se eu pedir, cê volta?

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O caminho de volta foi silencioso, e sinceramente depois de tempos não era o silêncio desconfortável que sempre pairava no ar, mas sim um tranquilo, eu me senti muito mais em casa do que imaginei.

O carro deslizava suavemente pelas ruas tranquilos, mas a atmosfera dentro dele estava carregada de emoção. Ao lado, Andreia parecia perdida em seus pensamentos, os olhos fixos na estrada à frente, enquanto a respiração suave dela preenchia o espaço entre nós. O silêncio era ao mesmo tempo reconfortante e opressivo.

Logo o carro parou e de fundo podíamos ouvir as músicas eletrônicas que tocava em nossa casa. Novamente o silêncio se fez presente e seu rosto lindo virou para mim com um sorriso sem graça.

:Eu quero que saiba que eu vou lutar por nós.

Olhei para ela, desejando que pudesse ver a sinceridade em meus olhos, a intensidade da minha intenção.

Andreia me lançou um olhar, e por um momento, a dor e a dúvida se entrelaçaram em seu rosto.

Andreia: Sofie, você não precisa…

ela começou, mas eu não queria que ela terminasse aquela frase.

:Sim, eu preciso! Eu preciso que você me ouça. Eu não estou pedindo que você me aceite de volta imediatamente. Eu sei que feri você de maneiras que nem consigo mensurar, mas estou aqui, com o coração aberto, e com amor para dar.

A sinceridade nas minhas palavras deixava meu peito apertado, mas uma determinação crescente se formou dentro de mim.

:Quero recapturar o que tínhamos, nem que leve tempo. _falei olhei no fundo de seus olhos castanhos tão lindos, na intenção de que ela entendesse que aquilo que eu dizia era a minha mais sincera resposta. -Eu quero reconquistar a sua confiança e mostrar que eu sou capaz de ser a mulher que você merece. Podemos fazer isso, eu sei que podemos!

Cada palavra que saía de mim era impregnada de uma paixão que eu achava que tinha se perdido.

Andreia: Você… você realmente estaria disposta a isso, Sofie? _perguntou, sua voz baixa, mas com um toque de esperança que acendeu algo dentro de mim.

:Mais do que você pode imaginar. Vou lutar por você, e por nós, mas de uma maneira gentil. Não quero forçar nada.

Falei, enquanto a intensidade da nossa conexão flutuava no ar.

:Mas, por favor, me deixe fazer isso. Quero mostrar a você que eu mudei! Que estou mudando para você e pelo nosso amor.

As palavras causaram um silêncio momentâneo enquanto respirávamos profundamente, e então a música pareceu aumentar e nos tirou da bolha que se formou.

Andreia: E-eu...tudo bem, te dou uma nova chance.

Sorri instantâneamente com sua resposta e tive que controlar a vontade de beija-la.

:O nós ainda existe, eu vou provar para você. _disse e por um momento desfoquei meus olhos para sua boca tão convidativa se não fosse pelo seu desvio de rosto eu provavelmente a beijaria.

Andreia: Bem.. então até logo!

Acenti com a cabeça fazendo careta em sua direção assim que me aproximava da porta, consequentemente das músicas altas.

De longe a vi rir, fechar os olhinhos e exibir o sorriso mais lindo que eu já contemplei e logo um tchau com a mão e uma buzina foi oque evidenciou sua ida.

Assim que entrei, pude sentir imediatamente a energia vibrante ao meu redor. A música tocava alta, e risadas ecoavam pelo ar. A casa impecável me fez rir, minha mãe é incrível, na cozinha havia pequenas marmitas do que tinha sobrado. Andei até a área arborizada, e assim que passei pela porta vi um jovem correndo até o som o abaixando, jovens se soltando dos beijos de outro, alguns escondendo a bebida atrás do corpo assim como o cigarro, pod, eu nem ao menos sei que espécie de alucinógeno está sendo usado, logo minha filha saindo de um canto com seu namorado, a cara de sapeca morreu assim que viu minha expressão seria. Henry com as mãos para trás passou a tossir, um dos sinais que seu corpo dava quando ficava nervoso.

Os Olhos Cor ChocolateOnde histórias criam vida. Descubra agora