Capítulo 65

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   Dois dias se passaram. Amren ainda não conseguiu desvendar o código, ela continuava enfurnada em seu apartamento. Rhys saiu no início da tarde com Mor para devolver a Veritas à cidade escavada, eles precisavam se certificar que Keir estava andando nos eixos e preparando suas forças. Enquanto isso, Cassian, Azriel e eu cuidávamos das legiões Illyrianas, que agora, acampavam nas montanhas esperando ansiosos por uma batalha.

Haveria uma, eu sabia que sim. Mesmo que o Caldeirão fosse inutilizado, ainda teríamos que enfrentar Hybern em uma guerra. Estranhamente, isso não me assustava tanto quanto antes, não mais. Me sentia segura comigo mesma e estava pronta para proteger minha casa. Cassian e Azriel me transformaram em uma boa lutadora, Rhys e Amren me ensinaram como controlar meu arsenal de magia.

Morávamos todos juntos na Casa do Vento desde que os preparativos para nossa missão em Hybern começou. E apesar de tantos problemas, nem mesmo a guerra eminente impedira Cassian de abrir os vinhos mais antigos de Rhysand para comemorar nossa parceria, ou a conversa assustadora que Azriel insistiu em ter com ele. Rhys levou a sério até os primeiros dez minutos, depois tivemos que assistir eles lutarem no meio da sala, graças as provocações do grão-senhor.

Cassian e Azriel sempre estavam por perto desde que os conheci. A companhia deles era frequente durante a semana, mas meu retorno da cabana com Rhysand mudou alguma coisa. Eles passaram a cuidar de mim constantemente e agora é como se mandassem a sutilidade para o inferno abaixo.

Como digo a Cassian e Azriel que não preciso que eles me protejam a todo momento, o dia inteiro? Companhia tudo bem, mas não preciso de sentinelas me seguindo.

Escrevi para Rhysand, esparramada na nossa cama. Ele escreveu de volta imediatamente.

Não diga a eles. Imponha limites se eles os cruzarem, mas é como uma irmã para ambos... e minha parceira. Eles a protegerão por instinto. Se expulsá-los da casa, vão simplesmente se sentar no telhado.

Balancei a cabeça exasperada, escutando algumas sombras rindo ao meu redor, elas estavam bastante quietas ultimamente, como se estivessem se preparando para o que estava por vir. Soprei uma mecha que caiu em minha testa, e um toque gelado acariciou minha bochecha. Escrevi brincando com a sombra em meus dedos.

Vocês, machos illyrianos, são insuportáveis.

Que bom que compensamos isso com as envergaduras impressionantes das asas.

Mesmo com Rhys do outro lado do território, meu sangue tinha esquentado, e meus dedos dos pés se contraíram. Ainda podia sentir sua boca explorando o interior das minhas coxas, onde ele esteve durante boas horas durante a manhã. Rhysand tinha uma forma peculiar de me dejesar bom dia.

Sinto falta dessa envergadura impressionante em minha cama. Dentro de mim.

Claro que sente.

Demônio ardiloso.

A risada de Rhys ecoou pelo nosso laço, diversão tremeluzindo a fitinha dourada interligando nossas mentes. Outro bilhete veio.

Quando eu voltar, visitaremos aquela loja do outro lado do Sidra, e você vai experimentar todas aquelas coisinhas de renda para mim.

Adormeci pensando nele, desejando que minha mão fosse a dele e torcendo que voltasse logo para mim. Podia senti-lo me vigiando, espreitando minha mente e explorando o laço de parceria. Rhysand nunca me deixava.

CORTE DE PAIXÕES E SACRIFÍCIOS | ʳʰʸˢᵃⁿᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora