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— EU ACHO QUE O PRATA vai ficar melhor. – Beca insiste colocando o conjunto sob a cama.
Depois da ligação do meu pai, passei o resto da tarde deitada com Rapha enquanto o mesmo fazia carinho no meu cabelo e sussurrava que estava ali comigo.
Agradeci aos deuses por Hera não vir atrás de mim. Mesmo depois de termos conversado, eu sinto que sempre vai ser algo difícil de tocar no assunto. É melhor deixar ela aproveitar uma fase que nunca tivemos na vida, do que levar más energias.
— Eu acho que seu vestido branco vai ficar melhor. – Respondo para minha prima que revira os olhos e se joga na cama.
— Não quero mais ir.
— Não tem como você não querer ir, é réveillon Rebeca. Vai acontecer de qualquer jeito. – Hera fala para a mesma me fazendo rir.
— Que maneira gentil de dizer que eu não vou fazer falta, você já foi minha prima favorita Hera.
— Nem vem, tô sem um real no bolso. Preciso voltar a trabalhar logo. – A mais nova diz se sentando ao meu lado na cama. — Tô pensando em voltar pra faculdade.
Hera sozinha no Rio depois de tudo o que aconteceu? Nem morta eu deixo isso acontecer.
— Vai voltar pro Rio? – Rebeca pergunta me fazendo olhar para a mais nova.
— Eu queria ir atrás de alguma por aqui, não queria ter que voltar a morar lá.
— E você não precisa voltar, já é maior de idade e pode decidir as coisas por si mesma. Por mim, você não sai debaixo do meu teto. – Hera me olha assim que termino de falar e se joga no meu colo.
— Você me ajuda a achar alguma faculdade?
— Claro que ajudo. Vai continuar com Fisioterapia? – Observo a garota assentir com a cabeça.
— Preciso colocar meu plano em prática né.
— Que plano? – Rebeca pergunta para a mais nova que cai na gargalhada.
— A operação Lucas Paquetá. Não tá sabendo disso não? – Pergunto para minha prima que me olha confusa e nega com a cabeça.
