Prólogo

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Trafalgar Law era um jovem de 24 anos de cabelos escuros escondidos por um chapéu branco de mechas pretas, olhos dourados escuros e fundos de noites mal dormidas e cavanhaque. O jovem alto, de músculos construídos era o capitão dos Hearts Pirates, usuário da Akuma no Mi Ope Ope, ambicionada até pelo Governo Mundial e que em seus anos de pirataria se infiltrou aos poucos no Submundo.

Este jovem capitão estava sentado no balcão de um bar em uma ilha aleatória do North Blue ouvindo seus homens contarem histórias enquanto bebia sua cerveja. Chovia muito lá fora e o bar estava apinhado, homens mau encarados por toda parte cuidando da própria vida, uma música de piano tocava ao fundo e o barman limpava uma caneca enquanto ouvia alguém falar sobre um mito que andava rondado os Blues.

Trafalgar encarou sua própria tripulação, homens adultos que já viram de tudo nessas águas e que, ainda sim, se assustavam com a história fazendo-o zombar enquanto voltava a beber, encostado no balcão.

Não era a primeira vez que ouvia essa mesma história, nas últimas duas ilhas isso vinha os perseguindo, mortes que aconteciam parecia apenas dar ênfase nesse conto de fadas - ou de terror - que fazia seu braço direito, Bepo, tremer assustado.

- Ainda acho que seja apenas uma lenda - Bepo declamou, ele era um mink de urso polar, uma criatura muito próxima da genética humana, inclusive os minks pensavam serem uma espécie de evolução humana.

Law os preferia aos seres humanos.

- Você não sabe de nada, Bepo! - Sachi brigou Penguim concordando com o amigo.

Law havia conhecido os três ainda criança, nas águas frias do North Blue, Penguim e Sachi maltratavam o filhote de urso polar e o Trafalgar se intrometeu após os gritos atrapalharem seu descanso, protegendo Bepo, desde então, o urso polar havia se tornado seu melhor amigo e os outros dois seguiam Law como se ele fosse uma espécie de divindade.

Foram os primeiros homens de sua tripulação e até que eram bons amigos, quando não estavam se implicando.

- Deixem Bepo em paz - O capitão resmungou antes de pedir outra dose, não preocupado em ficar bêbado, aquela ilha era segura para sua tripulação.

- O que você acha, capitão? - Penguim questionou ignorando a bronca.

- Acho? - O Trafalgar inclinou a cabeça fingindo não ter passado a última hora em silencio apenas ouvindo seus nakamas.

- Sobre a Viúva Negra, acha que ela é real?

- Não.

Para ser honesto, Law chegou a pensar na pergunta, ele já tinha a resposta desde que ouviram sobre essa mulher quase um mês atrás.

Viúva Negra, havia surgido há quase três anos, uma mulher sem rosto e de recompensa alta que dormia com homens poderosos, em sua maioria piratas, apenas para no dia seguinte eles estarem mortos, na maioria das vezes degolados, e todo seu dinheiro desaparecido como pó.

Por muito tempo a Marinha não ligou, pensando se tratar de uma caçadora de recompensas limpando os mares dos quatro Blues, mas então ela começou a matar fuzileiros e as coisas se complicaram

Law não conseguia acreditar que essa mulher existia, se fosse verdade com certeza alguém a teria visto, reconhecido, um barman que a viu saindo com a última vítima ou algo assim, e, com sua alta recompensa, ao menos um retrato falado teria de ter sido feito.

Sequer sabiam se era realmente uma mulher, apenas deduziam isso já que todas as vítimas eram homens, mas o Trafalgar, a partir de contatos, havia descoberto que algumas vítimas sequer tinham essa preferência sexual.

A única coisa que ligava todos os crimes a mesma pessoa era a forma de matar e um pequeno bilhete deixado junto da vítima com uma caveira desenhada, sempre a mesma torta caveira que mais parecia arte surrealista.

Viúva Negra, Law queria rir, com certeza era um caçador de recompensas que a Marinha já conhecia, mas decidiu o acobertar por algum motivo, talvez alguém com fortes contatos?

Sua bebida chegou e o moreno decidiu olhar em volta, em breve eles retornariam para poder dormir, era a última rodada com toda certeza.

O bar ainda estava cheio, mas com menos calor do que antes, as pessoas que bebiam tinham desistido de discutir ou interagir muito alto, beirava a meia noite afinal.

Os clientes começavam a sair quando a porta abriu deixando entrar um novo cliente, a atenção de todos se virou para ele por um motivo gritante: ele era extremamente jovem.

Devia ser duas cabeças menor que Law, com os cabelos escuros curtos e uma cicatriz na bochecha, usava calças jeans e uma camisa de botão aberta mostrando seu abdômen trabalhado, os olhos escuros rodaram o lugar antes do garoto praticamente saltitar até o balcão pedindo somente água.

O Trafalgar franziu o cenho esse garoto era muito jovem e, provavelmente, muito inocente, para um lugar como esse, era um nativo? Ele sabia estar cercado de piratas e gente do submundo?

Um homem sentou ao lado do menino, os dois começando a conversar amigavelmente, de onde estava, Law não conseguia ouvir, talvez fosse um sinal de que deveria deixar isso de lado então voltou seu olhar para sua própria tripulação, começando a brigar para irem embora quando perceber a movimentação.

Quase que por automático, sua cabeça virou notando o pobre menino subir com o cara, um arrepio o percorreu, isso não terminaria bem. Porra! Eram piratas, não deveria se importar! Não era problema seu, mas...

Um dia ele também já foi uma criança despreparada no mundo, um dia alguém já o viu e mesmo que não fosse problema desse alguém, ele foi lá e o ajudou, era graças a isso que Law estava ali agora, graças a esse alguém que decidiu que Law era sim problema dele.

- Eu cuido deles, capitão, vai lá - Bepo, como se estivesse lendo sua mente, garantiu fazendo o Trafalgar suspirar antes de começar a subir.

As escadas rangiam, mas o barulho da chuva no corredor era tão alto que abafava.

Um raio cortou o céu iluminando o corredor e um trovão retumbou ao longe enquanto Law seguia abrindo porta a porta, a maioria dos quartos vazios.

Finalmente parou de frente pro último, ele estava entreaberto e o Trafalgar espiou dentro notando o homem de mais cedo jogado no chão, sangue escorrendo de si, seus olhos arregalados, petrificados no horror das últimas cenas de sua vida.

De pé, contra a iluminação precária da janela, estava o menino inocente, com uma expressão de desgosto.

Um raio cortou o céu iluminando o quarto e os olhos escuros encontraram os de Law fazendo-os se encararem por alguns minutos, a chuva tão forte que escondia o pulsar acelerado do pirata.

O trovão soou e Law decidiu sair dali, apressando sua tripulação para o seguir.

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Feliz ano novoooo!!! Ano novo, plot novo, novidades no perfil! Espero que gostem desse plot que eu escrevi ano passado e resolvi publicar como comemoração por finalmente ter me formado! Eu simplesmente amo Diário de Sobrevivência e espero que apreciem essa belezinha com o nosso LawLu favorito! Um bônus de ter boa parte dela no Novo Mundo e o Law lidando com a tripulação mais insana do mundo que é os Mugiwaras.

Sobre as postagens, elas acontecerão todos os dias de janeiro, com três a quatro capítulos dependendo da minha agilidade em revisar kkk, então podem aguardar que tem mais hoje!

Para mais novidades do perfil entrem no nosso servidor do discord, está cheio de coisas novas esse ano!

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