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— VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO. – Digo para Hera assim que a encontro no corredor.
Passamos o resto do dia ontem conversando e fofocando sobre as férias, depois pedimos uma pizza e fomos dormir, já que todos estavam exaustos da viagem de São Paulo para Maresias.
Agora são quase nove da manhã e eu estou me preparando pra mais um dia de provocações, já que Hera fez questão de vestir sua camisa do Flamengo em uma casa cheia de jogadores palmeirenses.
— Você vai ser linchada daqui. – Hera só dá uma risadinha e levanta os ombros.
— Vou nada não, relaxa.
— Não diga que eu não avisei. – Passo pela garota e desço até a cozinha onde algumas pessoas já estão acordadas.
— Bom dia gatinha. – Rapha diz me dando um selinho assim que me sento ao seu lado.
— Bom dia jogador, por que não me acordou?
— Você tava cansada ontem, quis deixar você descansar bem. – Ele diz me servindo uma xícara de café. — Que merda é essa? – O jogador diz assim que Hera entra no cômodo.
— Olha a boca, cunhado.
— Por que cê tá vestida de pano de chão? Tá precisando de roupa é? – Zé diz assim que entra na cozinha.
— AI SIM MINHA GAROTA. – Beca grita abraçando a garota que ri. — Pera aí que eu vou colocar a minha.
Caio na gargalhada quando vejo minha prima correr toda estabanada pelas escadas.
— Tá brincando que vocês trouxeram isso. – Rapha diz balançando a cabeça negativamente.
— Isis trouxe a dela também, vai colocar Lena. – Hera diz fazendo o jogador me olhar indignado.
— Sério isso? Tá de brincadeira.
— Não saio de casa sem meu manto, já deveria saber disso. – Respondo me levantando da cadeira e indo até às escadas colocar minha camisa.
Pego a mesma dentro da mala e desço as escadas correndo, me jogo em cima de Hera de Beca que estão abraçadas enquanto pulam e cantam que o Palmeiras não tem mundial.
