XXXII.

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Enquanto segue Louis para dentro, Harry abotoa discretamente dois botões de sua camisa.

— Vou guardar o vinho — avisa o alfa se virando na direção da cozinha.

Harry assente distraído enquanto caminha até Oli para dizer oi, o beta sorri animado para ele e o abraça, pegando o ômega de surpresa.

— Não acredito que vocês estavam em uma investigação esse tempo todo! — Exclama Oli animado, depois que se afastam. — Não faço a mínima ideia de quem possa ser, mas vou ajudar vocês com o que eu puder. Estou tão animado.

— Obrigado — diz Harry sorrindo, sem conseguir se ressentir de Oli por ter estragado seu encontro,

Bom, nunca foi um encontro, então não haveria nada para se ressentir de qualquer maneira.

— Mas eu tinha tanta certeza que vocês eram almas gêmeas — continua Oli —, vocês pareciam se dar bem.

— Louis comentou alguma coisa sobre isso? — Perguntou Harry tentando soar casual.

— Disse que você sugeriu serem amigos — responde Oli.

— Ele parecia triste com isso? — Sussurra Harry, porque ele não confia que Louis não está usando sua habilidade, ainda que esteja em outro cômodo.

Oli franze o cenho, pensativo, então ele sorri e inspeciona Harry, olhando-o de cima a baixo.

— Nunca te vi tão arrumado. Só quando vai aparecer na televisão — comenta ele e Harry desvia o olhar, sentindo o rosto esquentar. — Louis me contou por mensagem, não sei como ele se sentiu com o pedido de amizade, mas aposto que ele notou como você está bonito hoje e aposto que se arrependeu de me convidar.

— Você acha? — Questiona Harry tentando conter o sorriso.

— Sim, com certeza, e eu posso sondar ele também, para tentar descobrir alguma coisa — sugere Oli. — Somos amigos, não somos?

Harry não responde, pego totalmente de surpresa.

— Posso te ajudar com isso e estarei ajudando-o também — continua ele sorrindo orgulhoso de seu plano.

Louis aparece na sala há tempo de ouvir a última fala de Oli.

— Ajudar com o que?

— Com a investigação — mente Harry. — Eu e Oli somos amigos agora — adiciona sorrindo para Louis. — Eu não tenho muitos amigos, então isso é bem legal. — Adiciona se virando para o beta.

— Agora você não precisa mais ser amigo do Louis — diz Oli e Harry sente seu rosto voltar a esquentar.

— Louis é... é meu.. inimigo, né, Louis? Arqui-inimigos — diz Harry totalmente sem graça, sem saber como contornar a situação.

Ele não quer que Louis desconfie sobre os seus sentimentos, porque se o alfa não estiver apaixonado por ele, o ômega vai dar um jeito de sumir com esse sentimento.

— Ok, tudo bem, princesa — disse Louis rindo —, sou o que você quiser que eu seja.

— Hmm... — murmura o ômega se aproximando do alfa —, qualquer coisa? — Pergunta ele com seu melhor e mais letal sorriso sedutor.

Ele não sabe quando ele se apaixonou por Louis, quando as desavenças deles passaram a ser uma memória longínqua e flertar com ele é uma necessidade.

Quando Louis devolve o seu sorriso com um ainda mais canalha. Harry conclui que era inevitável — ele iria se apaixonar, era só uma questão de tempo.

Point of No ReturningOnde histórias criam vida. Descubra agora