Luke
Acordo com a música irritante do despertador. Olho para ele e vejo que já são 12:30.
Arg, hoje era o almoço de família.
Rapidamente me levanto da cama e dirijo-me à pequena casa de banho do meu apartamento.
Tomo um duche rápido e depois de vestir uma roupa lavada e de colocar um pouco do habitual perfume, saio do meu apartamento sem não esquecer de antes pegar no meu telemóvel e nos meus auriculares.
Dirijo-me até ao elevador do prédio e este leva-me até à entrada do edifício.
Desbloqueio o meu telemóvel e vejo que são 12:50. O almoço estava marcado para as 13:30, por isso espero que o autocarro não se atrase. A viagem ainda demora uns 20 minutos.
Felizmente, o autocarro chega a horas e 15 minutos depois já me encontro a 2 quarteirões de casa dos meus pais.
Percorro o caminho restante com os auriculares nos ouvidos enquanto tento suportar o calor exorbitante que se faz em Janeiro em Sydney.
Quando chego ao meu destino reparo que são 13:20 e que cheguei a horas, apesar de ter adormecido. Retiro os auriculares e toco à campainha da grande casa de cor azulada.
Poucos segundos depois a porta é aberta e o meu pai encontra-se do outro lado.
"Então Luke, pensei que já não vinhas!" – Andrew diz com um sorriso trocista nos lábios, dando-me de seguida um abraço.
"Desculpa ter chegado em cima da hora, mas já cá estou!"
"Entra então. A mãe já vai servir o almoço."
Dirijo-me até à sala de estar e encontro os meus 2 irmãos mais velhos sentados nos dois cadeirões existentes.
"Luke! Finalmente, pensei que ia comer a tua perna de frango." – Jack diz dando uma gargalhada de seguida.
"Bem, parece que já não vais ter essa sorte." – digo e cumprimento os dois rapazes com um abraço a cada um. Depois atiro-me para cima do sofá de cor castanha situado entre os dois cadeirões.
"O concerto de ontem foi incrível!" – Ben exclama. – "Ainda gostei mais da nova canção ao ouvir-vos cantá-la no bar!"
"Sim, acho que correu bem." – admito. – "Estávamos mais confiantes desta vez. Tivemos mais pessoas no público e isso ajudou."
"O bar estava cheio. Até parecia maior!" – Jack diz, fazendo-me rir. O bar do Andy era de longe o maior bar de Sydney.
"Meninos, venham para a mesa!" – a voz da minha mãe faz-se ouvir e eu apercebo-me que ainda não a tinha cumprimentado.
"Olá mãe!" – eu exclamo e dirijo-me até ela aos saltinhos como uma criança.
"Olá Lukey!" – ela exclama, apertando-me as bochechas de seguida.
Sento-me no meu lugar e o meu olfato capta o delicioso cheiro do nosso almoço. Tal como os meus irmãos, sempre adorei frango assado. Principalmente o da minha mãe. Sem dúvida que as suas séries de culinária ajudam.
Quando já todos se encontram sentados, servimo-nos e começamos a comer o magnífico almoço.
Uma agradável conversa começa instantes depois e os meus pensamentos dirigiram-se para a rapariga dos olhos verdes que se encontrava na foto que eu tinha no bolso. Até que era um bom nome para lhe dar enquanto não sabia o seu verdadeiro. A Rapariga dos Olhos Verdes. Ou então um bom nome para um livro. Não existe "A Rapariga Que Roubava Livros"?
Ontem à noite não conseguia adormecer e decidi pegar na tal foto. Apercebi-me que provavelmente seria melhor eu perguntar aos meus pais se têm alguma informação sobre ela. Sozinho não iria chegar a lado nenhum, através daquela metade de morada. Se ao menos a minha mãe soubesse onde fica aquela casa. Ou até se é uma casa.
"Luke? Está tudo bem?" – a voz do meu pai termina com a linha dos meus pensamentos e eu volto à vida real.
"Sim, sim está tudo bem. Peço desculpa, não estava a prestar atenção."
"Nós percebemos. Alguma coisa te está a incomodar, filho?" – foi a voz da minha mãe que soou desta vez.
"Hum, na verdade..." – eu murmuro e logo a minha mãe volta a falar: "Conta-nos o que se passa."
"Bom...naquele dia em que eu vim cá a casa ver se encontrava alguma coisa de quando eu era pequeno que quisesse levar para casa eu disse à mãe que apenas tinha levado um pinguim." – ouço uma gargalhada do meu irmão Ben que logo é repreendida com um olhar da minha mãe. – "Levei também uma foto que encontrei na caixa." – retirei-a do meu bolso, mostrei-a e prossegui. – "Esta é a foto. Eu não conheço esta rapariga. Ou se conheço não faço a menor ideia de onde. Fiquei ainda mais intrigado porque na parte de trás está o meu nome escrito, apesar de eu não me encontrar na foto. Provavelmente estou na outra metade, não sei. Pensei que o outro nome fosse dela, mas também não o sei...e esta morada? Apenas sei que a nossa antiga casa ficava em Marrickville, mas não me lembro da rua. E só está aqui metade dela por isso fica ainda mais difícil pesquisar sobre isso. Pensei que talvez a mãe e o pai se lembrassem dela? Ainda pensei em não vos mostrar a foto, mas não sabia o havia de fazer. Quero mesmo descobrir quem é a rapariga."
Quando acabo o meu discurso fito os meus pais que trocam um olhar cúmplice.
"Filho..." – a minha mãe começa. – "Essa é a Alison...não te lembras dela?"
Alison? Alison...
Alison.
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photograph » luke hemmings
Fanfiction"we keep this love in a photograph we made these memories for ourselves where our eyes are never closing our hearts were never broken and time's forever frozen still so you can keep me inside the pocket of your ripped jeans holding me close until ou...