𝗗𝗔𝗬𝗟𝗜𝗚𝗛𝗧 | h. hyunjin

𝟎𝟐𝟑 . Homens

- Você não acha que está sendo muito, tipo, muito intrometida? - Yoo Jiyeon era detestável.

- Eu que te pergunto.

- Não, Minseo, quem vai casar com ele sou eu. A intrometida é únicamente você.

- É Kang Minseo pra você.

- Não importa, só saia do nosso caminho.

- Você é insegura nesse ponto?

- Como? - ela me olha chocada.

- É, sua insegurança é tanta que tem medo de eu roubar seu "noivo".

- Você me dá raiva.

- Por estar certa?

Ela suspira longo e sai, me deixando sozinha no cômodo vazio.

Decido sair também depois de vê-la desaparecer do meu campo de vista; para não tee chance de esbarrar com o diabo.

- Minseo? - voz familiar me chama vindo de trás.

Me viro, na esperança de ser alguém aceitável.

- Ah, é você. - era Song Hyungsik.

- Sim, sou eu. - ele se aproximava e dizia com voz de conquista.

- Tô indo, tá? - só me viro. Queria estar em qualquer lugar menos ali.

- Ei ei ei, espera. - ele segura meu braço. Nojento. Eu solto num impulso.

- O que foi dessa vez? Já não foi o suficiente antes?

- Calma, Minseo. Eu vim em paz.

- Você "veio"? Quer dizer que me seguiu?

- Não é isso, só quero saber como você tá.

- Eu não quero saber como você está.

- E "nós"? Não foi nada pra você?

- Nosso término foi tão fácil para você e agora, tá tudo no passado.

- Você não me respondeu. - Hyungsik se aproxima.

- Não foi nada demais. - me afasto mais.

- Nada?

- Sai de perto de mim, fazendo o favor.

- Minseo, temos muito para resolver.

- Você não entende, Hyungsik? Não temos nada para resolver.

- Prefere viver com esse peso na consciência?

- Que peso? Quem fudeu tudo foi você.

- Eu?

- Ah não, vai me dizer que fui eu que mudei?

- Mudou.

- Pra melhorar só se for.

- Melhor, Minseo? Tem certeza nisso? - ele sabia meu ponto fraco, isso me irritava.

- Tenho.

- Minseo, - ele se aproximava mais e mais, colocando as mãos nos meus braços levemente. - eu te conheço melhor que você mesma.

- Quem é você? - pergunto, dando-o um choque de realidade.

- A pessoa que você mais amou, a pessoa que mais amou você.

- Você é convencido demais.

- É porque estou certo?

- É por que você é irritante.

- Preciso de uma chance.

- Você não existe mais para mim, tá difícil de entender?

- Você sempre foi a mulher da minha vida.

- Tá.

- "Tá"? - o ódio corria pelo meu corpo, juntamente com o medo do que ele faria.

- Tá, Hyungsik. Você não é o homem da minha vida. Você não é nem a mosca da bosta do cavalo do bandido na minha vida.

- Essa implicância me atrai. - ele se aproximava.

Eu dou mais passos para trás, com intenção de sair correndo.

- Não fuja de mim, por favor.

- Estou fazendo um favor a mim mesma, licença. - eu viro e ele me puxa mais fortemente que dá última vez.

- Eu disse pra ficar. - ele me olha com uma certa raiva.

- E eu disse pra você calar a sua boca comigo. - digo, falando alto.

Ele respira fundo. - Minseo, eu nao quero me desesperar com você.

- Você é um nojo.

- Como é que é? - ele se aproxima, intimidador.

- Você ouviu muito bem. Quer dar uma de homão para mim? - digo, dessa vez, fazendo ele se afastar.

-E você, Minseo? Quer dar uma de mulherzona? Você é uma qualquerzinha.

- Não, no seu mundo eu sou o homão que você sonha ser. Acho melhor dar uma abaixada na bola.

- Você me dá pena. - ele diz, rindo.

- Você disse que queria chances.

- Você não me dá abertura pra mostrar meu amor.

- Esse é o seu amor? Pensei que precisava ter um coração para amar.

- Você roubou ele.

- Hyungsik, isso é ridículo. Você tem problema? Estava me xingando agora pouco.

- Você me tirou do sério por alguns segundos.

- Sou o amor da sua vida apenas quando você não está bravo?

- Não amor, não é isso. Você nunca me compreende.

- Não se atreva a me chamar assim! - o sinal bate.

- Nossa conversa não acaba aqui. - ele sai.

[...]