Capítulo 64

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   Entreguei a segunda parte do livro para Amren e ela sumiu na sala de jantar, nem mesmo quis saber como ocorreu a reunião. E, eu também não tive muitas opções quando Rhysand nos atravessou para seu quarto, o qual, descobrir tarde demais, ter se tornado nosso. Os pertences foram guardados junto com os dele e meus produtos pessoais agora se encontravam organizados em uma penteadeira elegante no canto do quarto.

Não acreditava que ele podia distrair minha mente da reunião caótica que estávamos enfrentando, mas Rhys ficou convencido ao me provar o contrário, me arremessando entre seus lençóis. Tínhamos concordado em deixar os toques e o frenesi em segundo plano, o que foi, de longe, uma péssima idéia — pois a pobre cama pagou por nosso erro.

— Rhys! — Exclamei quando a estrutura emitiu um estalo estridente de ferro rangendo e partindo. Ele soltou uma risada contra meu pescoço nu, e sua escuridão se espalhou pelo cômodo. — Pela Mãe! Realmente quebrou?

— Não estamos sendo os mais calmos em cima dela, querida. — Ronronou, sua mão acariciando minha ante-coxa, por onde ele lentamente puxava minha calcinha.

A magia dele envolveu a cama e num movimento de seus dedos, o que era quebrado foi restaurado. Ele se livrou das nossas roupas, as espalhando pelo quarto cegamente e me beijou como se eu fosse sua última refeição. Rhys mergulhou a língua por entre meus lábios. Um gemido escorreu e senti sua ereção pressionando contra meu ventre.

Meu corpo doía e queimava de desejo, suas mãos eram o único remédio eficaz naquele momento, e Rhysand sabia perfeitamente.

Murmurei seu nome, arranhando suas costas com força, podia sentir o cheiro de sangue em minhas unhas. Rhys rosnou me preenchendo com um impulso. Ele deslizou por minhas dobras úmidas, atingindo nervos que eu nem sabia da existência. Meus olhos reviraram e arqueei, pressionando contra seu peitoral.

Rhys prendeu meus pulsos no alto do colchão usando apenas uma mão, e um filete das minhas sombras bajuladoras — aquela que sempre o acompanhava onde quer que fosse — aprisionou meus braços, me deixando a mercer dele.

Suspirei sentindo seus lábios tocando os meus lentamente, sua língua com o sabor intenso de algum vinho caro, brincando com a minha. Nas primeiras horas do nosso frenesi no chalé, comprovei que Rhysand adorava provocações físicas, toques inoportunos e olhares maliciosos. Testar minha paciência também se estendeu para nossos momentos íntimos e ele fazia isso como ninguém.

Resmunguei tentando aprofundar o beijo, mas o demônio torturador que eu chamava de parceiro, arrastou a boca para longe e mordiscou meu queixo. Podia sentir seu sorriso canalha, e suas garras espreitando minha mente deixando carícias sensuais.

— Por que me parece ansiosa, amor? — Sua voz estava tão rouca que me fazia arrepiar — Não estou fazendo você se sentir bem o suficiente?

Arfei gemendo profundamente, enquanto ele brincava, se afundando em mim até seu membro sumir, retesando e estocando novamente, me deixando tremente sob seu corpo, até que estrelas explodissem atrás dos meus olhos.

Mas então, Rhys parou. Seu rosto denunciando a infelicidade que sentia em pausar seus movimentos. Eu sabia o que ele queria.

Meus seios pesados pediam por um mísero toque, sensível até mesmo a minha respiração ofegante, Rhys passou a língua nos lábios. Tentei soltar meus pulsos, mas as mãos de Rhys não ajudavam naquela tarefa desesperada. Eu o queria, o desejo acumulado era tão forte que me machucava. Precisava que fizesse aquela sensação infernal parar.

— Vamos lá, querida. — Ronronou o grão-senhor, sua boca se aproximando do meu mamilo enrijecido, ameaçando tocá-lo. Podia sentir ele pulsando — Você sabe como gosto que me peça. Me diga como prefere que eu foda seu corpinho delicioso e eu farei.

CORTE DE PAIXÕES E SACRIFÍCIOS | ʳʰʸˢᵃⁿᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora