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Nicholas Martinez

Várias pessoas começam a correr desesperadas também, não consigo pensar direito, nem raciocinar as informações seguintes. Meu primeiro gesto é procurar as Porsche's, agarro a chave que estava no bolso da jaqueta e em seguida atravesso o resto das pessoas, Camilla deve me seguir já que está no mesmo pânico que eu.

As luzes da viatura de aproximam, me deixando com um pouco mais de pânico, assim que me aproximo da Porsche e abro sua porta as pressas, jogo a maleta no chão do banco do carona. Giro a chave quando coloco em sua ignição, aproveito que a maioria das pessoas somem de vista e acelero a Porsche de ré.

Coloco minha mão na cabeceira do banco ao lado, viro minha cabeça para trás, desviando de algumas pessoas, volto para frente e vejo a viatura da polícia atravessando a porta da qual entramos á 1 hora atrás, isso é o suficiente para que eu acelere o veículo. Vou em direção a linha suja de terra, atravessando em seguida e giro o volante para a esquerda, ficando na direção normal, piso no pedal mais forte, começando a ficar 208 quilômetros.

Observo uma das viaturas me seguindo e outras duas parando para impedir as pessoas, contudo, não consigo ver a Porsche azul escura no meio da confusão. Não sei se me desespero ainda mais por isso, nem percebi o caminho que ela fez para fugir das viaturas, a única coisa que posso fazer por ela é rezar e ter a esperança de que vai me encontrar na casa de Nathan.

A sirene do carro me persegue quando viro o volante para a direita, fazendo a mesma curva de antes. Faço o movimento de zigue-zague quando escuto o som de tiros, oque me faz ficar assustado pois não tenho nada além da Porsche para fugir no momento. A estrada não é cem por cento boa para fazer esse tipo de ato, mas de qualquer maneira não percebo tão cedo.

- Ah, porra! - Exclamo quando os tiros atravessam a vidraça traseira.

Me abaixo o suficiente para não ser atingido, mas algumas das balas conseguem atingir o para-brisa, resultando na vista de furos e alguns pedaços de vidros espalhados pelo painel do veículo, coloco meu braço direito na frente de meu rosto para alguns dos pedaços não me deixar alguns machucados.

Deveria ter imaginado que isso aconteceria, não peguei nenhuma arma para me auxiliar. Me levanto um pouco do banco e começa a bater a palma da mão esquerda no vidro, tentando fazer com que ele saia, com a outra mão controlo o volante com um pouco de dificuldade. Com a tentativa falha, fecho meu punho e começo a bater mais forte. O lado esquerdo se descola, em seguida empurro para frente.

O resto dos cacos caem para dentro do carro, com dificuldade consigo fazer com que o resto do vidro quebre e seja lançado para fora, caindo no asfalto que sigo agora. Balanço a mão as pressas para os lados, afastando a dor que persiste depois de meu gesto. Me sento no banco novamente e olho o retrovisor em minha frente, a viatura desvia do objeto e persiste em me seguir.

Coloco a mão novamente no volante, a distância entre os carros não é muito grande, mas é o suficiente para que eu possa despistar um pouco. Troco a marcha do carro, deixando a Porsche um pouco mais leve e faço com que ela aumente sua velocidade. Para minha sorte, os tiros pararam, mas não por muito tempo.

Com a velocidade que atinjo, percebo a rotatória chegando pela frente, mesmo que não seja parte de uma corrida, é nescessário fazer o círculo para que eu possa continuar. Tento ao máximo não xingar algo, mas é impossível quando me assusto com um barulho alto, me fazendo assustar.

Olho para o retrovisor lateral e vejo o carro de polícia sendo atingido, me viro para frente e vejo o reflexo do carro saindo da pista através do retrovisor. A Porsche azul escura começa a tomar forma quando se aproxima, deixando o rastro de fumaça. Me viro novamente e vejo a viatura capotando, três vezes, até que para completamente quando seu teto fica virado para o chão.

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