Monkey D. Luffy estava esperançoso enquanto montavam o plano. Haviam mapeado toda a ilha enquanto esperavam os reforços e, com Nami, Usopp, Sanji, Thach e Izo, eles tinham um plano para colocar em prática.
- Tem certeza disso, garoto? - Izo encarou o menor com preocupação.
- Só vou coletar informações - Luffy garantiu fazendo os mais velhos suspirarem.
Eles achavam já ter encontrado o esconderijo onde Ace estava sendo mantido, porém, se tivessem errado, Teach provavelmente fugiria e a caçada recomeçaria, daí o plano. A ideia era a Viúva Negra parecer interessada no que o Marshall tinha, fazendo-o levar Luffy até o lugar certo, então eles invadiriam.
O Monkey terminou de se ajeitar, a máscara ocultando seu nariz e boca e a roupa cobrindo boa parte de seu corpo, por fim, deixou seu chapéu com Sanji antes de decidir ir para o bar que Teach costumava frequentar.
Luffy buscou um lugar de onde poderia ver qualquer aproximação e se sentou, pedindo uma bebida, não demorou muito para identificar seu alvo e suspirou enquanto aguardava, fingindo não ter interesse em nada realmente.
Durante a próxima hora alguns homens apareceram tentando flertar consigo ou o levar dali, mas o Monkey apenas rejeitava, continuando com sua única bebida que estava pela metade e, a essa altura, quente.
- Você não parece gostar muito dessa bebida - A voz o fez erguer o olhar para encarar o homem de pele e cabelos escuros e dentes faltando, ele fedia pra caralho - Posso me sentar?
Com um gesto de que não se importava, Luffy girou o líquido no copo.
- Não sou acostumado a beber e beber sem companhia é chato - Lamentou fazendo o outro rir.
- Se queria companhia então por que recusou tantas pessoas?
- Eles não era interessantes - Deu de ombros enquanto seu alvo se acomodava, pedindo bebida pelos dois.
- E o que seria interessante para uma gracinha como você?
- Talvez um certo comerciante com... - O Monkey se aproximou mais, baixando o tom de voz - O filho de Roger.
- Zihahaha! - Teach passou o braço pelo ombro de Luffy - Você é realmente interessante! Diga-me, como posso te chamar?
- Sou chamado de Viúva Negra - Luffy deu de ombros vendo as bebidas chegarem, o homem ergueu a sobrancelha cada vez mais interessado.
- Bem, parece que seremos bons amigos, Viúva, o que acha de irmos para outro lugar?
- E por que eu confiaria em você? - O mais jovem pegou sua bebida dando um único gole antes de fazer careta, que negócio forte!
- Por que eu posso ter o que você procura...
O Monkey sorriu interessado antes de voltar a beber.
- E se eu não for?
- Eu te levo de toda forma - Marshall D. Teach garantiu, ainda sem tocar em sua bebida.
Luffy franziu o cenho, seus sentidos entrando em alerta, mas já era tarde, sua visão embaçou e ele só teve tempo de largar o copo antes de desmaiar.
- Eu sei quem você é de verdade, pirralho - Teach murmurou - O irmãozinho de Ace... quem diria que Roger teve dois filhos?
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Portgas D. Ace não sabia quanto tempo havia se passado, havia perdido a noção há muito.
Ele ainda se lembrava daquela missão, uma simples missão de coleta de alimentos, o Portgas se sentia desconfortável perto de Teach, o outro sempre parecia trazer à tona o assunto do Rei dos Piratas e, porra! Como Ace odiava isso, então Comandante Natsu decidiu que era hora dos dois se acertarem.
Foram só os três para ter mais espaço para trazerem os mantimentos, afinal alimentar todo o Moby Dick não era fácil.
Ace conversava tranquilamente com Natsu, os dois relaxados enquanto atracavam a pequena embarcação, foi quando foram surpreendidos por um tiro certeiro que atravessou a testa do Comandante e pegou no ombro de Ace.
Imediatamente o Hiken notou se tratar de balas de Kairoseki e buscou por marinheiros, mas o que encontrou foi Teach com uma arma em mãos e, antes que pudesse reagir, o homem mais velho atirou novamente, o acertando na coxa dessa vez.
Ace tentou lutar, o Kairoseki o enfraquecendo, mas Teach parecia preparado e simplesmente o rendeu com uma rede trançada com Kairoseki antes de o arrastar.
Foi quando o homem revelou que conhecia o maior segredo do Portgas: de que era filho de Gold Roger.
Ace foi levado até um outro navio, onde homens já esperavam por Teach, e foi jogado em uma cela.
Teach aparecia sempre, rindo e dizendo como ele valeria uma boa nota, como finalmente conseguiria a Akuma no Mi que queria e como todos iriam, enfim, se curvar diante dele.
Levou muito tempo para ancorar e Ace foi arrastado até esse galpão, Teach saindo todas as noites, só poderia supor que era para negociar sua venda.
Depois de sete noites, o Marshall cansou, ao que parecia ninguém acreditava sobre ele ter o filho de Roger que, aparentemente, nasceu dois anos depois da morte do Rei dos Piratas.
Teach foi direto até Ace aquela noite, um dial em mãos enquanto exigia que o Portgas dissesse com todas as letras como era possível ele existir, logicamente ele se negou, mas o Marshall não parecia satisfeito e começou a o bater, exigindo que falasse a verdade.
Como não conseguiu nada, o Marshall permitiu que seus homens espancassem Ace em busca que ele finalmente falasse.
Essa virou sua nova rotina: todos os dias era torturado de alguma forma e, ao fim da tortura, Teach o fazia confessar como poderia ser filho de Roger, mas Ace continuava mudo sobre isso.
Então, quando a criatividade desses desgraçados acabou, eles decidiam seguir por outro tipo de tortura: começaram a dopar Ace o suficiente para que ele não lutasse ao ser desamarrado e então violentá-lo.
Sempre que recobrava a consciência, Ace era confrontado por Teach que jurava que tudo isso pararia caso ele concordasse em colaborar e dissesse a verdade, porém Ace continuava mudo, não dando o braço a torcer sobre isso.
O Portgas ainda não entendia o porquê de não ter sido vendido apenas por ser um pirata famoso, mas achava que não seria o suficiente para comprar a tal Akuma no Mi, então ele apenas esperava o dia em que seu corpo não mais resistira ou quando seus nakamas enfim o encontrassem.
Ele nunca esperou que Teach aparecesse com Luffy desmaiado em seus braços.
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Diário de Sobrevivência de Trafalgar Law
FanfictionOs Mugiwara eram sempre insanos, com conexões improváveis e ideias malucas que geralmente resultavam em ataques cardíacos em Law, mas, vamos, ele sobreviveu até agora, talvez realmente existisse alguma divindade que gostava de si (ou odiava) e o man...