2° | Começando o plano

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• Nicholas Martinez

Acordo finalmente sem pesadelos. Meus olhos se abrem com um pouco do clarão que atravessa minhas cortinas, me sinto um pouco atordoado, e me lembro da bebida de ontem. Solto um suspiro e saio de posição de bruços para as costas para baixo, minha mente também se lembra sobre o assunto de Camilla a noite.

Logo termino de pensar sobre o assunto, me sento na cama e penso no meu pai, lembro que ele era apaixonado pelo seu trabalho, seu segundo amor que teve pela sua vida curta, além de minha mãe. Realmente eu não deveria deixar seu trabalho ir em vão.

Quando olho para o lado para ver as horas, vejo que ainda são 6:00 e então ligo para Abigail novamente, dizendo para cuidar da empresa enquanto eu estiver fora. Não deveria deixar minha empresa na mão dos funcionários, claro, mas Abigail é filha de um dos patrocinadores mais importantes, e ela é responsável, até porque entramos no mesmo ano lá. Me levanto e solto um suspiro longo em seguida.

Me arrumo com outro terno, mas idêntico ao outro e pego a mochila de meu pai que estava atrás de algumas bagunças em meu armário, que mantive guardada por anos. Quando abro a mochila, vejo que as coisas que ele deixou para mim continuam lá, pego também uma corrente que meu pai havia me dado, ela é cinza com um pingente em formato de cruz, cinza também, coloco em meu pescoço assim que a acho.

A Chave, o tal mapa e uma foto que ele tinha comigo e com minha mãe, que sempre levava dentro de sua mochila. Por fim decido levar isso e algumas roupas. Logo termino de me arrumar e coloco uma alça em meu ombro esquerdo,

Vou para o aeroporto encontrar Camilla como disse ontem. Logo quando chego, percebo que o aeroporto está meio vazio, então procuro Camilla em algum banco, até que vejo ela de terno feminino também, sentada com sua mala branca ao lado de suas pernas.

- Martinez, que bom ver que aceitou o convite. - Ela diz assim que percebe que chego perto.

- É. - Fico ao seu lado em pé, segurando a alça da mochila.

- O avião já vai chegar, melhor irmos. - Ela diz se levantando.

- Então, já sabe alguma pista de onde possa estar a outra chave? - Digo andando ao seu lado.

- Talvez, preciso conferir algumas coisas quando chegar em Barcelona.

Não falamos mais nada depois disso, apenas seguimos para o corredor que nos levava para a pista de pouso e vôo.

Entramos no avião branco não tão grande para ir de volta a Barcelona. Não esperava voltar para aquele cidade que me fez sofrer tanto, mas faria de tudo para ajudar meu pai a achar o tal do tesouro. Oque me faz ficar receoso.

Durante o início da viagem, vejo as paisagens que sobrevoamos, mas minha atenção é voltada para Camilla quando ouço sua voz.

- Como seu pai conseguiu o mapa? - Ela pergunta sentada ao banco do meu lado. Suspiro antes de dizer.

- Eu não sei. Ele foi baleado antes de dizer alguma coisa sobre isso.

- Entendi. - Ela fica em silêncio por um estante. - Bom, eu sei por onde começar essa caça ao tesouro. Conheço algumas pessoas de confiança nessa cidade que serão nossos olhos e ouvidos para tudo, e por sinal elas concordaram em nos ajudar com o leilão.

- Sobre esse leilão, quem vai estar lá?

- Adrian Sanchez, Giulia Smith e Matheo Winchester. São nossos alvos, eles também querem comprar a cruz, e creio que não seja por decoração ou admiração.

- Como assim?

- Adrian é um dos patrocinadores. - Ela diz. - Do fundador do leilão, e ele sabe muito bem sobre o mapa e o tesouro. Ele e mais os dois, então irão lá para comprar essa chave, mas eles tem uma coisa que só nós possuímos.

O Tesouro de Barcelona Onde histórias criam vida. Descubra agora