Monkey D. Luffy finalmente havia se recuperado, para felicidade de seus nakamas, Ace, porém, levou um pouco mais de tempo, e muita conversa com Shanks, para voltar a confiar em seus próprios nakamas, apesar de apenas andar na companhia dos Comandantes.
Não que os outros ficassem ressentidos, imaginavam que, no lugar do Portgas, agiriam do mesmo jeito.
As coisas iam realmente muito bem e Nami estava feliz com isso, porém, ainda precisava conversar com Luffy e entrou no quarto aquela manhã com essa pretensão, encontrando Luffy jogando cartas com o irmão e Roo enquanto riam divertidos.
- Luffy...
- Nami! - O Monkey levantou, bagunçando o baralho e fazendo Ace reclamar em voz alta - Era com você mesmo que eu queria conversar!
- Q-queria? - A alaranjada piscou com surpresa.
- Claro! Somos aliados não somos? - Luffy se aproximou sem perder o sorriso, apesar dos olhos assombrados de quem já havia visto o pior do mundo, ele ainda sorria como só uma criança inocente era capaz - Então diga o que precisa e nós faremos.
- E-eu... bem... - Nami suspirou - Não sei como adivinhou, mas realmente, preciso de ajuda, preciso voltar para o East imediatamente.
- Voltar? - Ace franziu o cenho, Luffy iria voltar, por que?
- Claro, nós vamos organizar tudo pra zarpar, é só isso? - O Monkey continuou ainda sorrindo, ainda confortador, isso a fez se encolher.
- Eu... o que acha de uma história?
Assentindo, Luffy se sentou, a permitindo tomar seu tempo antes de começar a falar e Nami falou.
Falou sobre sua mãe e sua irmã, sobre a aparição de Arlong e seus homens na ilha, sobre como sua mãe morreu para ele e como foi arrastada e obrigada a servi-los, contou sobre a obrigação monetária que eles impuseram e como conseguiu um frágil acordo para comprar a liberdade de todos de volta, finalizando com suas preocupações, sobre achar que, ter passado tanto tempo longe, possa ter prejudicado a todos.
Luffy a ouviu em silencio respeitoso, abraçando a amiga quando essa começou a chorar e esperou até que terminassem para suspirar, fazendo um leve carinho em seus cabelos.
- Você é tão corajosa, Nami - Garantiu - Mas não precisava ter escondido de nós esse tempo todo, se soubéssemos já teríamos descido, mas agora vamos pra casa, vamos cuidar de você.
- O-obrigada, Luffy
Shanks ainda estava por ali, para grande transtorno de Marco que não sabia lidar com esse Yonkou em específico, então Luffy se reuniu com sua família e seus nakamas para explicar seus planos.
- Nós vamos voltar para o East Blue - Luffy contou - Vamos ajudar Nami com Arlong e então parar um pouco.
- Parar? - Zoro franziu o cenho, por que parariam agora?!
- A Viúva Negra não pode ser extinta ainda, Zoro, tenho acordos com Kaido e Katakuri.
Shanks riu como se fosse absolutamente normal que seu filho fosse amigo de Kaido e Katakuri, Thach, de onde estava, resmungou cruzando os braços.
- Vai deixar o nome dela se apagar então? Para navegar? - Zoro questionou - Mas eles conhecem seu rosto...
- A Viúva Negra não vai morrer, Zoro! Vamos parar para treinar - O Monkey explicou - Vamos nos tornar fortes para cumprir nossos acordos com Kaido e Big Mom e então vamos zarpar.
- O Submundo daqui não é como nos Blues - Sanji concordou - Será ainda mais difícil e precisaremos estar fortes.
- Além disso, mesmo quando zarparem, será bom ter um ouvido no submundo, fará mais mal do que bem se livrar da Viúva Negra agora - Nami lembrou.
- Bem, está decidido!
Shanks sorriu com orgulho, Luffy havia crescido tanto! Tinha escutado as lamentações de Thach sobre todas as coisas incríveis que seu filho fez e sabia que precisaria o presentear antes de partir, Luffy merecia um prêmio!
Thach não achava que Luffy merecia um prêmio.
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Yasopp se encolheu escondendo o rosto com uma revista fazendo Ben rir e Izo suspirar ao sentar no colo do imediato ruivo.
- O que tem de errado com ele?
- Yasopp não se sente er... pronto, para falar com o filho - Benckman explicou enquanto beijava o ombro do Comandante Barba Branca.
- Isso é sério? Nunca pensei que um dos oficiais de Akagami fosse tão medroso - Izo zombou enquanto via Luffy e Usopp correr pelo navio, Nami brigando com os dois enquanto Sanji e Zoro organizavam as coisas para zarpar.
- Hey, Âncora! - Ben gritou vendo o mais jovem chegar perigosamente na amurada - Tenha cuidado!
- Haai! - O Monkey riu sem parar de correr.
- Por quê o chama de Âncora? - Izo questionou curioso vendo Yasopp olhar por cima da revista, os olhos treinados em Usopp e Luffy.
- Você vai descobrir - Ben deu de ombros.
O barulho alto de algo caindo no mar fez todos se virarem.
- Âncora ao mar! - Shanks gritou enquanto via Yasopp já correndo para salvar o mais jovem, Roo gargalhando com a situação.
Thach resmungou ao sentar com eles.
- Esse garoto vai ser meu fim!
- Engraçado, Yasopp dizia a mesma coisa quando Âncora era mais novo - Benckman riu.
Jinbei observava em silencio, aproveitando que Nami estava sozinha agora para se aproximar, ele vinha buscando uma oportunidade desde que ouviu sobre Arlong.
Precisava entender isso a fundo, precisava pedir desculpas para a garota que foi apenas uma vítima de seu irmão do coração.
Luffy, que agora tinha uma toalha em seus ombros enquanto ria dos sermões de Yasopp, encarou os dois com o cenho levemente franzido antes de levantar, se aproximando devagar para não ser notado.
Se esse homem peixe estivesse machucando Nami, amigo de Ace ou não, Luffy iria o bater.
- Não precisa se desculpar - Nami suspirou tomando certa distância do peixe tubarão - Não odeio você, bem, se fosse a Nami de seis meses atrás eu claramente te culparia, mas hoje... hoje eu vejo que culpar você e os seus não me fará diferente de Arlong que culpa todos os humanos pelo que alguns fazem e machuca aqueles que amo sob pretexto de reparação, não quero ser assim e não serei, vou bater em Arlong porque ele merece, pelo que ele fez, não pelo que outros fizeram.
- Você é realmente uma mulher incrível - Jinbei sorriu, ela lembrava de sua rainha, dos discursos que sua Majestade fazia sobre perdão.
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Diário de Sobrevivência de Trafalgar Law
FanfictionOs Mugiwara eram sempre insanos, com conexões improváveis e ideias malucas que geralmente resultavam em ataques cardíacos em Law, mas, vamos, ele sobreviveu até agora, talvez realmente existisse alguma divindade que gostava de si (ou odiava) e o man...