Capítulo 37 - Preciso do Controle

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LAUREN

Eu a coloco em pé à minha frente e seguro sua nuca, exercendo uma pressão relativamente forte em seu cabelo para que me encare.

— Não posso te oferecer um futuro. Só o hoje. Um dia após o outro. Eu nunca estive em um relacionamento a longo prazo porque nunca senti vontade de estar em um. Estou fascinada por você, mas não sei por quanto tempo esse fascínio durará.

Sei que as palavras podem fazer de mim uma filha da puta, mas eu sempre jogo limpo. Tanto quanto me conheço o bastante para admitir que algumas vezes com Camila não serão suficientes, preciso que ela entenda que não estou prometendo um conto de fadas.

Seu rosto demonstra afronta, o que me surpreende. Internamente, achei que talvez minha declaração a fizesse recuar, o que, apesar de não ser o que desejo, mostraria que ela tem senso de autopreservação, mas não é o que acontece.

Camila ergue o queixo.

— Eu a quero como você me quer. Não seja convencida. Não estou apaixonada e nem pretendo ficar.

Contraditoriamente, o discurso que deveria me trazer alívio, me irrita.

Camila me põe louca e pretendo que compartilhe dessa loucura. Desejo-a tão descontrolada por mim quanto eu me sinto.

Nossos olhos se encontram em uma guerra silenciosa de vontades. Desejo e combatividade transparecendo em ambas em igual medida.

A reação que teve faz meu fascínio por ela aumentar. Camila nunca responde como espero. Surpreende-me a cada passo.

Um anjo em um corpo sedutoramente demoníaco. Doce e, ao mesmo tempo, sem freio na língua.

Nua, linda, com as bochechas coradas pela raiva e também do prazer há pouco experimentado, ela me excita demais, me deixando volátil como uma bomba relógio prestes a explodir.

Quero deitá-la na cama, prender suas pernas em volta da minha cintura e penetrá-la até sentir minhas bolas batendo contra sua bunda.

Quero engolir cada um dos seus suspiros e prender as coxas macias à minha volta. Quero ouvi-la jurar que é minha e só minha, por mais egoísta que isso seja.

Usando cada milímetro do meu autocontrole, dou um passo para frente e coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

Ela amolece instantaneamente, se entregando ao meu toque, e meu tesão, que nunca abrandou, toma o controle outra vez.

Eu uno nossas bocas, os lábios batendo um contra o outro na mesma consonância do desejo.

Ouço um grunhido selvagem e, surpresa, vejo que veio de mim. Camila desperta meu lado mais primitivo, necessidade por possuí-la, submetendo-a ao meu desejo.

Eu bebo seus gemidos, gananciosa por qualquer mínima demonstração de que está sentindo prazer.

As mãos se espalmam contra meu peito e a direita pousa sobre meu coração. Eu não tenho dúvidas de que sente o ritmo intenso dos meus batimentos e o que somente um toque leve dela causa em mim.

Ela amplia a carícia, como fez antes, descendo pelo meu abdômen, mas ao contrário de quando me tocou no banheiro, em que parou perto do umbigo, onde meu pau duro aponta para cima, dessa vez ela continua seguindo a trilha pela carne quente, embora não tenha tocado meu sexo ainda.

Tomo uma arfada, tentando disfarçar o quanto estou ansiosa pela carícia e fico em dúvida se é tão ingênua mesmo ao ponto de não saber o que está fazendo ou se me provoca de propósito.

Afasto-me para olhá-la e fico maluca quando vejo os lábios inchados e úmidos pelos meus beijos. Quando ela ergue aquelas duas pedras preciosas, percebo não haver uma gota de malícia ali, apenas curiosidade e fascinação.

CAMREN: Confiar Outra Vez (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora