Capítulo 46

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Monkey D. Luffy terminou de narrar sobre a descida deles até o East Blue, contando como Jinbei acabou de unindo a eles e como tropeçaram em Sabo em Thriller Bark, onde também conheceram um esqueleto vivo e descobriram que seu irmão não estava morto, mas sim sem memória.

Sabo desceu com eles, apesar disso não interferiu enquanto lidavam com Arlong, ficando alguns dias na vila.

Nami chorou muito no primeiro dia, com Arlong acreditando que ela tinha fugido, determinou que todos sabiam de seu aparente plano de fuga e passou a torturar em busca de respostas, quando não conseguiu, triplicou o preço dos impostos de tal maneira que quase ninguém conseguia pagar, matando um a um.

Gen-san tentou começar uma revolução, porém foi morto, e Nojiko presa, sendo torturada em praça pública como exemplo, foi essa cena que encontraram quando chegaram e Nami se culpou imediatamente por tudo aquilo.

Ela visitou o cemitério todos os dias, lamentando pelas mortes que agora carregava em suas costas. No terceiro dia, Luffy recebeu uma carta.

A carta não tinha letras, mas desenhos, um camelo, um crocodilo, uma rosa e uma boia salva vidas, eram belíssimos desenhos, mas, para o resto deles não fazia sentido nenhum.

Luffy parecia saber do que se tratava, dizendo que sua irmã pedia socorro e que precisavam encontrar uma ilha deserta, a primeira na mente deles era Alabasta.

Nami decidiu ir junto, não aguentava mais o clima de sua vila e zarpou. Preocupado com a amiga, Usopp conversou com Luffy, decidindo deixar o bando para se tornar o braço direito de Cat Bulgar.

Assim, com a aliança ainda de pé, e ainda sob o máscara da Viúva Negra, eles foram atrás de Nico Robin.

O Monkey finalizou seu relato, olhando para Law que ainda não tinha dito nada, apenas escutando o menor.

O Trafalgar suspirou, Luffy era realmente admirável, fazendo tudo isso só para salvar o irmão, além disso, pelo visto ele reencontrou todos os três irmãos mais velhos, toda sua família, Law queria ter a chance de fazer isso também, de revê-los um dia, porém não teria, no lugar disso iria se vingar.

- Capitão, tudo pronto para zarpar - Sanji se aproximou fazendo Shanks resmungar de onde estava.

- Vocês já vão?! - Akagami fez bico fazendo Luffy rir.

- Nós vamos encontrar Nami e Usopp ainda - Se explicou - E tirar Joker do jogo.

- Não demore tanto para voltar a aparecer, Âncora - Ben pediu bagunçando os cabelos de Luffy.

- Se torne alguém incrível, Luffy - Shanks sorriu colocando o chapéu de palha na cabeça do mais jovem - Você já é o nosso orgulho.

- Shishishi! - O Monkey sorriu radiante.

Law virou o rosto, engolindo em seco aquela bola de sentimentos. Fazia tanto tempo que não via pais e filhos, realmente não era algo que era acostumado...

- Vamos, Lucy-ya, nós precisamos ir - O Trafalgar chamou erguendo a mão - Room!

- Nos vemos em breve, Lu! - Roo acenou.

- Tenham uma boa jornada, crianças - Yasopp sorriu.

Law finalmente os levou para dentro do navio que zarpou imediatamente.

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Law observou enquanto Luffy saltitava pelo navio, conversando animado com todos enquanto Sanji já estava na cozinha, Zoro seguindo atrás do cozinheiro.

O Cirurgião da Morte soltou um longo suspiro enquanto se sentava, pronto para descansar contra os pelos macios de Bepo depois de tanto tempo longe de seu melhor amigo.

- Hey, Bepo! - Luffy correu até eles fazendo Law resmungar - Vamos brincar!

- L-Lucy-san, desculpe, mas agora nós vamos tirar um cochilo - O Mink sorriu para o menor que apenas assentiu, deitando ao lado de Law.

- Hey! Por que acha que pode dormir escorado em Bepo?! - O Trafalgar bufou encarando o Monkey irritado.

- Mas eu fiz isso todo esse tempo!

- Você o que?!

- E-está tudo bem, capitão, eu não ligo - Bepo garantiu tentando separar os dois - Lucy-san não vai me machucar.

O Trafalgar grunhiu, mas não falou mais nada, mantendo-se parado enquanto Luffy se aconchegava contra os pelos de Bepo, segurando a mão de Law  e entrelaçando seus dedos em silencio.

- Por que não pararam depois de encontrar seu irmão? - Law finalmente cedeu a curiosidade encarando o menor, Luffy, porém, continuou em silencio, sua respiração constante mostrando que havia dormido.

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Marco suspirou enquanto guiava o navio até o local combinado, Izo e Nami estavam no convés, praticamente extorquindo dinheiro de Usopp enquanto diziam jogar cartas, coitado do atirador.

Viola suspirou ao se aproximar do imediato Barba Branca, observando a cena em silencio.

- Agradeço por estarem ajudando - A princesa suspirou antes de desviar o olhar para o horizonte, em poucas horas eles estariam em Dressrosa, lidando com Doflamingo.

Ela não sabia como se sentir sobre isso.

- Nós sempre faremos tudo para agradar Lu-yoi, devemos muito a ele - Marco confessou com um suspiro.

A princesa sorriu com isso.

- E pensar que a Viúva Negra fosse ser uma bem feitora.

- Lu-yoi é muito mais do que os boatos sombrios - O loiro garantiu.

- Hey, Viola! Vem jogar com a gente! - Nami chamou animada, Usopp lamentando suas perdas enquanto Izo contava todo o dinheiro que haviam conseguido do pobre atirador.

- Eu vou passar - Viola riu conhecedora enquanto a alaranjada dava de ombros, voltando ao jogo.

- Quais são seus planos-yoi, depois que vencermos Doflamingo? - A Phoenix questionou.

- Bem, papai já está idoso, além disso, sei que ele não passou pelo melhor nas mãos daquele desgraçado, então espero que ele decida se aposentar e deixe-me cuidar de tudo, também pretendo contar tudo a Rebecca.

- Rebecca?

- Ela é minha sobrinha, filha de minha irmã mais nova - Viola contou suspirando - Minha irmã apaixonou-se de um rude soldado e, para poder viver em paz, ela abdicou da realeza e casou-se com ele, tendo Rebecca, minha sobrinha nada sabia de sua linhagem até aquela noite, até Doflamingo descobrir e a torturar incessantemente naquele coliseu infernal.

- Entendo-yoi. Espero que consiga cumprir todos os seus objetivos.

- Eu sei que vou - A princesa sorriu feroz - Afinal tenho o apoio da Viúva Negra e todos sabem que depois que se cai nas teias da Viúva Negra.

- Não tem como escapar - Marco riu.

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