Diário de Sobrevivência de Trafalgar Law

Capítulo 35

Monkey D. Luffy riu enquanto puxava o cabelo de Shanks fazendo o ruivo resmungar.

Conseguir aquela Akuma no Mi foi fácil, porém agora o Governo Mundial estava na cola deles, sabiam que teriam problemas e a ideia era deixar Luffy passar um tempo em uma ilha segura antes de o buscar, apenas para não ter sua imagem associada aos ruivos.

Por isso eles tinham ido para o East Blue, para a ilha que Garp e Dragon comentaram uma vez.

Makino era o nome da mulher que os recebia em nome do Vice Almirante, não parecendo nem um pouco perturbada com a presença dos infames piratas, muito pelo contrário, parecia animada com a visita ao seu bar.

- Não se preocupe, Shanks-san, cuidarei muito bem desse pequeno enquanto esperamos seu retorno - A mulher garantiu fazendo Luffy a encarar curioso antes de fazer careta para tentar a fazer rir.

A mulher sorriu docemente, bagunçando os cabelos escuros antes de ir distribuir mais uma rodada de rum.

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Se despedir de Luffy realmente foi dolorido, ainda mais passar tanto tempo longe, Shanks se arrependia de ter ido atrás daquela fruta já que teve que passar quase um ano longe de seu menino. Apesar disso, foi bom voltar ao Novo Mundo e eles haviam conquistado algumas coisas interessantes.

Finalmente estavam de volta a Danw Island, no entanto, e Shanks mal esperou ancorar para saltar no porto e correr em direção ao bar.

- Shanks-san, que surpresa vê-lo - Makino sorriu para ele assim que entrou pela porta vendo a mulher preparar uma bebida.

- Papai?! - A voz estridente veio da escada antes que Luffy a descesse correndo, um enorme sorriso no rosto.

Shanks ajoelhou para o abraçar, um sorriso de alívio em, finalmente, ter seu menino de novo em seus braços.

- Âncora! - A voz animada de Yasopp chegou fazendo o menino se desvencilhar do ruivo para ir cumprimentar os outros, a animação contagiando a todos.

Luffy tinha estado com tantas saudades de sua família! Mal acreditava que eles estavam realmente de volta e sequer conseguia se conter enquanto narrava, com todos os detalhes que conseguia se lembrar, suas aventuras na floresta, fazendo todos rir enquanto bebiam.

Makino apenas os observava, satisfeita, Luffy sempre foi uma criança sorridente, porém era evidente como seu sorriso triplicava perto daqueles piratas, isso a deixava feliz pelo menino, ao mesmo tempo que preocupada pelas notícias recentes.

Durante o tempo que passou longe, Shanks havia ganhado fama e, com isso, ganhara recentemente o título de Yonkou, o que poderia colocar a vida de Luffy em risco.

Se a Marinha descobrisse que Akagami no Shanks tinha um filho iria caçar a criança em peso e, provavelmente, descobrir sua ligação com Dragon, o Revolucionário.

Ela sabia que, muito provavelmente, essa seria a última visita dos ruivos, só não conseguia ainda descobrir se Luffy iria com eles ou não.

Benckman suspirou enquanto via Luffy fazer uma competição de comida contra alguns de seus homens. O moreno não queria deixar seu filho para trás, não mesmo, tudo o que queria era levar Luffy de volta para o Red Force e para os dias de pirataria, porém as coisas seriam muito complicadas agora.

Havia gasto muitas noites conversando com Shanks, em ligação com Garp e Dragon, decidindo o que seria melhor e todos eles concordaram que seria melhor deixar Luffy no East Blue.

Shanks poderia facilmente levar o menino para o Novo Mundo e o deixar em seu território, porém, ele havia recém assumido o título de Yonkou, até conseguir vencer as guerras de território e firmar seu domínio poderiam levar anos, sem contar que poderiam ser traídos e Luffy entregue à Marinha.

Ali, além de ter a companhia de pessoas que conhecia e gostava, Luffy estava completamente seguro, isolado do mundo.

É... o melhor seria o deixar ali.

Shanks não queria, de forma alguma, mas era o melhor.

É claro, contem com sua pequena Âncora para tornar o que já era ruim em algo muito pior.

Shanks estava decidido a dar a Akuma no Mi que havia conseguido no ano anterior para Makino e pedir para que ela entregasse a criança em seu aniversário de onze anos, porém, Luffy achou o baú antes e comeu a fruta.

Isso gerou uma enorme confusão que acabou com Shanks perdendo seu braço para parar um Sea King e Luffy soluçando enquanto o agarrava firmemente.

O ruivo teve que se despedir do filho ali, entregando seu chapéu como uma promessa que se encontrariam novamente no mar, e tentando conter as lágrimas, ele se afastou a fim de preservar a infância da pessoa que mais amava no mundo.

Garp apareceu quase um mês depois, notando como Luffy estava abatido por ter perdido temporariamente sua família, o Monkey mais velho se decidiu, contando ao neto sobre outra criança que vivia em Dawn que ele provia e perguntando se Luffy não queria o conhecer.

Satisfeito em ver o menino finalmente reagir, Garp o levou montanha acima apresentando Luffy a Portgas D. Ace.

Claro que os dois meninos não se deram bem de imediato, Ace era extremamente mesquinho, mas Monkey D. Luffy foi criado por teimosos piratas e não desistia fácil!

Ele ficou na cola de Ace nos próximos dias, tentando se aproximar do garoto mais velho, o Portgas ficando extremamente surpreso ao notar a desenvoltura de Luffy em andar pela floresta.

O menino parecia não se inibir com nenhum problema, passando por todos os obstáculos com uma desenvoltura de veteranos, se Ace conhecesse mais do mundo, notaria que o menino provavelmente foi criado em um navio, mas ele não conhecia e tudo o que via era um menino três anos mais novo que era tão bom quanto ele.

Isso o animou, Luffy não seria um peso morto e poderia até mesmo ajudar a caçar e a roubar no Gray's Terminal, foi por isso que, ao final de um mês, apresentou-o a seu único amigo: Sabo, que simplesmente se encantou com Luffy decidindo que, mesmo que o menino fosse forte, deveria ser protegido.

Meio ano depois, quando Garp voltou, os três meninos haviam jurado irmandade e Luffy já tinha semeado a palavra da pirataria, contando aos mais velhos sobre suas aventuras à bordo do Red Force e frustrando o Vice Almirante que tentava convencer seu neto mais velho a se tornar um fuzileiro.