Point of No Returning

XLII.

Harry resolveu que iria voltar dirigindo para Londres, porque estava ansioso demais para ficar sentado, sem fazer nada.

Gemma não quis dar nenhum detalhe por telefone, mas disse que estaria esperando por ele em sua casa.

Louis concordou em encurtar a viagem e, na manhã seguinte, eles já estavam prontos para voltar para casa.

O ômega desistiu de dirigir quando estavam a menos de duas horas de Londres, ansioso demais para se concentrar, porque no fundo, ela sabia que sua irmã tinha algo muito importante para lhe dizer.

Quando Louis estaciona em frente a porta da frente, e Harry avista Miller, ele tem a confirmação que precisava.

— Gemma te chamou? — Questiona ele ao descer do carro.

— Sim.

— Não quis entrar? — Adiciona subindo as escadas, em direção a porta de entrada.

— Estava me sentindo sufocado — admite.

Harry assente e abre a porta da frente, procurando por Gemma.

— Gemma! — Grita ele.

— Aqui! — Responde ela, da sala de estar.

O ômega corre até sua irmã, encontrando-a no meio do cômodo, como se estivesse prestes a correr na direção dele também.

— Você encontrou a mamãe? — Pergunta ele, a voz falhando e o coração apertado.

Sua irmã assente enquanto diminui a distância entre eles.

— Sim, eu encontrei — confirma em voz alta, enquanto se abraçam. — Eu encontrei.

— Onde ela está? — Pergunta ele se afastando.

A única outra pessoa que ele sente o cheiro na casa, é Levi, o qual aparece timidamente na sala de estar.

— Oi, sei que não estava esperando por mim — diz ele sorrindo fraco. — Miller me pediu uma carona, ele não estava na cidade e eu o busquei na estação de trem.

— Não, está tudo bem — responde Harry fungando. Ele nem percebeu que estava chorando. — A Gemma encontrou a mamãe — disse ele sorrindo. — Onde ela está? — Perguntou ele se virando na direção de sua irmã.

— Levi, você pode chamar o Miller? É uma longa história.

[;]

Gemma conta a eles que desde o momento que começou a trabalhar para o governo inglês, ela buscou pistas sobre sua mãe, que mesmo se ela estivesse morta, seria melhor do que nunca saber o que aconteceu com ela.

— Comecei buscando por todas as missões envolvendo a Hungria, no começo não tinha acesso a quase nada, demorou anos pra conseguir acesso sem chamar a atenção. E quando consegui...

— Não encontrou nada — completou Miller. — Ela não desapareceu na Hungria.

— Você já sabia disso — afirma Harry de virando na direção dele.

— Eu tentei, de todas as formas, encontrar informações sobre ela — começa ele, encarando fixamente suas mãos —, mas no final das contas, nem eles sabiam direito o que aconteceu, tinham apenas teorias e não estavam interessados em investigar nenhuma delas. Foi nesse momento que pensei que talvez esse trabalho não fosse para mim.

Miller faz uma pausa e se vira para Harry, depois para Gemma, e adiciona:

— Eu conversei sobre isso com o pai de vocês, sobre ela não ter desaparecido na Hungria, ele me questionou se eu sabia onde ou se algum dia viria a saber, eu disse que não, então decidimos deixar entre nós essa informação. Ele achou que seria melhor vocês não saberem disso, sinto muito.