Alison
Pela primeira vez em muitos meses era possível sentir o calor dos raios de Sol, que penetravam na minha roupa preta, fazendo os meus cabelos da nuca se encaracolarem devido à transpiração.
Desviei-me para uma zona onde existiam várias árvores, aproveitando a sua sombra, e segui o caminho restante até casa da minha avó.
Enquanto andava por entre as sombras (se não das árvores, dos guarda-sóis e toldos de alguns cafés e lojas por onde passava) sentia a presença da fotografia no bolso da frente das calças. Sentia-a a irradiar um certo calor para a minha perna direita. Como se não quisesse que eu me esquecesse dela.
Decidi entrar num café e pedir uma garrafa de água. O calor começava a tornar-se insuportável com toda aquela roupa escura em cima de mim.
Dirijo-me ao balcão e deparo-me com um rapaz, provavelmente da minha idade, com uns olhos azuis muito escuros, como a cor do céu ao início da noite e com umas longas pestanas de fazer inveja a qualquer rapariga. Os seus cabelos eram pretos como o basalto e faziam um contraste ridiculamente perfeito com a sua pele clara. Várias sardas encontravam-se espalhadas ao acaso pelo seu anguloso rosto.
É o rapaz mais bonito que já vi.
E não era suposto eu ter este tipo de pensamentos.
"Boa tarde? Menina, está tudo bem?" – eu acordo dos meus devaneios quando reparo que os seus lábios se estão a mexer e palavras soam através deles.
"Hum, sim, sim... está tudo bem." – gaguejo e repreendo-me a mim própria pela minha atitude ridícula.
"Quer pedir alguma coisa ou vai apenas ficar aí especada em pé?" – ele pergunta com um sorriso que mostrou os seus dentes perfeitamente brancos e alinhados.
"Hum, uma garrafa de água por favor." – digo, com a voz um pouco menos tremida, mas ainda assim nervosa.
Para com isso, Alison. Pareces uma estúpida. O que é que se passa contigo?
"Quase que conseguia adivinhar. Acho que nunca vendi tanta água no Inverno todo como hoje. Sem dúvida que a Primavera já se aproxima." – o rapaz diz e dirige-se até a um canto do balcão, baixando-se e abrindo um pequeno frigorífico tirando de seguida o meu pedido do seu interior. – "Chamo-me William, já agora. Mas todos me tratam por Will."
"Alison. Mas todos me tratam por Ali. Bom, a minha família pelo menos." – afirmo, um pouco mais confiante.
"Os amigos não, Ali?" – Will pergunta com um sorriso de canto.
Demoro alguns segundos a responder, assimilando a maneira de como o meu nome soa extraordinariamente bem quando sai dos seus lábios.
"Não tenho muitos amigos." – eu respondo simplesmente.
"É justo." – Will diz, olhando-me nos olhos e entregando-me a garrafa de água de seguida. – "São 0.73 dólares, por favor."
Entrego-lhe o dinheiro e antes de poder dizer alguma coisa, o rapaz fala.
"Será que podia ficar com o teu número, Alison?"
Antes de lhe responder, fico pasmada a olhar para os seus olhos de um invulgar azul escuro.
"Hum...sim?" – eu meio que respondo/pergunto, ainda confusa com o repentino pedido.
Will retira um guardanapo de uma caixa e uma caneta do avental que lhe rodeia a cintura, deslizando-os de seguida pelo tampo do balcão até mim.
Pego na caneta e reparo que a minha mão treme enquanto escrevo o meu nome e número na fina folha de papel
Alison Taylor Fray
04678763
"Gosto do teu nome." – Will murmura, mais para si mesmo do que propriamente para mim, quando acabo de escrever e lhe entrego o papel.
"Não tem piada se não me deres o teu também." – digo, fitando-o.
Ele assente com a cabeça, com um ar um tanto divertido e pega noutro guardanapo escrevendo de seguida com uma letra cuidada e desenhada:
William Richard Wesley
04487465
"Também gosto do teu nome." – digo, fitando-o, e pelo seu ar arquear de sobrancelhas percebo que não era suposto eu ter ouvido o seu murmúrio de a bocado.
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hey, hey :)
peço desculpa por não ter publicado nenhum capítulo ontem e por este ser bastante pequeno, mas para a semana vou tentar ser mais regular.
não sei se durante o fim de semana posso voltar a publicar, mas logo vejo.
adoro-vos,
inês ^^
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photograph » luke hemmings
Fanfiction"we keep this love in a photograph we made these memories for ourselves where our eyes are never closing our hearts were never broken and time's forever frozen still so you can keep me inside the pocket of your ripped jeans holding me close until ou...