Capítulo 15 - Relatório Matinal

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LAUREN

— O que você acha? — pergunto a Blood, meu homem de maior confiança depois de Ethan.

— Eles estão mais cuidadosos. Mudam a localização com mais frequência agora.

— Temos que fechar o cerco, Blood. O tempo está contra nós. Quanto mais demorarmos a encontrá-los, a chance de que fujam do país aumenta.

— Eles parecem cobras. São escorregadios. O que pretende fazer quando apanhá-los?

— Você não precisa saber disso.

— Eu não sou um coroinha de igreja, Lauren. Não vou te deixar sozinha nessa de jeito nenhum.

— Tampouco precisa ganhar o rótulo de cúmplice. Eu quero os dois, Maria e Jonathan. Nunca os entregarei para a polícia.

— Disso eu já sabia, mas precisamos planejar o que fazer. Não deixar qualquer espaço para que façam a ligação entre nós e eles, porque teremos que salvar as crianças no processo.

Pensar que existem menores indefesos no poder de vários doentes ao redor do mundo nesse exato momento me deixa louca.

— Talvez eu tenha a solução — diz.

— Do que você está falando?

— Não vai querer matá-los apenas, Lauren.

— Não.

Blood me conhece há quase tanto tempo quanto Ethan. Não há razão para mentir para ele.

— Então teremos que planejar. Eu não vou deixar que seja presa por matar aqueles filhos da puta.

— Diga o que está pensando.

— Não vai gostar de ouvir.

— Desde quando tem que pisar em ovos comigo?

— Há um lugar para onde poderemos levá-los, mas esse meu amigo, que possui uma propriedade irrastreável, está do outro lado da lei.

— Alguém poderia argumentar que nós também.

Ele dá de ombros.

— Estou do lado das minhas próprias leis, que consiste basicamente em eliminar qualquer filho da puta que machuca inocentes. De qualquer modo, eu não vou entrar em detalhes. Apenas saiba que quando os apanharmos, já tenho um lugar para mantê-los.

— Em que estado? Aqui em Boston mesmo?

— Não — ele diz, já se levantando e sei que não vai revelar mais nada.

Blood mal sai da sala e meu celular acende com uma mensagem.

Camila.

Ela não me telefonou como mandei.

A menina boazinha está se tornando uma rebelde, pelo visto.

Camila: "Olá. Bom dia. Só passando para dizer que está tudo bem comigo."

Toco na tela do celular e faço a chamada.

— Ula disse para me mandar mensagem?

— Bom dia, Lauren, como vai?

— Já me cumprimentou por texto.

— E você não me respondeu.

— Bom dia, Karla. Agora responda minha pergunta.

— Ela me disse que eu deveria lhe telefonar, mas eu não tinha nada para dizer e presumi que era somente para fazer uma espécie de check-in. Como eu lhe falei que estou bem, achei que seria o suficiente.

CAMREN: Confiar Outra Vez (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora