XI.

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Nos segundos que se sucedem ao soco, Louis e Niall apenas se encaram, em diferentes níveis de surpresa. O primeiro encarando sua mão e o segundo segurando seu nariz.

Harry revira os olhos e suspira, se colocando entre os dois, de perfil para eles, cada palma de sua mão virada para um.

— O que diabos você estava pensando? — Questiona ele se virando na direção de Niall.

— Era um teste — responde seu amigo baixinho. Harry arqueia as sobrancelhas.

Niall não se incomoda em responder, apenas continua fitando Harry com a mão esquerda cobrindo o nariz e a direita limpando o sangue.

— Vai lavar esse nariz — manda Harry já se virando na direção do outro.

Uma breve respirada mais profunda diz a Harry que Louis está se sentindo culpado, arrependido; incrédulo com suas próprias ações. Não era o que Harry estava esperando sentir.

— Eu estava defendendo a sua honra — começa Louis assim que eles fazem contato visual.

É preciso um grande esforço da parte de Harry para que ele não revire os olhos.

— Niall é meu melhor amigo, ele não me ofende falando essas coisas. Não sei nem porque estou explicando isso a você — acrescenta ele rapidamente, não conseguindo segurar o revirar de olhos dessa vez. — Em todo caso, você não pode sair agredindo as pessoas, ainda mais por ciúmes. Principalmente considerando que a sua habilidade é força!

— Não usei habilidade alguma, e eu não estava com... — começa Louis, mas Harry não o deixa continuar.

— Você estava — diz ele se aproximando de Louis, sorrindo maliciosamente. — Ah, Louis, tão cedo e você já está...

— Não termine essa frase, que nojo, Harry, de verdade — responde ele torcendo o nariz.

Os dois se encaram, Harry sorrindo maliciosamente e Louis parecendo entediado. O cheiro dele se mistura demais com o perfume para que o ômega consiga identificar alguma emoção, distraído com o quão bom é.

E não faria bem ao seu ego confirmar que Louis não o acha minimamente atraente.

Por fim, Harry se afasta.

— Vá pedir desculpas ao Niall — manda ele e Louis não diz nada, apenas caminha na direção da porta que leva ao quarto.

Harry abre a porta e a segura aberta enquanto Louis entra. Niall está sentado na cama, como papel higiênico enfiado no nariz, ressabiado.

— Peço desculpas pelo soco que dei na sua cara — diz Louis solenemente, encarando Niall.

— Sem problemas, cara, eu só queria te testar. Você está passando muito tempo com Harry, queria verificar se sua índole é boa, essas paradas — responde Niall. — Você passou! — Acrescenta ele sorrindo e Louis sorri também.

— Obrigado — responde Louis e Harry decide que já teve o suficiente daquela palhaçada — e de alfas no geral — para aquele dia.

— Niall, quantas vezes eu já falei que você não precisa ficar dando uma de irmão mais velho?

— Audacioso da sua parte acreditar que eu contei — responde seu amigo, ele se vira pra Louis e acrescenta: — foram muitas.

Mas Louis não está prestando muita atenção, ele está encarando seu celular, parecendo preocupado, enquanto assente em resposta a Niall.

— As pessoas estão comentando que nós dois estamos aqui — diz ele ao notar que Harry e Niall estão o encarando.

— Não tem problema, todos sabem que Niall é meu amigo, provavelmente acham que você está aqui para conhecê-lo — responde Harry.

Point of No ReturningOnde histórias criam vida. Descubra agora