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— TÁ BRINCANDO QUE AQUI TEM PARQUE DE DIVERSÕES? – Exclamo assim que entramos no restaurante.
— Gostou? Eu vim aqui com meu afilhado e ele amou.
— É perfeito, faz anos que eu não vou em um. – Falo enquanto nos sentamos em uma das mesas. — Será que a gente pode brincar?
— Acho que pode, ué. Por que não poderia?
— Por causa da nossa idade né, Rapha. – Respondo óbvia para o jogador que dá risada.
— Vamos jantar primeiro, depois a gente brinca. – Rapha responde segurando minha mão sob a mesa.
Passamos o jantar inteiro brincando e fofocando sobre a situação na casa. Hera e Kevin passaram o dia se provocando e jogando indiretas. Ela pela loira das férias e ele pelo rolo com o JK, o resto de nós ficou só comentando e dando risada.
Assim que terminamos de comer, levanto toda animada e puxo Rapha pela mão até a área dos brinquedos. E é enorme. Tem uma roda gigante, uma pista de carrinho bate bate. O barco viking é o que mais chama minha atenção.
— Moça, vocês não podem brincar aqui. – O instrutor da área de brinquedos insiste.
— Mas por que não?
— Moça, sem querer ofender a senhora. Olha sua idade. – Mas que cara de pau. — Tem muita criança pequena aí no meio. Tem um outro parque que vocês podem ir, fica a duas ruas daqui.
Agora eu quero ir no parque. Que saco.
— Vamos? – Pergunto para Raphael enquanto faço um bico do tamanho do mundo.
— Vamos gatinha. Valeu aí cara.
Dou pequenos pulinhos de alegria quando o jogador segura minha mão e me guia até o estacionamento do restaurante.
— Se eu soubesse que pra te conquistar era só te levar em um parque, já estaríamos casados a meses. – Raphael diz me fazendo rir.
— Claro que não, faz um mês que a gente tá junto.
— Não faz não, tem um mês e dez dias. – Olho chocada para o mesmo que me lança um sorriso sem graça. — Eu sou bom de datas.
