Capítulo 67

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DUSTI

   Decidimos em consenso que iríamos para Hybern inutilizar o Caldeirão no dia seguinte, Amren traduziu um feitiço do livro dos sopros e me desejou um sincero boa sorte. Azriel e Rhysand estavam muito relutantes, mas me deixaram escolher se queria participar ou não.

Uma hora depois da nossa reunião, eu estava parada no meio das escadas, pensando se deveria ir para o quarto ou não.

Rhys se sentia tenso no escritório, e após minha decisão, talvez ele queira ficar um pouco sozinho, certo? Passamos a madrugada inteira juntos, devo deixar ele pensar e respirar um pouco.

"Não seja boba, você pode ir."

"Ele continua preocupado"

"Vá com ele. Vá com ele."

As sombras escondidas em meus cabelos saíram somente para me responder, flutuando na frente do meu rosto. Encarei meus pés, arrastando os sapatos em círculos no mármore.

"Ele está aqui"

— Gostaria de escutar o que elas dizem — Rhys surgiu rente ao meu ombro. Se não sentisse sua escuridão levaria um grande susto — Você me deixou esperando sozinho no quarto. — enfiou as mãos nos bolsos.

— Pensei que... queria espaço.

— Não — Respondeu Rhys, diretamente e me puxou para andar — A não ser que você queira espaço. Preciso que me proteja de nossos inimigos com seus lobos d'água.

Sorri divertida com a ideia dele precisar da minha proteção. Ele tinha me obrigado a contar essa parte da história várias vezes. E em certos momentos durante o banho, deslizou na minha mente para assistir como tudo ocorreu.

Quando entramos no nosso quarto, Rhysand fechou a porta e foi até uma pequena caixa na mesa... e silenciosamente a entregou para mim. Meu coração deu um salto quando abri a tampa. A safira em formato de estrela reluziu à luz da vela, como se fosse um dos espíritos da Queda das Estrelas preso na pedra.

— O anel de sua mãe?

— Minha mãe me deu esse anel para me lembrar de que estaria sempre comigo, mesmo durante a pior parte de meu treinamento. E quando alcancei a maioridade, ela o tirou. Era uma herança de sua família, fora entregue de uma fêmea a outra durante muitos, muitos anos. Estella ainda não tinha nascido, então, não o teria entregue a ela, mas... Minha mãe o deu à Tecelã. E então me disse que, se eu devesse me casar ou ter uma parceira, você deveria ser esperta ou forte o bastante para recuperá-lo. E, se não fosse qualquer dessas coisas, não sobreviveria ao casamento. Prometi a minha mãe que você seria testada... Então, o anel ficou lá durante séculos.

As sombras cobriram meu rosto corado. Era um anel tão bonito e significativo.

— Você é um grande filho da mãe...

Ele sorriu felino — Ah querida, minha parceira é uma caçadora tão furtiva, como eu poderia resistir?

— Pensasse em como eu poderia enforcá-lo depois de quase morrer entalada numa chaminé. — Desdenhei, enquanto ele continuava com aquele sorrisinho — Esse tempo todo, minha viagem à Tecelã foi-

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⏰ Última atualização: Jun 08 ⏰

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