Diário de Sobrevivência de Trafalgar Law

Capítulo 08

Trafalgar Law pegou o jornal daquela noite começando a ler enquanto se escorava em Bepo que estava dormindo.

Haviam notícias de que a Viúva Negra possivelmente tinha uma nova presa, isso o fez estremecer, não gostava nada disso, mas agora que as pessoas tinham essa dúvida ficariam mais atentas e poderiam até reconhecer Lucy ou Sanji antes que se reencontrassem.

Bocejou se aconchegando contra o pelo branquinho de Bepo, bem... pensaria nisso depois, iria descansar um pouco.

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Law sorriu enquanto observava o mar, as ondas quebrando na praia deserta enquanto o sol nascia lentamente, ouviu passos, mas não estava preocupado, sabia quem era...

- Torao, você acordou muito cedo - A voz soou manhosa enquanto o mais jovem sentava ao seu lado, a cabeça caindo para o lado.

- Você quem foi dormir muito tarde ontem, Lucy-ya.

O menino riu baixinho enquanto observava o mar respirando fundo o cheiro de maresia. Law o imitou enquanto o puxava mais para perto, os dois ficando abraçados.

- É realmente uma pena... - A voz mudou fazendo Law franzir o cenho, a baixa estatura de Lucy ficando cada vez maior até estar encarando um belo homem de cabelos loiros brilhosos - Que terei de te matar aqui.

- Lu- Sanji! - Law tentou levantar, era mesmo! Sanji e Lucy estavam tentando o matar! Precisava fugir!

Seu corpo não se movia, por que seu corpo não se movia?!

Sanji pegou uma faca a levando em direção ao seu pescoço.

- Bons sonhos, capitão...

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- Capitão - A voz de Bepo o fez acordar de uma vez, sentando-se alerta enquanto erguia uma sala - D-desculpe te acordar, mas eu preciso fazer xixi.

- Bepo - Law relaxou um pouco, eles estavam no hotel, Law estava dormindo em cima do melhor amigo.

A imagem de Lucy se tornando Sanji voltou a sua mente e o Trafalgar levantou, não conseguiria mais dormir, não depois disso.

O mink encarou o capitão preocupado, mas decidiu ir se aliviar primeiro enquanto Law ia para a varanda.

Fechou os olhos, o sorriso animado de Lucy por trás de suas pálpebras o fazendo suspirar antes de se transformar no sorriso malicioso de Sanji.

Era isso! Fazia todo sentido! Por isso Lucy nunca era pego... era impossível determinar a aparência de alguém que poderia a alterar sempre que quisesse.

- Uma Akuma no mi - Sussurrou encarando o breu da noite - Uma Akuma no mi que o permite mudar completamente sua aparência, ele pode ser qualquer um e nunca levantar suspeitas.

Merda! Isso piorava tudo! Agora Law nunca saberia quem o atacaria, podia ser literalmente qualquer um, até mesmo alguém de sua tripulação...

Não! Ele não iria desconfiar de seus próprios homens! Conhecia todos eles um a um, confiava sua vida a eles e sabia que eles confiavam suas vidas ao capitão, Lucy jamais conseguiria se infiltrar entre eles!

Soltou um longo suspiro voltando para o quarto no mesmo momento que Bepo.

- Parece perturbado, capitão.

- Bepo... onde está meu livro sobre Akuma no Mis?

- No Polar Tang.

- Amanhã irei buscá-lo.

Law não conseguia lembrar de uma Akuma no Mi capaz de fazer isso, mas, vindo dessas frutas, podia se esperar tudo.

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A mulher sorriu animada enquanto se despedia de seus aliados.

- Eu vou estar algumas ilhas a frente deles, isso os fará confiar mais, achar que estão seguros e Torao vai relaxar antes de eu agir - Ela explicou com confiança.

Luffy fez bico.

- Nós não podemos só deixar pra lá? Torao já teria contado a alguém sobre mim se ele fosse mesmo fazer isso!

A mais velha suspirou.

- Luffy, não podemos simplesmente sentar e esperar o pior, não sobrevivemos no Submundo por três anos dependendo dos outros, não é mesmo?

- Tudo bem - O moreno resmungou - Então eu quero o urso!

Sanji riu.

- Claro que quer! Boa viagem, aos dois, eu e Luffy vamos em direção aquele idiota para podermos voltar assim que matarmos Torao.

Luffy franziu o cenho chateado, mas não reclamou mais, independente de seus próprios sentimentos, eles precisavam da recompensa e Torao ainda tinha uma baixa o que significava que a Marinha não estava exatamente de olho nele e a Viúva Negra passaria despercebida.

- Não demorem pra ligar - O Monkey pediu por fim fazendo seu caminho para a vila.

Sanji suspirou antes de beijar a testa de sua amiga.

- Fiquem seguros, eu vou manter esse cabeça oca na linha.

Finalmente a mulher embarcou, zarpando e Sanji decidiu ir atrás do mais novo, ele poderia ser bem imprudente quando chateado e com fome.

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- Capitão! - Law suspirou baixando seu livro quando três de seus nakamas se postaram a sua frente parecendo extremamente animados - Não acredita no que achamos!

- Digam de uma vez - Rosnou, queria voltar para sua leitura!

- Um dojo! Tem um dojo subindo a montanha!

Isso interessou o Trafalgar que colocou o marca página no livro antes de o fechar.

- Um dojo?

- Hai! Eles possuem vários estilos, todos lutas com espadas, desde esgrima à luta samurai, é incrível!

- Entendi... talvez eu passe lá depois do café da manhã - Decidiu fazendo seus homens comemorarem.

Isso o fez sorrir, ficava feliz com a família que tinha, a forma que se cuidavam, que buscavam se apoiar, os Heart Pirates não eram simples piratas, eles eram a esperança de Cora-san e faziam jus a isso, mesmo que não fossem todos a saber sobre Cora-san.

Tornou a abrir seu livro, um dojo... esse mês passaria mais rápido do que imaginava.

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- Pronto, você está pronta - Zoro terminou de pentear o cabelo de Yuki liberando a menina que sorriu animada - Pronta para treinar?

- Haaai! - Yuki praticamente saltava no lugar usando as roupas de treino enquanto se alinhava com os outros.

Zoro não era o maior fã de crianças, mas estava de passagem ali e havia encontrado o dojo e acabou concordando em ensinar em troca de hospedagem e comida e, no fim, não era tão ruim.

Pelo menos seus cinco alunos eram bem comportados e se dedicavam ao máximo, o que já ajudava muito.

- Certo, vamos ao aquecimento - O Roronoa ditou começando a se alongar junto dos pirralhos.

Já estava fora há um mês, no mês seguinte teria de voltar, provavelmente estavam vindo o buscar desde que informou onde estava, iria aproveitar ao máximo para relaxar durante o tempo que ainda tinha.