Alison
O colorido espanta-espíritos emite o seu típico som quando abro a translúcida porta do café Sweetleaf, como é habitual todos os Sábados de manhã.
Como sempre, dirijo-me até ao pequeno balcão e peço um cappuccino juntamente com um cupcake de chocolate e cobertura de menta.
Depois de já ter efetuado o pagamento, levo o meu tabuleiro até uma das mesas situadas à janela.
Sento-me no banco e dou lentas e pequenas dentadas no meu cupcake enquanto aprecio as finas gotas de chuva deslizarem pela janela ao meu lado.
Quando termino o meu pequeno-almoço, procuro na minha mala pelo meu telemóvel e pelos meus auriculares, ligando-os de seguida.
Deixo a música dos Echosmith percorrer cada milímetro do meu corpo enquanto observo as várias pessoas passarem pela Kent Ave com as mãos cheias de sacos de compras, ou agarradas aos filhos irritados com a chuva que fez com que não pudessem ir brincar para o parque. Apenas um habitual Sábado de manhã.
Passados 20 minutos, já são 10:00 e por isso decido abandonar o aconchegante café, sem não me esquecer de me despedir da senhora Avery, a dona do local.
As gotas de chuva atacam o meu corpo, assim que passo da porta. Coloco o carapuço da minha sweatshirt cinzenta e percorro os três quarteirões que separam a minha casa do estabelecimento onde me encontrava há minutos atrás.
Quando chego à minha rua retiro os auriculares dos ouvidos e encaminho-me até à entrada de minha casa.
Procuro pelas chaves da mesma na minha mala e quando as encontro abro a porta, fechando-a de seguida quando já me encontro dentro de casa.
Ouço vozes vindas da cozinha e logo as reconheço como sendo as dos meus tios. Dirijo-me até lá e encontro-os sentados à mesa a tomar o pequeno-almoço com a sua pequena filha de apenas 3 anos, Chloe.
"Olá prima!" – Ela saúda-me com um resplandecente sorriso assim que me vê.
"Olá Chloe." – Digo com um pequeno sorriso.
"Bom dia, querida." – Os meus tios cumprimentam-me em coro.
"Bom dia. Dormiram bem?" – Eu pergunto, sentando-me numa das cadeiras existentes à volta da mesa, ficando assim junto a Chloe.
"Sim, dormimos. E tu, Alison? Saíste cedo hoje." – A minha tia questiona, levando depois um pouco de pão à boca.
"Dormi bem, mas acordei às 6:00 e não consegui dormir mais. Levantei-me, tomei um duche e fui dar uma volta. Depois fui ao Sweetleaf."
"Não consegues passar um Sábado sem o teu cupcake e o teu cappuccino!" – O meu tio gargalha e eu junto-me a ele. É provavelmente uma das poucas pessoas que me conseguem fazer rir.
"Eu também quero um pupcake!" – A minha prima exclama fazendo-nos rir. Bem, parece que ela é uma das pessoas.
"Cupcake, Chloe. Diz-se cup-cake." – Eu corrijo-a recebendo um ar de desaprovação em troca.
"Eu gosto mais da maneira como eu disse!" – Chloe retorque.
"Está bem então. Um dia eu levo-te a comer um pupcake." – Eu digo e o sorriso anterior reaparece nos seus lábios rosados.
"Obrigada Ali!" – Ela agradece com os seus grandes olhos verdes - iguaizinhos aos meus - fixados em mim.
"De nada, Chloe." – Eu digo olhando de seguida para os meus tios. – "Eu vou para o meu quarto, se precisarem de alguma coisa já sabem onde estou."
"Vai lá, querida. Chamo-te ao almoço." – Lauren, a minha tia, afirma.
Levanto-me da cadeira e dirijo-me à sala, para depois subir as escadas de acesso ao piso superior.
Quando chego ao cimo, desloco-me até ao meu quarto: 2ª porta à esquerda.
Rodo a maçaneta e entro no meu pequeno refúgio. O refúgio que passou a ser meu quando vim viver com os meus tios. Depois da morte dos meus pais.
A estante cheia de livros, fotos e brinquedos de quando era pequena do lado esquerdo; o armário de madeira escura do lado direito; a porta de acesso à casa de banho do mesmo lado e, de frente para a porta e encostada à parede, a cama com os seus lençóis púrpura devidamente esticados. Por cima desta existia uma pequena janela com um largo parapeito onde eu adorava sentar-me a apreciar a vista de Williamsburg.
Dirijo-me até à minha cama e atiro-me para cima dela. Deixo-me lá estar estatelada e imersa nos meus pensamentos por pelo menos 15 minutos, até que me lembro de dar uma vista de olhos pelo velho baú que pertencera a minha mãe. Pela milésima vez.
Chego-me para a ponta da cama e baixo-me, esticando a mão por debaixo dela e procurando pelo objeto.
Quando finalmente o encontro, puxo-o e coloco-o em cima da cama, à minha frente.
Procuro pela chave do cadeado que mantém o baú fechado na primeira gaveta da minha mesinha de cabeceira e assim que a encontro retiro o cadeado já um pouco enferrujado, abrindo de seguida o velho baú.
Deparo-me com o mesmo de sempre: diários, álbuns de fotografias, CDs, DVDs e algumas jóias.
Existiam também alguns livros, mas decidi coloca-los na minha estante. Orgulho e Preconceito, O Monte dos Vendavais, O Grande Gatsby, Jane Eyre, entre outros, encontravam-se no conjunto. A minha mãe adorava clássicos da literatura.
Poderia começar a chorar por ver todas estas coisas que pertenceram à minha mãe, mas não. Já estou acostumada a tudo o que vejo. Sempre o mesmo.
Gostava de ter mais memórias a cerca dela e do meu pai, mas isto é tudo o que tenho. A imagem deles vai-se desvanecendo cada vez mais da minha mente e se não fossem as fotos que guardo com tanto apreço, provavelmente já nem me lembraria do sorriso da minha mãe, ou do arquear de sobrancelhas que herdei do meu pai.
Guardei todos os pertencentes da minha mãe de novo no baú e quando o ia fechar, algo captou a minha atenção.
Existia uma pequena abertura, uma espécie de bolso, no lado direito do acolchoado interior do baú.
Decidi investigar e coloquei a mão por dentro dessa pequena abertura, sentindo depois a textura de uma folha de papel, mas mais macia.
Retirei-a de lá e percebi que era uma fotografia. Uma fotografia rasgada ao meio.
Da maneira que a tirei consegui ver primeiro o verso do objeto e reparei que tinha algumas frases – metade delas aliás – a manuscrito.
13
100 Marrickville Road, Marric
Alison T
Luke Ro
Ao ler este último nome, virei rapidamente a fotografia e então vi o que aparecia nela.
Luke.
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hey, hey :)
parece que a Alison conhece o Luke u.u
o que estão a achar da fic??
165 views, muito obrigadaaa *-*
queria-vos dizer que todos os nomes existentes na fic de estradas, moradas, cafés, parques, bla, bla, bla, são locais que existem mesmo! Eu não invento nada xd
adoro-vos,
inês ^^
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photograph » luke hemmings
Fanfiction"we keep this love in a photograph we made these memories for ourselves where our eyes are never closing our hearts were never broken and time's forever frozen still so you can keep me inside the pocket of your ripped jeans holding me close until ou...