CORTE DE PAIXÕES E SACRIFÍCIOS | ʳʰʸˢᵃⁿᵈ

Capítulo 46 - Bônus

Não aguento ficar com capítulo guardado, minha mão coça!!!
Comentem para incentivar.

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Extasiada.

Conhecer Velaris inteira voando, foi até hoje a melhor experiência dos meus vinte e um anos. Rhysand estava lá, paciente, explicando tudo e apontando as belezas da cidade com satisfação.

Faz algumas horas que ele me deixou no quarto, sentei na frente da pequena lareira acesa, admirando as chamas alaranjadas que pareciam me chamar.

Movimentei os dedos levemente, despretensiosa, observando o fogo se tornando uma imagem perfeita e móvel. Quatro minúsculas garotinhas que brincavam de "adivinha" na neve, um dos raros dias que as irmãs Archeron's estavam unidas compartilhando doces de caramelo. Abracei os joelhos assistindo.

Nestha sorria igual uma cobrinha traquina, sempre apostava comigo achando que arrancaria meus doces facilmente. Elain corria, dando voltas ao nosso redor para distribuir florzinhas em nossos cabelos e Feyre permanecia grudada em meu colo chupando dedo.

Um rastro de sorriso curvou meus lábios, bons momentos que infelizmente nunca voltarão.

Abri o livro de capa vermelha que encontrei na biblioteca, quando virei a primeira página, um papel rabiscado caiu no meu colo. Depois de tantos bilhetes, para mim, sua letra se tornou inconfundível. Rhysand.

Posso ser um galanteador sem-vergonha, mas pelo menos não estava com um temperamento terrível. Você devia vir cuidar dos ferimentos que deixou após a nossa briga na neve. Estou todo cheio de hematomas graças a você.

Uma caneta rolou por cima do livro. Sufocando o sarcasmo, escrevi rapidamente.

Experimente lamber esses seus ferimentos.

O papel sumiu e se passou alguns segundos antes de cair novamente no meu colo.

Eu prefiro que você seja a única colocando a língua em mim.

Meu corpo se agitou, senti suas garras obscuras me acariciando nada inocentes, trazendo arrepios involuntários. O fogo da lareira subiu, acompanhando minhas emoções. Mordi o lábio inferior enquanto escrevia:

Onde eu deveria lamber, exatamente?

O papel foi e Rhysand se manteve afiado como em todas as respostas:

Onde você quiser, querida.
Eu gostaria de começar com "Em todos os lugares", mas posso escolher se for necessário.

Mais cartas foram trocadas, podia sentir sua excitação me percorrendo mesmo ele estando em um quarto do outro lado da casa. Rhysand aos poucos está me puxando do abismo que caí, com provocações, flertes e novos desafios. Ajudando e mantendo o vazio longe.

Dei boa noite, e a última carta chegou desafiando meu orgulho:

Tente não gemer alto demais quando sonhar comigo. Preciso do meu sono de beleza.

Última uma ova! Escrevi sem me conter:

Não se preocupe, vou ser discreta como você. E apesar dessa tatuagem não ajudar muito, tente não puxar tanto de madrugada.

O bilhete sumiu, joguei a caneta diretamente no fogo fazendo um gesto obsceno em seguida. Sua gargalhada ecoou, tanto em minha mente, como no corredor. Boa noite, minha dama.