Diário de Sobrevivência de Trafalgar Law

Capítulo 15

Trafalgar Law tinha uma missão, eles tinha apenas aquele dia na ilha e, enquanto abasteciam, Law decidiu ir atrás de um estúdio para refazer as tatuagens do braço esquerdo.

Como o corte não foi profundo, logo conseguiu retirar os pontos e considerava-se bem o bastante para poder enfiar uma agulha ali, mesmo que precisasse tomar cuidado e, por isso, não seria em qualquer estúdio.

Pediu algumas recomendações no caminho antes de ir até a rua onde existiam inúmeros estúdios, todos falavam de uma tatuadora que começou há pouco tempo, mas era, de longe, a melhor ali, isso o animou enquanto caminhava atrás da Orange's Tattoo.

O estúdio era bem aberto, com bastante iluminação natural, tinha uma parede com desenhos incríveis, a arte e o traço era claramente o que o pirata buscava, também tinha uma parede coberta de cartazes de recompensa, Law se aproximou melhor notando serem todos do North Blue.

Haviam sofás para a espera e duas macas, os materiais bem guardados provavelmente, uma música cobria o ambiente enquanto uma mulher terminava de tatuar um cliente.

- Só um minuto que já o atendo - A mulher garantiu ainda focada em seu trabalho, Law deu de ombros voltando a observar o ambiente.

A parede da vitrine era toda de vidro e haviam desenhos e quadros de laranja por todo o lugar, tudo isso em tons de laranja e azul claro, era realmente bonito, o Trafalgar suspirou enquanto se sentava buscando por uma das revistas que tinha ali.

- Finalizei! - A mulher enfim levantou buscando os materiais para proteger a tatuagem quando Law enfim a encarou.

Ela era mais baixa que si, os cabelos laranja presos em um rabo de cavalo deixando ver as laterais raspadas, um brinco de laranja em sua orelha enquanto tatuagens cobriam todo seu braço esquerdo, ela usava uma regata e shorts jeans e sorria animada para o cliente que se despedia.

- Então - A mulher se virou para ele - O temido pirata Trafalgar Law veio fazer um orçamento comigo?

Law franziu o cenho, provavelmente ela sabia seu nome pelos cartazes, afinal tinham de todos do North, ela chamaria a marinha?

- Quanto cobra para fechar meu braço em apenas uma sessão?

Os olhos brilharam com isso, o sorriso crescendo.

- Vamos nos sentar, a proposito, eu me chamo Nami.

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Bepo soltou um longo suspiro enquanto conferia o endereço, era aqui, segundo todas as informações que tinha, aqui vivia o tal assassino, se tivesse acertado teria alguém para matar a Viúva Negra, se tivesse errado seria morto.

Bem, faria de tudo para proteger Law, até sacrificar sua própria vida. Guardou o jornal enquanto entrava no armazém.

Haviam quatro prateleiras, duas coladas nas paredes e duas criando três corredores, todas abarrotadas das mais variadas mercadorias, havia ainda um caixa perto da porta de entrada e, do outro lado, uma única porta que foi aberta nesse instante.

Um cara com inúmeras caixas entrou, era impossível ver seu rosto no momento, mas provavelmente ele tinha ouvido a sineta de quando Bepo entrou.

- Seja bem vindo ao meu armazém, no que posso ajudá-lo?! - O homem soou animado fazendo o mink suspirar, era agora ou nunca.

- D-desculpe, mas estou atrás de um cara, ele atende pelo nome de Songeking - Explicou.

- Oh certo! - Um olho espreitou por cima das caixas, mas Bepo não conseguiu ver muito - Desça! Entre pela porta atrás de mim e desça as escadas, ele vai te encontrar lá.

- C-certo!

Bepo começou seu caminho, ele tinha ficado perto da porta para fugir caso necessário, mas agora estava sendo enviado para um porão, merda! Sabia que provavelmente o assassino preferiria o encontrar em um lugar assim, mas, se fosse uma armadilha, o mink não tinha uma boa rota de fuga.

Assim que entrou ouviu passos na escada e se virou vendo um homem de cabelos cacheados e máscara dourada entrar, ele tinha uma pistola na cintura e Bepo entrou na defensiva o encarando pronto para atacar.

- Eu sou Songeking - Era a mesma voz do cara que o cumprimentou no andar de cima - Do que precisa?

- Eu estou atrás de um assassino.

- Bem, isso é óbvio, quero saber quem quer matar.

O mink puxou uma folha de seu macacão entregando para o homem, era o desenho da Viúva Negra que Law havia feito.

- Essa pessoa, ela está ameaçando um amigo meu, quero-a morta.

Songeking riu.

- Infelizmente, seu amigo é um homem morto - O assassino garantiu - Ninguém escapa depois de cair na teia da Viúva Negra.

- Eu pago o valor que for! - O mink insistiu.

- Foi mal, cara, mas não irei atacar meus próprios aliados.

Songeking deu as costas começando a subir as escadas, Bepo tremeu, Songeking, o maior assassino do North, estava do lado da Viúva?! Merda! Ele poderia estar ali por Law também! Precisava o matar.

Rosnou, se preparando para atacar quando sentiu seus membros pesarem.

- O-o que? - Piscou tentando afastar os pontos pretos dos olhos antes de cair de joelhos, logo caindo no chão com tudo.

Songeking sorriu por baixo da máscara, o gás do sono que havia lançado era incolor e inodoro, por isso o outro não notou até inspirar uma grande quantidade quando se preparou para atacar.

Não sabia para quê Luffy queria esse mink, mas não iria questionar as ordens no momento, apenas as cumprir.

Buscou seu den den muchi começando a ligação.

"Alô?"

- Estou com o urso.

"Foi mais rápido do que imaginamos."

- Bem, ele veio até mim.

"Ótimo, estamos atracados, Zoro vai até você, Luffy foi atrás de Nami, a marinha está por aqui."

Songeking desligou antes de subir encontrando seu funcionário arrumando as coisas, tirou a máscara antes de sorrir.

- Eu preciso ir, como te avisei irei viajar, cuide de tudo até eu voltar.

Ao longo dos anos, Usopp acabou abrindo um armazém em quase toda ilha que parava, ele tinha uma verdadeira empresa que gerava bons lucros, apesar de baixos, o que os ajudava com seu propósito final.

Quando isso acabasse ele iria se livrar das empresas, vendê-las para seus gerentes e então começar a aventura que sempre sonhou.

Soltou um longo suspiro enquanto encarava a vitrine esperando ver o esverdeado, não havia dado sua localização por saber que era inútil, Zoro funcionava melhor por instinto.

Faltava pouco, em breve as coisas seriam melhores!