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Nicholas Martinez

Ainda estamos parado no meio da rua, várias pessoas em pânico, mortes de inocentes, pessoas chorando e feridas. Tudo por causa de um homem que está obcecado por uma coisa que não deve nem existir.

- Como sabia? - Camilla quebra o silêncio, seus olhos estão com lágrimas e seu rosto molhado por elas.

- Ouvi o barulho dela no banco de trás, da contagem. - Digo olhando para ela, mas desvio o olhar para a tragédia.

- Precisamos sair daqui antes que venham fazer perguntas. - Ela diz, se preparando para se levantar.

Faço uma concordância, minha costela começa a doer novamente, deve ser pelo pulo que dei do carro. Nos levantamos e nos escondemos dos policiais em um poste um pouco longe do acidente.

- Não podemos voltar para o hotel. Os funcionários dele devem estar nos esperando lá.

- Do que ele estava falando? - Pergunto com a sombrancelha arqueada.

- Eu vou te contar tudo, mas não agora, por favor. Eu tenho que pensar em alguma coisa.

Não respondo nada, apenas faço uma concordância. - Melhor irmos para a casa dos pais do Diego. Lá estaremos seguros.

Camilla não responde nada, a casa está longe daqui e estamos sem carro, até que vejo um carro parado, minha única opção agora é fazer o que estou pensando.

- Vem comigo. - Digo para Camilla, que logo me segue até o carro estacionado, ele não está tão velho mas não está tão novo, quebro a janela com cotovelo e destranco a porta, entro primeiro e Camilla em seguida, começo a procurar os fios para fazer a ligação direta assim que jogo a mochila no banco de trás, e não demoro muito para achar os fios, o carro começa a se ligar e agradeço a Deus por ter GPS, rapidamente coloco o endereço e começo a dirigir.

Ela não fala uma palavra, e eu também não, continuamos assim em silêncio a viagem toda, penso em quebrar o silêncio, mas ela não parece confortável o suficiente para falar.

Ficamos no carro por 2 horas, já começa a entardecer e estamos quase perto da casa, não falamos nada ainda, estou começando a me preocupar com isso, não sei quanto eles eram importantes para ela, mas pelo visto são muito.

Chegamos na casa, e saio do carro primeiro, pegando a mochila e abrindo a porta para Camilla que sai em seguida, seguimos até a porta e entramos.

- Eu vou tomar um banho primeiro, Nick. - Ela finalmente quebra o silêncio, é a primeira vez que ela me chama de Sam nesse meio tempo. - Assim que eu acabar eu vou te explicar tudo.

- Eu também vou assim que você acabar.

Ela faz uma concordância e vai em direção as escadas para subir até o quarto, enquanto eu vou em direção a cozinha e me sento na cadeira, deixando a mochila na cadeira ao lado e me encosto no balcão.

Sinto minha coluna ainda doer, e observo alguns pequenos machucados em meu braço, mas não ligo muito para eles. Penso em me livrar do carro roubado, eles podem rastrear pelo seguro, fico pensando nisso por uns 2 minutos e decido ir mesmo.

Saio novamente pela porta novamente e vou em direção ao carro, devido ir ao lago que não fica muito longe daqui, então entro no carro e começo a dirigir, chego em 5 minutos. Saio do carro e começo a perceber que ele está do jeito que eu me lembrava.

Minha mãe e meu pai me traziam aqui para pescar de vem quando, eu vivia brincando com um cachorro de alguém que morava aqui perto, mas meu pai parou de né trazer quando minha mãe adoeceu, ele não suportaria ver esse lugar sem minha mãe, sem seus sorrisos, conforme o tempo foi passando, também desenvolvi esse medo e me acabei me esquecendo desse lugar.

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