dele lentamente, uma expressão cautelosa em seu rosto.

— Você não está se referindo a casa de madeira de três andares daquele condomínio perto do clube de hipismo, está?

— Bingo, essa mesma. Era a única com essas características até onde eu sei. Você mora nesse condomínio, não é? Conhece quem comprou essa casa?

O alfa fica em silêncio e volta a observar atentamente um dos quadros. Harry começa a rir no segundo em que percebe.

— A casa é sua, não é?

— A casa é minha — confirma ele rindo nervosamente.

— Ladrão de casas — acusa Harry —, sua sorte é que eu só descobrir isso agora, senão teria contado para o mundo tudo que você tirou minha casa dos sonhos de mim por vingança.

— Você é malvado — disse Louis se aproximando, segurando-o pela cintura e o puxando para perto, até conseguir beijá-lo. — E sua ideia de destruir o campo de futebol é maléfica.

— Vem, vamos logo pra cozinha — disse Harry depois que se afastaram, com um sorriso travesso no rosto —, quanto mais rápido a gente jantar, mais rápido voltamos pra cá — adiciona segurando a mão do alfa.

Rindo, Louis deixa-se ser guiado de volta para o primeiro andar.

[...]

Harry decide cozinhar macarrão, o que não tem absolutamente nada de especial, mas ele está com pressa e seu molho é uma delícia.

Ele coloca alguns pedaços de carne para assar no forno e serve vinho e queijos enquanto o jantar ainda está sendo preparado, mas Louis se oferece para ajudar e eles só comem quando tudo já está no fogo.

É verão, então Harry decide arrumar a mesa de piquenique da varanda para eles jantarem. O vento traz o cheiro de chuva de outra parte de Londres e ao longe é possível ver as luzes da cidade.

A comida está boa e tudo é tão agradável, mas do que Harry jamais sonhou que poderia ser — e não apenas porque é Louis Tomlinson ali com ele.

Depois que terminam de comer, Louis elogia o jantar e agradece enquanto eles se deitam em espreguiçadeiras e encaram o céu.

Point of No ReturningOnde histórias criam vida. Descubra agora