4° | Primeira chave

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Nicholas Martinez

Passamos na casa de Diego, realmente muito arrumada, ela é do tamanho médio, com a cor beje clara com vários cômodos e janelas, com uma garagem que cabem no máximo um carro e uma moto.

- Eu não acredito nisso. - Camilla diz assim que sai do carro estacionado na garagem, com o cabelo desarrumado e colocando sua mão na sua cintura, olhando para a lataria da Audi toda arranhada. Saio em seguida segurando a maleta para ver o estado tenebroso do carro.

- Eu levo para consertar depois Mila, obrigado por esse presente a propósito. - Diego sai do banco da frente, com seu terno meio amarrotado, segurando a chave do carro.

- Sua irmã não vai ligar mesmo de nos arrumarmos aqui? - Sophia diz saindo do banco ao lado.

- Não, ela está trabalhando, mas acho melhor irmos logo. - Ele diz olhando para Sophia e em seguida abrindo a porta que dá para dentro de sua casa. - Não demorem muito por favor. - Ele diz apontando para um cômodo ao lado da escada que dá para o segundo andar, provavelmente é o quarto de sua irmã.

- Beleza. Não esqueçam de subir lá para darmos um jeito nesses machucados em seus rostos. - Camilla diz subindo na escada e Sophia atrás dela.

- Quer uma bebida Martinez? - Diego diz assim que as meninas sobem, seguindo para um balcão na cozinha média.

-Pode ser. - Digo seguindo ele.

- Fez um bom trabalho hoje, você merece.

- Valeu. Você faz boas manobras com o carro, alguém te ensinou?

- Sim, meu pai. Mas quem sabe um dia desses eu te ensino não é? Assim que acabarmos o trabalho. Então, tem irmão ou parentes aqui? - Ele diz pegando uma garrafa de Gin e Vermute, colocando em cima do balcão.

- Não, só sou eu. - Sento na cadeira em frente o balcão pequeno, colocando a maleta em meu colo.

- Entendi. Camilla escolheu bem dessa vez.

- Como? - Pergunto enrugando as sobrancelhas.

- Não sei se vocês dois perceberam, mas notei um clima entre vocês dois. - Ele diz pegando duas taças.

- Não, não, só estamos em uma missão, nada mais. - Digo corrigindo seu erro.

- É, quem sabe. - Ele termina de colocar o gin por cima do vermute, misturando e empurrando a taça para mim.

- Martini, que genial. - Digo sorrindo distraído quando pego a taça.

- Achei que iria gostar, é um dos meus drinks preferidos.

- É, você foi bem rápido para fazer isso, já foi barman? - Digo dando um gole na bebida.

- Achei que não fosse reparar nisso, mas já fui, precisava ganhar a vida de algum jeito. - Ele responde se sentado ao meu lado.

- Entendi. - Dou outro gole na bebida. - Você mora com seus pais? - Pergunto assim que vejo um quadro não tão longe, perto de um armário de parede, nele tem uma uma pequena família: pai, mãe, filho e uma bebê, que está nos braços do pequeno menino.

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