𝗗𝗔𝗬𝗟𝗜𝗚𝗛𝗧, h. hyunjin

𝟎𝟓𝟖 . Iceberg

[...]

Amo esse tempo que Hyunjin sempre arruma para mim. Ele vem a minha casa e ficamos conversando de tudo um pouco. Eu amava isso.

- Vamos um dia para Paris de novo? - já estava a noite, Hyunjin chegou aqui de tarde.

- Vamos. Eu quero muito ver o local aonde você supostamente se apaixonou por mim. - estávamos na minha cama abraçados. Eu havia dormido sem querer e ele havia me posto para dormir na cama.

- Como assim "supostamente"?

- Uma criança de doze anos consegue se apaixonar tão intensamente?

- Amor, sim.

- Você jura?

- Minseo, desde o dia que eu te vi eu não te tirei da cabeça, sua mula. - isso que dá gostar de um engraçadinho.

- Desde que você tinha doze anos?

- Desde que eu tinha doze anos. - ele afirma.

- Então você ter me visto pela primeira vez bêbada era mentira? - relembro chocada.

- Óbvio que sim! Minseo, quando você foi com Seungmin até o grupinho ele já te conhecia fazia décadas. Ele e os meninos. - Hyunjin fazia um cafuné leve na minha cabeça.

- O que? Tá falando sério? Era só eu que não te conhecia?

- Sim, tô falando sério. Juro que foi tudo pensando perfeitamente. Imagina se eu errasse algo? Eu não iria conseguir conquistar você. - ele estava mais sério do que o normal.

- Desde aquela mensagem você já tinha conquistado de alguma forma.

- Que forma?

- Você me trazia muito interesse e nossas personalidades eram muito compatíveis. - o olho. - E sabe, aconteceu tão naturalmente que eu sinto que descobri o real significado de almas-gêmeas.

Hyunjin me olha com uma cara apaixonada, igualmente a mim. Aquele cara que eu estava olhando era a pessoa que fez de tudo por mim às escondidas, e então, era minha vez de fazer por ele; mas de forma clara.

- Obrigado por isso. - ele beija minha cabeça quando volto minha atenção para frente.

- Por que?

- Quando você começou a namorar Hyungsik, sabe, eu não podia fazer muita coisa. Iria deixar você com quem queria. Afinal, nem me conhecer você conhecia.

- Hm.. - faço esse som com a boca para indicar que eu estava o ouvindo.

- E então quando você terminou, eu falei para os garotos e o mais correto que eu podia fazer era te deixar respirar um pouco e te chamar finalmente.

- E foi o que você fez. - sorrio.

- Foi o que eu fiz.

- Como foi sua reação ao saber que eu estava namorando o Hyungsik? - pergunto curiosa. Já tínhamos essa intimidade.

- Eu fiquei chateado para um caralho. Na época, nem amigo dele eu queria mais ser, mas eu vi isso como uma oportunidade de te conhecer mais pelo o que ele falava de ti.

- Você é um mastermind.

- Um o que? - ele me olhou por cima.

- Nada.. continua.

- Mas ele falava umas coisas nojentas de certa forma. Não amaldiçoei vocês dois por que você estava no relacionamento, e eu te prezava.

- Que idiota. - eu ri.

- Idiota por você, né bobinha? - ele ria também. - Mas eu assumo, não fiquei triste que vocês terminaram não.

- Ficou como?

- Fiz a maior festa mas quando te vi na escola toda fechada, me senti culpado. - ele assumia.

- Foi um tabefe na minha cara o nosso término.

- Eu sei.

- Você sempre sabe.

- Óbvio! Eu sei você, sempre soube.