Capítulo 18

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Trafalgar Law gemeu enquanto apertava a cintura de textura engraçada, o riso de seu parceiro causando arrepios.

Puxou o menor para um beijo necessitado enquanto o sentia rebolar em seu colo.

- Lucy-ya...

- Shiii - A voz o fez suspirar, seus braços sendo erguidos acima da cabeça enquanto abria os olhos para encarar aqueles olhos escuros cheios de luxúria.

O moreno menor riu enquanto se erguia, uma adaga em sua mão, Law tentou se mexer, foi quando notou estar completamente preso em uma teia de aranha, isso o desesperou, se debatendo.

- Não adianta, Torao, quanto mais você tentar fugir mais ficará preso na teia - Lucy riu antes de o acertar com a faca.

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Law sentou de uma vez olhando em volta, sua respiração ofegante.

Havia sido um pesadelo, apenas isso, outro pesadelo. Virou para o lado, mas não encontrou os pelos macios de Bepo e estalou a língua enquanto se enrolava mais em seu cobertor, um tremor o percorrendo.

As horas passaram e o Trafalgar não sentia o sono voltar, com um longo suspiro, levantou-se fazendo o caminho para a cozinha não se surpreendendo ao ver alguns de seus homens já de pé.

Desde que Bepo foi levado todos estavam com os ânimos no máximo, com medo de serem os próprios, preocupados com o capitão e o imediato, Law odiava ter os colocado nessa situação. Era tudo sua culpa!

Encarou o relógio na cozinha antes de ir buscar um pouco de café.

- Capitão, chegaremos a ilha em breve - Foi anunciado o fazendo suspirar antes de assentir.

- Vamos montar uma equipe para a expedição e coleta de recursos, não sairemos do submarino por conta da marinha.

Era a segunda ilha que paravam na Grand Line, isso porque não contavam o farol e a estranha baleia, na última ilha eles acabaram tendo problemas com um capitão da marinha que agora os perseguia e Law não iria arriscar demais.

Law seguiu para a sala de navegação com sua xícara de café.

Todos os mapas possíveis se estendiam por todo o lugar, eles tentavam identificar para onde estavam indo, porém, mapas não funcionavam a longa distância na Grand Line e eles não tinham conseguido nada, para piorar, o rastreador de vez em quando dava problemas por conta do magnetismo das ilhas.

Merda! Desse jeito jamais encontrariam Bepo!

Mas ele não desistiria, nunca desistiria de sua família e Bepo foi para si tão importante quanto sabia ser para o mink, os dois estiveram juntos quando perderam tudo e nada os separaria, muito menos um aracnídeo inútil!

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Nami franziu o cenho enquanto guardava o Eternal Pose encarando a ilha desértica onde ancorariam. Alabasta.

Cat Bulgar odiava essa ilha, odiava se sentir presa desta forma, mas não havia muito que poderia fazer no momento além de atracar e seguir o caminho usual, encarou Usopp que ancorava o navio e então saltou decidindo buscar por alguém que os levasse até Rainbase.

Sabia que tinham permissão para usar os transportes dos billions, mas a alaranjada preferia ter o mínimo contato possível com a Baroque Works.

Sua história com essa organização de caçadores de recompensa era bem antiga e um dos motivos de a Viúva Negra não caçar na Grand Line.

Infelizmente, eles trabalhavam, mesmo que de forma indireta, para Mr. 0, o líder da organização, e estavam muito longe de conseguir comprar sua liberdade.

A ladra balançou a cabeça para afastar os pensamentos sobre o passado enquanto encontrava o mercador que sempre os ajudava, sorrindo satisfeita ao perceber que o preço continuava o mesmo, afinal tinha muita coisa para transportar.

Acordos feitos, voltou com o homem para o porto, onde Usopp já tinha ancorado e descido tudo o que iriam levar.

Os dois sabiam que Sir Crocodile, o governante desse país, saberia de sua chegada, mas não iriam imediatamente até ele, que nessa época do ano estaria em Alubarda para o aniversário da princesa, sua primeira parada seria em Rainbase, onde ficava a residência de Mr. 0 para verem uma amiga.

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Trafalgar Law soltou um longo suspiro enquanto voltava para o porto, ele havia saído atrás de um meio de ler o rastreador mesmo na Grand Line, mas todos diziam ser impossível e que era melhor abandonar sua buscar.

Jamais faria isso! Então voltou de mãos abanando, mas ainda esperançoso de encontrar algo.

Encontrou seus nakamas todos do lado de fora e isso o fez entrar em alerta imediatamente, correndo até eles.

- O que aconteceu?!

- Capitão! - Sachi o encarou com tanto alívio que quase chorou ali mesmo - P-pensamos que ela tinha te levado, dessa vez!

- Ela que? Sachi, o que aconteceu?!

- A Viúva Negra esteve aqui - O ruivo explicou, a voz tremendo - Ela... ela deixou algo no escritório, pensamos que dessa vez tinha sido você, capitão.

Law apertou kikoku, o coração acelerado, a Viúva Negra? Oh merda!

Ergueu uma sala imediatamente inspecionando o submarino, mas não havia nem mesmo uma alma viva dentro, ainda preocupado, ordenou que todos esperassem ali enquanto entrava sozinho, para o escritório.

Se Lucy tivesse desistido de o atacar pessoalmente e enviou uma bomba poderia se proteger, mas não conseguiria salvar dois no susto.

O som das ondas quebrando no metal sempre o acalmaram, mas, dessa vez, deixava tudo pior enquanto continuava seu caminho pelo corredor escuro, odiou que o escritório fosse tão longe da entrada, tornando o momento mais duradouro do que realmente era.

Law encontrou a porta aberta, seu coração acelerado enquanto entrava, não parecia diferente e o Trafalgar não notaria nada se não fosse pela caixa em sua mesinha de café.

Ainda temendo ser uma bomba ou algo do tipo, se aproximou para encontrar uma carta na mesma letra da outra vez.

"Sei que a Grand Line pode ser um problema para rastreadores então, para nossa brincadeira não parar, decidi te entregar isso. V.N."

Law estendeu a mão para abrir, notando agora como estava tremendo, mas não poderia parar agora, então apenas engoliu em seco enquanto puxava a tampa.

Um globo se encontrava ali, lembrava um Long Pose, mas era maior, a agulha da direção apontando fixamente para o sul.

Era um Eternal Pose, isso pouparia tempo e esforço, o faria chegar mais rápido em seu destino, chegar mais rápido em Bepo.

O que Lucy queria o entregando isso? Tudo ali gritava que era uma armadilha e o Trafalgar se amaldiçoou por cair nela mesmo sabendo disso, afinal, que escolha tinha? Essa era a única chance concreta que tinha de chegar no melhor amigo e o salvar.

Diário de Sobrevivência de Trafalgar LawOnde histórias criam vida. Descubra agora