25. Minha Princesa

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Porra, finalmente.

A cada dia que passava, e que via Clarissa usando aquela camisola maldita sem poder encostar nela, sentia que ia enlouquecer. Por mais que a visão durasse apenas um minuto antes de apagar as luzes, a mera consciência de que ela estava ali, daquele jeito ao meu lado, me deixava quase sem ar.

Mas, naquela noite... quando a senti se inclinar sobre mim, não hesitei e a beijei com ardor, meu sangue fervendo daquele jeito que sempre acontecia quando a tinha em minhas mãos.

Sua boca estava bem aberta, a língua explorando a minha sem pudor nenhum, e não consegui resistir ao impulso de me erguer e rolar sobre ela, ficando por cima. Clarissa arquejou, surpresa, mas não me afastou quando segurei seus pulsos acima da cabeça.

Não houve troca de palavras, perguntas ou sussurros. Não havia tempo, nem espaço para tal. Por mais que soubesse que era a sua primeira vez, e que ela não fazia ideia do que fazer, como agir, também sabia exatamente o que seu silêncio significava.

Seu corpo reagia ao meu, acompanhava meus movimentos, procurava por mim, e era toda a resposta que eu precisava.

Desci os lábios por toda a extensão de seu pescoço, me deliciando com o sabor doce de sua pele macia enquanto subia as mãos por suas coxas, seu quadril, sua cintura... céus, seus seios... erguendo e tirando sua camisola no processo.

Clarissa arquejava a cada toque, sua respiração cada vez mais ofegante, e agarrou minha camisa com desespero, a puxando para cima também e a largando no chão, impaciente como só ela conseguia ser.

Sorri com satisfação na escuridão, voltando a me inclinar sobre ela e capturando seus lábios enquanto desfazia o laço da calça, suas mãos deslizando pelo meu abdômen e peito enquanto respondia o beijo com a mesma fome, quase como se quisesse me devorar inteiro... e enrijeceu de leve quando rocei sua entrada, vacilando apenas o suficiente para que eu entendesse a mensagem.

Estava nervosa, claro. Por instinto, seu corpo a guiava, sabia o que queria, mas ainda era algo novo e completamente estranho para ela. Então aprofundei o beijo, desacelerando o ritmo e tornando tudo mais doce e leve, deslizando lentamente uma mão por sua silhueta até encontrar aquele ponto latente e úmido entre suas pernas, que eu sabia que a ajudaria a relaxar... e se distrair.

Clarissa gemeu em meus lábios, o som agudo um misto de desespero e alívio, e apenas continuei massageando e estimulando enquanto avançava lentamente para dentro dela.

Ah, tão quente e molhado... tão apertado.

Enrijeci os músculos, tentando não acabar com tudo logo antes de começar, e enfiei a língua bem fundo em sua garganta, me apossando de cada respiração e som que saía dela.

Clarissa se agarrava a mim, os dedos cravados nas minhas costas e ondulando o quadril na minha direção, me instigando a ir mais fundo... e enrijeceu também, seus músculos tremendo e me agarrando com as unhas quando senti a fina barreira se partir dentro dela.

Continuei a beijando e massageando, a mão livre segurando seu rosto num pedido silencioso para que se acalmasse, que ficaria tudo bem, e ela entendeu. Foi relaxando aos poucos, acompanhando meu ritmo devagar, sua respiração voltando a ficar ofegante, e tive que me segurar na cabeceira da cama para manter a droga do controle.

Maldição... aquilo não era apenas a consumação do nosso casamento. Não era apenas sexo, era... a porra do Paraíso.

Eu queria agradá-la. Queria satisfazê-la, e queria que fosse ela também a saciar minha sede. Não apenas pelo prazer carnal, mas...

Queria que ela fosse minha. Ela era minha. Mas também queria que Clarissa desejasse isso, que aceitasse isso... que se entregasse de corpo e alma, e que exigisse o mesmo de mim.

— Meu nome... — ofeguei em seus lábios, mergulhando nela cada vez mais fundo. — Por favor, Clarissa... diga meu nome...

Diga que me aceita. Que me reconhece como seu legítimo marido, que me quer como seu marido. Não Martynes. A mim, com todas as imperfeições e cargas... com todo o fardo que tenho que carregar nos ombros desde que nasci.

— Diga... — sussurrei, sentindo que meu coração estava à beira de uma explosão. — Diga...

— Marshall... — ofegou de volta em meio a um gemido, segurando meu rosto nas mãos e me beijando com força enquanto todo o seu corpo estremecia embaixo de mim, se contorcendo em meio a espasmos e se desfazendo de prazer em minha boca.

Praticamente senti aquele elo ardente entre nós ficar ainda mais forte, e grunhi, estocando uma última vez com tanta força que a cabeceira da cama bateu contra a parede, e me derramei dentro dela, sendo inundado por um alívio tão pleno que achei que fosse desmaiar.

— Clarissa... — sussurrei, o som da minha voz quase sumindo em meio às nossas respirações pesadas e irregulares. E a segurei pelo queixo, dando um beijo casto em sua boca. — Minha Clarissa. Minha Princesa.

Não podia ver seu rosto, mas de alguma forma, sabia que ela sorria.

— Sua Princesa — sussurrou de volta. — Daqui, até a eternidade.

Oficialmente. Agora, sim, estávamos casados de verdade, unidos irrevogavelmente em sagrado matrimônio.

Estava feito.

Sorri de volta, me deliciando com a sensação de seu corpo quente, nu e suado embaixo do meu, e voltei a me perder nela.

— Daqui, até a eternidade.

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