casada por obrigação

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Aidan Pov's

Percebi a S/n distante hoje, desde que cheguei à vi quieta e pensativa, quando todos saíram deixando só nós dois aqui fomos para sala começando a assistir um filme mas a garota se retirou no meio do filme indo para o seu quarto, ainda é cedo pra ela ir dormir, preocupado com a mesma fui atrás dela buscar saber o que está acontecendo.

Bati em sua porta mais não obtive resposta, entrei em seu aposento com cautela vendo-a parada na varanda, me aproximo da mesma podendo ver sua feição pensativa encarando a paisagem a sua frente.

Aidan: está tudo bem pequena? -pergunto tocando em seu ombro vendo-a suspirar cansada virando-se para mim.

S/n: o que estão me escondendo Aidan? -pergunta direta me deixando sem reação.

Aidan: do que está falando S/n? Não estamos te escondendo nada!

S/n: Aidan por favor, sei que estão me escondendo algo a meu respeito e preciso saber do que se trata, por favor me diz a verdade, por que viemos pra cá de uma hora pra outra sem siquer planejar antes e por que estão agindo estranho comigo? Eu preciso da verdade Dan! Por favor não me esconda nada -diz aflita.

Vê-lá  naquele estado me quebrou, não quero vê-lá sofrer e sei que seus pensamentos a torturam, por isso decide contar a ela tudo que está acontecendo, isso tudo tem haver com ela e não é justo lhe esconder a verdade. Sei que disse ao Robert que não diria nada a ela até tudo se esclarecer mais não posso esconder algo assim dela, não é justo, sei que o que tenho a dizer vai magoa-lá mas esconder a verdade vai machuca-lá ainda mais e eu não quero isso, por mais que ela sofra ao ouvir o que vou dizer é o certo a se fazer neste momento.

Aidan: pequena, é um assunto delicado e não quero te machucar com isso.

S/n: se tem haver comigo eu preciso saber, eu preciso da verdade Dan, por favor! -pede em súplica.

Aidan: tudo bem pequena, eu conto! -digo derrotado vendo a mesma se calar esperando que eu começe a falar e assim faço- bom, antes de virmos pra cá o detetive que Robert contratou para investigar o passado do seus pais descobriu mais uma coisa sobre eles -faço um pausa.

S/n: o que? Não me enrola Dan! -diz eufórica.

Aidan: procurando pistas na casa onde vocês moravam ele achou algo escondido dentro de um piso falso no quarto deles, era duas pulseiras de identificação, daquelas que colocam nos bebés recém nascidos na maternidade,  uma delas estava com o nome do bebê dos Clark's e na outra o seu, estranhando isso ele foi até o hospital investigar melhor, onde descobriu mais um crime do seus "pais" -digo fazendo aspas com os dedos.

S/n: que crime? E por que fez aspas quando se referiu ao meus pais? -pergunta confusa.

Aidan: -respiro fundo soltando a bomba de vez- eles podem não ser seus pais pequena -falo calmo para não lhe assustar vendo sua feição confusa.

S/n: o-oque? Eu não estou entendendo Aidan, o que quer dizer com isso? -diz atordoada.

Aidan: o detetive descobriu que a filha da Estefânia e a da Ananda nasceram no mesmo dia no mesmo hospital, a Ananda deu a luz algumas horas antes da Estefânia e quando seu bebê nasceu descobriu que estava morto.

S/n: mais isso não é possível Aidan, eu estou aqui, viva, como o bebê dela poderia ter morrido -diz com os olhos marejando ainda confusa com tudo isso.

Aidan: eu não sei explicar bem o que aconteceu mas quando souberam que nesse mesmo dia algumas horas depois uma mulher deu a luz a uma menina forte e saudável decidiram trocar os bebês, colocando a filha deles no lugar da filha da Estefânia, contando com a ajuda de uma enfermeira que foi subornada pelos mesmos, o detetive a descobriu e foi atrás dessa enfermeira e ela confessou que realizou a troca dos bebês, retirando as pulseiras deles e colocando outras falsas no lugar, com isso entregaram o bebê recém nascido morto da Ananda para a Estefânia e ficaram com a filha dela. Só que não temos certeza absoluta de que seja você a filha da Estefânia, pois só sabemos até a troca dos bebês no berçário, não sabemos se eles criaram essa criança ou fizeram algo com ela e nos seus documentos está constando que você nasceu quatro meses depois, por isso o detetive colheu amostras de DNA sua e da Heather para saber se alguma de vocês é a filha da Estefânia, o resultado sai amanhã por isso eles voltaram para a capital.

A garota não responde nada processando toda informação que recebeu.

Aidan: pequena, tudo bem? -pergunto preocupado me aproximando da mesma vendo-a negar freneticamente já desabando em lágrimas.

S/n: por que fizeram isso comigo? Por que eles sempre me machucam mesmo não estando por perto? Por que eu não posso ser feliz Dan, por que? -diz aos prantos.

Puxo a garota para perto de mim com delicadeza a prendendo em meus braços com um abraço reconfortante.

S/n: eu não quero mais isso Dan! Eu não quero mais sofrer por culpa deles -sua voz sai abafada devido ao seu rosto escondido em meu peito.

Aidan: eles são uns imbecis pequena mais vão pagar por tudo que te fizeram, eu prometo! -ficamos parados ali por um tempo.

S/n: então eu ou a Heather pode ser filha da Estefânia? -pergunta mais calma.

Aidan: é pequena! A Estefânia te adora e tenho certeza que ficaria muito feliz se você fosse a filha dela -digo a guiando até uma espreguiçadeira que tinha ali me deitando na mesma a puxando para fazer o mesmo.

S/n: eu também!  mas me dói saber que vivi minha vida toda na mentira Dan, me dói saber que eles foram tão cruéis a esse nível.

Aidan: eu sei princesa! Mais eu tô aqui com você para o que precisar e vou cuidar para que eles não lhe façam mais nenhum mal -digo abraçando-a a puxando para mais perto, a garota me se aconchegando em meu peito.

S/n: eu te adoro Dan! -diz carinhosa.

Aidan: e eu te amo pequena! -digo a pegando de surpresa.

S/n: a-ama? -pergunta sem jeito.

Aidan: amo! -digo encarando seus lindos olhos castanhos que me hipinotizam cada vez mais, aproximando meu rosto do seu passo a ponta do meu nariz de leve em sua bochecha sentindo seu perfume, pude sentir seu coração disparado e sua respiração ofegante, me aproximo um pouco mais fazendo o que tanto almejava, eu a beijo, a beijo com toda tranquilidade, nossos lábios se movem em perfeita sincronia, seu beijo é tão doce e suave o que me faz querer cada vez mais, nos separamos quando a falta de ar se faz presente, pude ver seus olhos brilhando porém havia confusão em seu olhar, suas bochechas coradas em vergonha a deixam fofa - eu te amo como nunca esperei amar alguém na vida S/a -declaro meu amor a ela.

S/n: Aidan, eu-eu não sei o que dizer -fala perdida.

Aidan: tudo bem pequena! Eu não devia ter feito isso, você está frágil e eu não pensei nas minhas ações, me desculpa.

S/n: não se preocupa Dan, eu gostei! -sorri tímida- só estou um pouco atordoada ainda, não consigo processar algo agora.

Aidan: entendo! Me desculpa mais uma vez -digo sem graça.

S/n: tudo bem!

Um silêncio pairou pelo lugar onde só se ouvia nossa respiração e o barulho das ondas no mar, acaricio seus cabelos morenos enquanto me repreendo mentalmente por minha atitude, a S/n está passando por um momento totalmente delicado, acabei de lhe dar uma péssima notícia, devia ter esperado pelo menos até a situação se amenizar mais não consegui me controlar fui impulsivo e agora devo arcar com as consequências, sem ao menos perceber a garota adormece em meu peito, fito seu rosto adimirando sua beleza extraordinária, seus belos cabelos morenos, seu rosto bem desenhado e sua boca pequena e rosada.  Saio do meu transe acordando pra vida, a pego no colo com cuidado para não acorda-lá e a pouso sobre sua cama cobrindo-a com a coberta, deposito um beijo em sua testa e saio dali indo pro meu quarto onde me deito me deixando levar pelos meus pensamentos.