B Ô N U S ¹

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𝗠𝗔𝗥𝗘𝗦𝗜𝗔𝗦, 𝗦Ã𝗢 𝗣𝗔𝗨𝗟𝗢
𝗜𝗦𝗜𝗦 𝗣𝗢𝗩
ᴀʟɢᴜɴꜱ ᴀɴᴏꜱ ᴅᴇᴘᴏɪꜱ.

A cortina branca balança assim que a bola de futebol a atinge, cuidar de duas crianças e uma casa não é uma tarefa muito fácil

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A cortina branca balança assim que a bola de futebol a atinge, cuidar de duas crianças e uma casa não é uma tarefa muito fácil. Principalmente quando seu marido é uma dessas crianças.

— Raphael. — Reclamo me virando para o jogador que segura a bola nas mãos. — Se essa cortina cair mais uma vez, quem vai colocar vai ser você.

— Eu falei pra ela não jogar alto. — Diz subindo os ombros e soltando uma pequena risada.

— Não era pra você estar indo buscar o bolo ou coisa assim? — Pergunto ajeitando a toalha de mesa.

— O Piquerez e a Beca foram.

Me viro na mesma hora pra ter certeza de que realmente escutei a resposta.

— E você confia no Bobão e na Rebeca pra trazerem um bolo de dois andares?

— A Hera tá junto. — Brinca.

— Pior ainda, Raphael. — Passo a mão no rosto pra tirar as gotículas de suor que se acumulam na minha testa. — Você realmente confiou o aniversário da sua filha nas mãos dos três patetas?

— Tenha um pouco de fé, vai dar tudo certo. — Ele exclama se sentando na grama e batendo a palma no chão ao seu lado pra que eu me sente junto. — Você não acha que tá pirando um pouco?

— É o primeiro aniversário da Selene, Rapha. — Minha voz sai como um suspiro. — Nada pode dar errado. Tem que ser perfeito.

— E vai ser, princesa. Mas você precisa se acalmar, vai acabar surtando daqui a pouco. — Me puxa pra perto — Já te falei que você fica linda quando tá surtando?

— Para de graça, Rapha. — Me aconchego ao lado do bebê conforto de Selene que olha pro céu agarrada ao ursinho branco. — É surreal o jeito que esse ano passou rápido. Parece que ontem nós estávamos saindo da maternidade, e agora estamos organizando a primeira festinha de aniversário.

— O tempo passa mais rápido quando estamos com quem a gente ama. — Ele brinca com a mãozinha da neném — As vezes eu tenho medo de acabar perdendo esses momentos com ela.

— Eu também. — Admito — Parece tão louco pensar em tudo que nós vivemos. Eu não mudaria uma vírgula sequer, e recompensa de tudo tá bem aqui.

Selene se remexe e derruba o pequeno ursinho, o biquinho de choro vem logo a seguir. Essa menina é a cópia do pai, no jeito, na aparência. Tudo. Solto uma pequena risada pelo nariz e pego o brinquedo o colocando ao seu lado.

É o mesmo ursinho que um dia já foi meu e de Hera. O mesmo ursinho que eu ganhei do meu avô quando era menor, aquele mesmo que eu me agarrava quando estava mal. O mesmo urso que eu dei pra Hera quando ela precisava de conforto, e agora passou pra Selene. O brinquedo está gasto e dá pra ver pela aparência o quão velho é, mas a bebê ama. São todas as noites agarrada a ele pra dormir.

𝗦𝗘𝗗𝗘𝗫 • 𝗥𝗔𝗣𝗛𝗔𝗘𝗟 𝗩𝗘𝗜𝗚𝗔 Onde histórias criam vida. Descubra agora