Segui Lucien pelo meu quarto, sentindo os nervos latejando com a decisão repentina. Eles nos mandarão embora de volta para o lado humano da muralha, independente de tratado ou qualquer coisa. Eu ficaria feliz em voltar, mas não com a possibilidade de Lucien indo sofrer Sob a Montanha.
Feyre neste exato momento deve estar discutindo com, ou beijando, Tamlin em algum cômodo da casa.
— Você vai para casa, Dusti, é o melhor depois de ontem. — Bradou Lucien. — Não sabe a confusão em que estamos metidos, você e Feyre correm perigo.
— Me conte como posso ajudar.
— Por que ajudaria? Voltar para casa não é o que sempre quis? — Sentou na ponta da cama suspirando.
— Isso foi antes de conhecer mais pessoas por quem lutar, eu me importo com você seu ruivo de araque, você não precisava ser meu amigo, mas se tornou mesmo assim e eu agradeço.
Ele piscou, um sorriso triste.
— Vai ajudar ficando segura, humana insistente. Eu não fui bom o suficiente para mantê-las seguras da minha forma. Sou fraco.
O aviso de Rhysand se repetiu em minha mente como um eco, eu queria escutá-lo, mas ver Lucien desabando na minha frente era demais.
— Você está longe de ser fraco. Nunca diminua sua força, não quando aguenta tanta coisa nessa Corte. Eu confio em você, com a minha vida. — Segurei sua mão, pressionando-a contra meu peito. — Aqui com você e Feyre, eu tive mais momentos felizes em poucos meses do que poderia contar durante toda minha vida... Aprendi a amá-lo.
Uma lágrima caiu do olho normal de Lucien, escorrendo por baixo da máscara. Ele me abraçou com tanto cuidado, que eu sorri pequeno.
— Vou sentir sua falta, Dusti. — Murmurou contra meus cabelos. — Confesso que também passei a amá-la como uma irmã.
— Eu sei que sim... Mesmo que eu vá, saiba que foi uma honra conhecê-lo, cenoura ambulante. — Me afastei, engolindo a vontade avassaladora de chorar. — Eu não vou desistir de você jamais, mantenha isso em mente.
Um alvoroço com as malas foi tudo que vi depois disso, Tamlin nos colocou na carruagem, sentamos juntas em silêncio. O loiro segurou o queixo de Feyre, para encarar seus olhos cabisbaixos.
— Amo você. — Não houve resposta para essa declaração.
— Prontas? — Lucien murmurou, minhas mãos suaram dentro daquelas luvas de seda. Não, eu não queria deixá-los enfrentar os problemas sozinhos.
Mas eu não estou sozinha. Repeti isso sentindo o aperto de Feyre em minha mão, a segurança dela também está em jogo. Não podemos lutar contra algo que não conhecemos, eles escolheram esconder o real problema até o último segundo. Rhysand foi o único que me deu alguma informação e alertou, apesar de Amarantha o ter na palma da mão. Ele foi corajoso o suficiente para arriscar.
Esse gesto me faz reaver tudo que disseram sobre ele.
Temos que ir, encarei minha irmã assentindo, ela apertou os olhos compreendendo.
Mesmo odiando a ideia de abandonar Lucien, meu amigo, nós temos que partir.
Por agora é o melhor.
— Adeus. — Sibilei.
A carruagem se moveu para floresta, rapidamente entrando no bosque. As lágrimas de Feyre ensoparam meu ombro, seus soluços eram o único som dentro da cabine luxuosa. Odeio vê-la dessa forma, acariciei sua mão, deixando ela colocar o que tanto segurou para fora.
— Seremos nós duas contra o mundo, de novo. — Murmurei.
Feyre assentiu.
— Eu queria dizer. — Ela me abraçou, seu nariz vermelho. — Queria dizer pra ele... Mas seria um fardo ainda maior nos ombros dele. Apesar da promessa que me fez, Tamlin é um imortal.
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CORTE DE PAIXÕES E SACRIFÍCIOS | ʳʰʸˢᵃⁿᵈ
FanfictionDustina é a terceira filha do casal Archeron, a jovem caçadora carrega uma pilha de duras responsabilidades nas costas e luta todos os dias para proteger a família, principalmente a irmã mais nova. Tendo que cumprir as regras de um Tratado, ela emba...