Sexta-feira 13

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Sexta-feira...Por sinal sexta-feira 13. As amigas inseparáveis riam com as palhaçadas que faziam enquanto andavam nas ruas tranquilas em direção as suas casas, a aula havia acabado e ana e sofie tinham planos de sair.

Sofie: mas pra onde zaroia?

A jovem sofie com apenas 16 anos perguntava ajeitando a alça de sua mochila pesada e cheia de livros em seu ombro. Empurrando de lado o seu corpo se chocando com o de ana

Ana: que tal cinema? Hoje deve ter filmes de terror!

As duas se conheciam a anos , desde o jardim de infância onde se juntaram e não largaram mais, elas tinham uma conexão como ninguém, e uma coisa que tinham em comum era o gosto para filmes de terror, simplesmente maratonavam por horas principalmente em dias como esse.

Sofie: perfeito, então vou pra casa e vou tomar um banho, a gente se encontra onde?

Ana: eu venho aqui e nós vamos, e se meu pai estiver em casa ele nos leva!

Sofie: tá, tchau ana banana.

Ana: tchau traquinas, até mais tarde.

Elas se despediram com um abraço caloroso e um toque que as duas criaram quando mais novas.

Nessa tarde sofie mal sabia que aquele seria o último abraço de sua melhor amiga..

Então cada uma foi a sua casa que não era longe uma da outra, apenas a dois quarteirões, oque fazia com que a amizade das duas perdurasse ainda mais.

O dia estava nublado, o céu estava repleto de nuvens cinzentas que pareciam guardar segredos sombrios. A luz do sol era escassa. Ana, a adolescente de cabelos ruivo e sardas pelo corpo, sentiu um inexplicável arrepio na espinha enquanto caminhava para a sua casa,estava feliz que iria sair com sua amiga mas algo atormentava seu coração.

Ao chegar à porta da sua residência, Ana percebeu que as luzes estavam apagadas, mesmo em plena tarde. Uma sensação de inquietação tomou conta dela, mas decidiu entrar mesmo assim. A chave girou na fechadura com um ruído agudo, ecoando pelo corredor vazio.

Ana: papai?!

Esperou alguma resposta mas o ambiente parecia envolto em um silêncio perturbador.

Ana mesmo estranhando a falta de seu pai , que sempre estava em casa , e na maioria trabalhando home office decidiu não se preocupar já que vez ou outra ele saia para caminhar.

Gotas de chuva começaram a bater na janela. O coração de Ana acelerou quando ela percebeu que algo parecia estar fora do lugar. Um vazo de orquídeas caído no chão, com o resto do que tinha na porcelana bem feita.

Enquanto caminhava pela casa, Ana sentiu como se estivesse sendo observada, a alguns dias se sentia assim , como se alguém estivesse a seguindo. Cada passo que dava aumentava a tensão em seu corpo. Os móveis pareciam encarar a cena com tristeza, como se soubessem o que estava prestes a acontecer.

De repente, um barulho vindo do andar de cima cortou o silêncio. Ana prendeu a respiração, seus sentidos aguçados em alerta máximo. Cautelosamente, subiu as escadas, cada degrau parecendo uma eternidade.

Ana: pai? O senhor está ai?

Ela perguntava recentida , a sua voz transparecia medo, a garota não gostava de ficar sozinha nem por um segundo desde que sua mãe morreu , oque explicava o porquê do pai trabalhar em casa.

Quando alcançou o topo, Ana viu uma porta entreaberta. Suspirou sentindo o tremor em seu corpo movendo-se com cuidado, empurrou a porta lentamente.

E, ali, no meio do cômodo, estava o homem encapuzado. Os olhos de Ana encontraram os olhos frios e calculistas que a encaravam. Um arrepio percorreu sua espinha ao perceber que estava face a face com a própria escuridão personificada.

Os Olhos Cor ChocolateOnde histórias criam vida. Descubra agora