V I N T E E O I T O

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𝗦Ã𝗢 𝗣𝗔𝗨𝗟𝗢, 𝗕𝗥𝗔𝗦𝗜𝗟
𝗥𝗔𝗣𝗛𝗔𝗘𝗟 𝗣𝗢𝗩
Mesmo momento do capítulo anterior.

📨

FICO orando com minha mãe durante esse tempo em que Hera está fora, coloco toda minha angústia na oração, peço ajuda e proteção a todo momento. Eu só quero ver ela bem depois ter a pegado toda mole e pálida no meu colo.

Hera volta uns cinco minutos depois, parece estar mais relaxada, ela se senta ao meu lado e segura a cabeça com as mãos.

— Beca disse que já está vindo. Liguei pros meus pais, eles disseram pra os manter atualizados, que qualquer coisa vão vir pra São Paulo. – Ela diz.

Vejo um médico sair da área de atendimento e vir até nós, levanto rápido com minha mãe e Hera assim que ele para na nossa frente.

— Você são os familiares da Ísis né? – Só assentimos com a cabeça. — Quem é a Hera? Ela me pediu pra ver como a Hera estava.

— Sou eu doutor. – A mais nova diz. — Como ela tá?

— Agora ela está bem, tá recebendo medicação na veia com soro, e já está estabilizada, só vou pedir pra ela ficar mais um tempo pra poder realizar os exames.

— E o que ela tinha doutor? – Pergunto ainda preocupado.

— A anemia dela piorou, estava com falta de vitaminas, isso causou o desmaio, o corpo já não tinha tanta força pra manter ela acordada.

Anemia? Desde quando Isis tem anemia?

— Como assim anemia? Minha irmã não é anêmica. – Hera pergunta confusa.

— Eu vou fazer os exames certinhos pra ver como está a situação, mas pelo que eu pude ver, ela tem sim anemia, e parece que não estava se cuidando muito bem. – O doutor diz deixando Hera completamente preocupada, a garota vira pra mim sem saber o que fazer, e eu só a puxo pra um abraço. — Ela já está acordada e fora de perigo, se quiserem ir visitar, já está liberado. É o quarto 321.

Hera praticamente corre pelo corredor até o quarto, sigo a garota com minha mãe ao lado. Assim que a mais nova entra no quarto, ela corre pra abraçar a irmã.

— Não faz mais isso comigo, você tá doida? Eu não sabia o que fazer. – Ela chora abraçando a irmã que está com acesso no braço.

— Eu não queria ter feito isso, mas eu já estou bem, tá vendo? – Ela diz acariciando o rosto da irmã.

O alívio percorre meu corpo ao vê-la acordada e falando, a imagem dela desacordada com a boca roxa ainda roda na minha cabeça.

— Oi jogador. – Ela diz me dando um sorriso, que abala qualquer estrutura que um dia eu já tive.

— Oi gatinha, como cê tá? Me deixou preocupado. – Me aproximo dando um beijo em sua mão sem o acesso do medicamento.

— Eu tô bem, foi só uma coisa besta. – Ela diz fazendo pouco caso. — Quem é aquela moça? É a médica? – Ela pergunta apontando pra minha mãe que está parada na porta.

— Não, é a minha mãe, ela tava comigo quando a Hera subiu lá em casa.

Posso jurar que vi a mulher ficar pálida de novo.

𝗦𝗘𝗗𝗘𝗫 • 𝗥𝗔𝗣𝗛𝗔𝗘𝗟 𝗩𝗘𝗜𝗚𝗔 Onde histórias criam vida. Descubra agora