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O salão está lotado quando entramos, consigo ver toda nossa família e amigos nos esperando. Selene está acordada no colo do pai olhando para todos os lados, solto uma pequena risada pelo desespero da criança pra conseguir olhar tudo. O pequeno vestidinho branco que tanto deu trabalho de colocar já está quase fora do corpo da bebê.
Nunca vi uma criança odiar tanto uma roupa quanto Selene.
— Solta ela. — Falo para Rapha que se abaixa e coloca a garotinha no chão. Em menos de um minuto a vejo correr pros braços da madrinha.
— TITI. — A garota grita desesperada se jogando nos braços de Hera que se abaixa e a pega no colo girando com ela.
— Cês tão atrasados. — Beca diz parando do nosso lado de braços dados com Joaquín. — Vocês tinham que deixar pra transar logo antes do aniversário da filha de vocês?
— Tem que planejar o próximo, né. — Joaquín empurra Raphael com o ombro que só me olha e dá risada.
— Não enche. — Faço careta. — Cadê o bolo? Vocês conseguiram trazer, né?
— Não, Joaquín derrubou na hora de descer do carro. — Me viro desesperada pro lateral que olha pra noiva na mesma hora.
— Mentira. — Responde empurrando ela com o ombro. — Esta na cozinha.
— Glória a Deus. — Agradeço jogando a cabeça no ombro de Raphael que ri e me abraça.
— Falei que dava pra confiar neles.
— Não sei não. Vão precisar de muitos testes ainda.
— Ah qual é, aquilo foi um acidente. Esquece isso. — Rebeca diz revirando os olhos.
— Nunca. Você só tinha uma tarefa, olhar a Selene e não deixar ela quebrar nada.
— E eu tenho culpa que sua filha não para quieta? Como eu ia saber que ela ia quebrar o videogame? — Abro a boca chocada com a resposta negando várias vezes com a cabeça.
— Cê tá perdendo ponto, Beca. — Rapha brinca.
Olho para o lado e vejo meus sogros se aproximando junto com meu pai e a esposa dele.
— Você tá tão linda, filha. — Senhor Miguel diz se aproximando e me abraçando de lado.
— Oi papai. Cadê a Júlia? — Pergunto pela minha irmãzinha.
