05

4.1K 301 11
                                    

Luke

Um ambiente insuportavelmente quente foi o que eu senti ao entrar no lotado autocarro que me levaria a casa dos meus pais. Não vejo o dia em que tenha 18 anos e que possa conduzir o meu próprio carro.

Procuro por um lugar desocupado, mas sem sucesso. Acabo por me encostar a uma das duplas portas existentes e coloco os meus auriculares, esperando impacientemente pelo fim da curta viagem.

Cerca de 10 minutos depois o autocarro para na minha paragem e eu saio do seu interior através das portas às quais estava encostado há segundos atrás.

Esperando um ambiente mais fresco fora do meio de transporte, surpreendo-me quando sinto o calor de Sydney atingir cada célula do meu corpo. Levo a mão aos meus finos cabelos retirando-os da minha testa que já se encontrava um pouco suada.

Sem tirar os auriculares dos meus ouvidos ando durante dois quarteirões, já que não existiam paragens de autocarro mais perto de casa dos meus pais, se não aquela por onde saí há minutos atrás.

Depois de uns 7 minutos de caminhada e de uma sessão de música dos Blink-182, avisto a casa dos meus progenitores a apenas 20 metros do sítio onde me encontrava.

Quando chego à entrada de sua casa, abro a pequena porta de madeira que se encontrava ligada a uma cerca branca e contemplo o colorido jardim do qual a minha mãe sempre cuidou com tanto apreço.

Do meu lado direito era possível observar várias espécies de flores: tulipas, margaridas, rosas e até algumas orquídeas. Nunca achei grande graça a flores, mas depois de tantos anos a ver a minha mãe plantá-las no seu bonito jardim, não fui capaz de apagar os seus nomes da minha memória.

E do meu lado esquerdo encontrava-se o pequeno parque, já desgastado, onde eu me diverti por tantos anos com os meus irmãos. O escorrega vermelho - que com o passar dos anos se tem vindo a tornar castanho – onde eu "ganhei" muitas das cicatrizes que ainda são visíveis nos meus joelhos e ao seu lado o pequeno baloiço da mesma cor, onde as cordas de ferro já se encontravam bastante enferrujadas.

#Flashback On

"Meninos, onde estão?" – Ouço a voz da minha mãe vinda de dentro de casa.

"No jardim!" – Eu e os meus dois irmãos dizemos ao mesmo tempo.

Enquanto subo as poucas escadas de acesso ao topo do escorrega vejo a porta de entrada de casa ser aberta e uma mulher jovem de cabelos loiros a sair dela, vindo até nós. A minha, nossa mãe.

"Procurei-vos pela casa toda, seus traquinas!" – Ela disse com um grande sorriso delineado nos seus lábios finos e rosados, enquanto eu descia do escorrega, gargalhando.

O seu olhar percorreu cada um de nós até que parou no meu joelho direito. Ao aperceber-me dei um riso nervoso.

"Luke, o que é que fizeste ao teu joelho?!" – Ela pergunta com o seu tom de voz de mãe preocupada. – "Está todo arranhado! Ben, Jack, vocês são mais velhos deviam de tomar conta do vosso irmão, ele só tem 4 anos!"

"Mas, mãe..." – Eles começaram, mas logo foram interrompidos pela voz da minha mãe:

"Nem mas, nem meio mas. Anda Lukey, vamos tratar da tua ferida."

E com isto segui com a minha mãe para dentro de casa.

#Flashback Off

Desviei estes pensamentos da memória e dirigi-me até à entrada da grande casa dos meus pais.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

hey, hey :)

capítulo pequeno e com poucas informações eu sei, mas prometo que amanhã vos compenso.

adoro-vos, 

inês ^^

photograph » luke hemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora