Point of No Returning

XXVII.

Durante o restante do dia, Harry investiga James e Oli. Niall passou suas senhas a ele, então o ômega compara todas a postagens do Instagram dos dois.

Oli não coloca muitas informações sobre os lugares, mas é fácil descobrir a localidade ao jogar no Google a foto ou o nome de Louis e a data. James se empenha mais em fazer legendas ridiculamente longas, mas isso também facilita no cruzamento de informações.

Quando o sol se põe e Louis envia uma mensagem perguntando se Harry quer encontrá-lo, o ômega já tem todos as provas organizadas para mostrar ao alfa.

Louis envia seu endereço, mesmo que Harry já saiba onde ele mora, e o ômega decide ir de moto até lá, porque ele sempre opta por ela quando quer espairecer ou, nesse caso, pensar em como contará o que descobriu.

Ao passar pela portaria, Harry tira seu capacete e o porteiro assente para ele.

— O sr. Tomlinson já está esperando pelo senhor, sabe como chegar até a residência?

— Eu sei, obrigado — responde Harry colocando seu capacete de volta.

É fácil encontrar a casa que ele quis comprar alguns anos atrás. Os portões abrem assim que Harry chega e Louis está esperando por ele em frente a porta da frente, com as mãos nos bolsos de uma calça de moletom.

— Isso foi sexy — diz o alfa depois que o ômega estaciona e tira seu capacete.

Harry dá de ombros.

— Nada fora do comum para mim — brinca sorrindo maliciosamente. — Como foi hoje? Muito trabalho? — Questiona ele seguindo Louis para dentro.

— Mais ou menos, o mesmo de sempre, mas hoje parece que demorou uma eternidade para acabar, não via a hora de chegar em casa e te mandar mensagem.

O ômega aproveita que o alfa está de costas e cora.

— Eu até faria um tour pela minha casa, mas imagino que você já a conheça — brinca Louis se virando para ele e Harry ri.

— Idiota — responde ele ainda sorrindo. — Para a sua informação, eu já superei que essa casa não é minha. E ela nem é tão bonita assim.

— Agora você está mentindo — disse o alfa passando por ele para fechar a porta, o ômega se vira para continuar olhando para ele.

Os dois se encaram e trocam um sorriso.

— Seu coração está até batendo mais rápido — provoca Louis dando um passo em sua direção e Harry dá de ombros.

— Não é só a mentira que faz um coração bater mais rápido — argumenta. Dessa vez, é ele quem dá um passo na direção do outro.

Os corpos se movem sincronia, em uma coreografia que ambos conhecem muito bem. Louis o puxa pela cintura e Harry apoia seus braços no ombro dele, enquanto sente aquela sensação familiar de formigamento.

Seu coração começa a bater ainda mais rápido e Harry pensa que um beijo não deveria ser assim tão bom. Como ele pode se concentrar em qualquer coisa quando Louis Tomlinson está beijando-o? Isso quase o faz ficar com raiva do alfa novamente, mas o tesão fala mais rápido.

Quando eles se separam para recuperar o fôlego, Louis segura sua mão e o leva para mostrar a casa, e Harry pensa que entende as pessoas que fazem loucuras quando estão...

Ele para, com o coração acelerado.

— Está tudo bem, babe?

Harry engole em seco e assente, forçando um sorriso.

— Por um momento assustei pensando que não desliguei a minha moto — mente ele, aproveitando-se que seu coração já está disparado para mentir. — Não é nada, eu lembrei que desliguei.